14 de dez. de 2014

Especialização em Informática em Saúde no Hospital Sírio-Libanês: inscrições até 10/01/2015


As inscrições estão abertas até dia 10/01/2015 para a Pós-Graduação em Informática em Saúde do Hospital Sírio Libanês.

O curso visa capacitar os profissionais envolvidos na modelagem, implantação e gestão de processos de saúde. O objetivo é promover conhecimento tecnológico para facilitar a captura, o processamento e a utilização de dados, proporcionando melhorias de processos e, consequentemente, da condição da saúde das pessoas.

Com isso, o participante terá a e-saúde como centro do seu processo de trabalho e das suas estratégias, sendo capaz de aperfeiçoar o atendimento e o fluxo de informações e oferecendo apoio qualificado às decisões clínicas e de gestão.


São 40 vagas oferecidas para gestores, médicos, enfermeiros, informatas, e todos os outros profissionais para um programa de pós-graduação baseado nas principais competências em Informática em Saúde, conforme a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde.

Mais informações aqui.

Precisa-se de 2363 médicos de SP para participar de estudo

Convite para profissionais de saúde que atuam na prática clínica

Cristiane Galvão e Ivan Ricarte, do livro Prontuário do Paciente, estão desenvolvendo o estudo Evid@SP Impacto de informações disponibilizadas no portal Saúde Baseada em Evidências na prática clínica dos profissionais de saúde do Estado de São Paulo. Este projeto tem por objetivo identificar se as evidências disponibilizadas pelo Ministério da Saúde são efetivamente utilizáveis no contexto de assistência em saúde.

Para a realização deste estudo, precisaremos contar com a preciosa participação de ao menos 2363 profissionais de saúde, que atuem no Estado de São Paulo, no Sistema Único de Saúde. Os participantes do estudo receberão, a partir de janeiro de 2015, ao longo 48 semanas, 144 conteúdos informacionais relacionados a evidências em saúde sobre temáticas de interesse para o Estado de São Paulo. Se desejarem, poderão avaliar, por meio de instrumento específico, se tais conteúdos são ou não úteis para a sua prática clínica.


Os profissionais de saúde que desejem participar do estudo devem acessar o link abaixo:
participe.evidasp.med.br

Para saber mais veja o vídeo abaixo:


Responsáveis pelo Projeto
Prof. Dr. Maria Cristiane Barbosa Galvão (Universidade de São Paulo)
Prof. Dr. Ivan Luiz Marques Ricarte (Universidade Estadual de Campinas)
Prof. Dr. Fabio Carmona (Universidade de São Paulo)
Danielle Alves Fernandes dos Santos (FAPESP)
Contato: evidasp@fmrp.usp.br

1 de dez. de 2014

Manual de Ética em Redes Sociais para Médicos e Estudantes de Medicina



A OMC (Organización Médica Colegial de España), que equivale ao nosso CFM, indo de encontro ao que já vem sendo feito em outros países devido a difusão do uso de redes sociais pelos médicos e estudantes e levando-se em conta  a linha tênue entre o pessoal e o profissional neste uso, lançou agora em Novembro no IV Convención de la Profesión Médica, um Manual de Ética em redes sociais para Médicos e  Estudantes de Medicina. Afinal,  o Código de Ética exige, como a medicina moderna, se adaptar a este novo ambiente e evoluir.

A equipe de médicos que trabalhou no projeto foi escolhida devido a sua boa atividade em redes sociais e blogs pessoais: Rafael Olalde , Beatriz Satué, Rosa Taberner, Marian Jiménez Aldasoro, Jose Antonio Trujillo, Rodrigo Gutierrez Fernandez, e Mónica Lalanda. Também contribuíram na elaboração do guia Iris Mar Hernández, Jesús José Camacho, Enrique Sánchez Aciaga, Emilio Delgado y Guillermo Jiménez (estudantes de medicina e membros do Conselho Estadual de estudantes de Medicina ECMS).


Manual de Estilo para os médicos e futuros sobre o bom uso de redes sociais

1-  Respeitar a confidencialidade e o Segredo Médico-Paciente
Se a informação clínica for divulgada em redes sociais, é sempre desejável:
  • Certifique-se de que o paciente não é reconhecível ou identificável, não só por meio de imagens ou dados, mas por associação em relação ao local hospitalar, centro de saúde, especialidade ... etc.
  • Faça uso profissional da informação clínica com objectivo claro e sempre em benefício do paciente em particular ou da medicina acadêmica em geral (para fins de ensino ou de intercâmbio de conhecimento com outros profissionais), evitando o sensacionalismo e morbidade.
  • Cuidado no uso de sistemas de troca de informações em que a segurança dos dados enviados é questionável (leia a privacidade e uso de aplicativos de mensagens).
  • Lembre-se de que não é sensato o armazenamento em telefones celulares e laptops, informações sem criptografia ou imagens.
  • Peça permissão antes de tirar uma foto do paciente e explique em termos que ele possa entender a finalidade dessa fotografia.


2-  Evitar conselho médico a pacientes virtuais
Quando o profissional aparecer nas redes sociais como médico e for questionado por um usuário (conhecido ou desconhecido) é importante observar que:
  • Não há nenhuma obrigação de responder (não é uma situação de bom samaritano), mas se for o caso é adequado e desejável encaminhá-lo a uma fonte confiável (website ou blog) onde possa esclarecer suas dúvidas ou orientá-lo a consultar o seu médico.
  • Pode ser recomendável aproveitar  o poder amplificador das redes sociais para responder a perguntas que possam ser de interesse geral e, assim, fazer um trabalho divulgador que pode ser muito gratificante (saúde pública, promover estilos de vida saudáveis, fotoproteção, etc.).
  • Temos de ser mais cauteloso no caso de consultas de outros profissionais (segunda opinião), especialmente quando eles incluem fotografias e dados reconhecíveis de paciente por terceiros.



3-  Mantenha uma imagem profissional virtual adequada
Quando um profissional escolher livremente estar presente nas redes sociais, usando uniforme médico em sua foto do perfil, é importante lembrar que está vinculando uma imagem corporativa para a profissão. Por conseguinte, é desejável:
  • Evitar o uso inadequado e inconveniente das redes sociais de modo a não abalar a confiança em nossa sociedade. É aconselhável ajustar-se às expectativas existentes na sociedade no que diz respeito à prática médica.
  • Evite sempre atitudes insensíveis, frívola ou pouco de acordo com as regras básicas de etiqueta, ou seja, educação, cortesia e respeito.
  • Não opinar sem pesar as consequências sobre questões médicas,comportando-se de forma sensata e avaliando o contexto, os interlocutores e o tema abordado, assim como as referências  e fontes utilizadas.



4-  Evitar que o uso de novas tecnologias desviem nossa atenção da consulta direta com o paciente
  • Evite interrupções particularmente se eles podem afetar a privacidade e confidencialidade dos dados.
  • Evite fazer e receber chamadas telefônicas ou trocas virtuais que não são absolutamente necessárias, e se assim for, pedir autorização e ser o mais cuidadoso possível.




5-  Ter responsabilidade sobre a informação médica difundida em redes sociais


-A Informação médica publicada em redes sociais deve ser compreensível, precisa, ponderada e prudente. A competência que nos dá nossa formação profissional faz com que nossas opiniões sejam tomadas como referência.

-A Responsabilidade pela informação médica em redes sociais se não se diliu porque o receptor é múltiplo, simultâneo ou desconhecido. Há que se ter responsabilidade sobre o que se divulga. Mas a  possibilidade de interação é também uma enorme vantagem,
  • A criação e divulgação de conteúdos de qualidade, não é uma obrigação profissional, mas é altamente recomendável (promoção de blogs, páginas da web e fóruns virtuais).
  • É altamente desejável que estar alerta e interceptar informações médicas falsas que possam alarmar a população ou comprometer a saúde.


6-  Manter o respeito na interação com colegas ou nos comentários sobre eles

  • Em caso de discordância sobre questões médicas ou profissionais, as redes sociais podem ser uma ferramenta para o diálogo. Em qualquer caso, evitar os insultos e expressões depreciativas sobre os colegas e outros profissionais de saúde.
  • Deve-se evitar alusões a âmbitos pessoais e privados dos colegas.


7-  Faz um bom uso de publicidade e propaganda médica
  • A reputação "off-line" e "on-line" é um dos maiores ativos de qualquer instituição médica ou profissional de saúde. A promessa de valor para qualquer instituição ou profissional de saúde deve respeitar a liberdade e dignidade dos doentes, e ser justo com a sua realidade.
  • O prestígio profissional, que promove relações de confiança com os pacientes,  pode tornar-se mais visível através de publicidade e propaganda.
  • A publicidade e propaganda médica deve ser sempre objetivo, prudente e verdadeira.

25 de nov. de 2014

Sorteio de promocodes do app Whitebook e do app iCTI

Para comemorar tanto o relançamento do app Whitebook como a indicação da PebMed para Prêmio Startup Saúde 2014 da EmpreenderSaúde (entre lá!) nos foi fornecido promocodes iOS ( Android não fornece promocodes, assim como o Windows Phone) para sorteio tanto do app Whitebook como do app iCTI.

Veja como participar:





  • App Whitebook:  Concorra pelo twitter: Dê rt (retuíte) na seguinte frase: RT @timedicina: eu quero ganhar o app Whitebook para iOS da @PebMed http://goo.gl/OCR4t9


Novo Whitebook da PebMed: mais qualidade nas suas prescrições!

Post atualizado em: 

App Whitebook Clinical Decision - Guia de prescrição médica, antimicrobianos, bulario e conduta para decisão clínica



O app Whitebook -  Guia de prescrição, agora disponível para iOS, Android e Windows Phone, contém um Guia de Prescrição com mais de 250 modelos comentados para prescrição de pacientes internados e ambulatoriais para as condições clínicas mais comuns, divididos por especialidades médicas, prescrições ambulatoriais e paciente crítico. Funciona como um app de medicamentos, mas com um guia terapêutico integrado.



Novidades do Novo Whitebook:
  • 300+ prescrições para ambulatório, terapia intensiva e enfermaria;
  • Guia de medicamentos: 400+ drogas de uso comum, com o recurso de buscar pelo nome comercial;
  • Recurso para aumentar/diminuir o tamanho da fonte;
  • Mecanismo de Solicitação de bulas;
  • Cadastro fácil para receber promoções; 
  • Acesso direto à loja PEBmed, com promoções exclusivas para os usuários.

19 de nov. de 2014

Avaliação pré-anestésica na web com o AxPré


O AxPré é uma plataforma para avaliações pré-anestésicas em nuvem completa e com protocolos pré-definidos, questões customizáveis e um algoritmo de avaliação de risco desenvolvido pela Nuntius e pela Anestech. Em outros termos o anestesista faz a avaliação pré-anestésica de qualquer dispositivo com conexão a internet como celular, tablet ou computador, com cálculos e avaliações pré-definidas com triagem de pacientes, incluindo-os em protocolos baseados em evidência.


Como fazer?


  • O paciente se cadastra e preenche um questionário. 
  • O médico faz seu login, preenche o questionário pelo paciente ou importa as respostas dele já pré-preenchidas por ele, insere os exames e responde o questionário médico. Este questionário se refere a classificação ASA e Mallampati Modificada, índices de avaliação de entubação orotraqueal, protocolos para incluir este paciente ( TVP, PIA, Hemoderivados, CTI pós-operatório, etc) e um relatório é gerado para impressão da Avaliação pré-anestésico, com termo de consentimento de acordo com anestesia.
 Uma vantagem desse sistema é a customização da avaliação, se não for do interesse do profissional utilizar o modelo padronizado.



Veja mais no vídeo abaixo:




Todos os anestesistas que possuem um cadastro em algum app ou sistema da Anestech/Nuntius podem começar a fazer suas avaliações pré-anestésicas com mais segurança, qualidade e agilidade no AxPré imediatamente. As plataformas passam a funcionar com um único cadastro e um único login para mais de 15 mil profissionais de saúde cadastrados.

15 de nov. de 2014

Brinco para monitorização de dados vitais


O projeto Ear-O-Smart é uma startup canadense, Biosensive Technologies,  que desenvolveu um biosensor em brinco para medir frequência cardíaca, atividades físicas e as calorias queimadas.


O produto conta com um brinco perolado de  16 mm de diâmetro e sua precisão é maior que o das pulseiras. A tecnologia empregada utiliza LED que é refletida pelo sangue que corre debaixo da pele da orelha. Essa luz refletida é captada por um sensor que envia as informações coletadas por Bluetooth Low Energy (BLE) para o smartphone, onde são apresentadas em um app. O desafio agora é melhorar a duração da bateria, hoje em torno de oito horas.

 Há também a opção de um kit "faça você mesmo", para que os próprios consumidores instalem o pequeno chip em seus brincos preferidos. 

Os dois produtos podem ser adquiridos pelos colaboradores do projeto no KickStarter por 125 e 150 dólares canadenses, respectivamente.

Veja mais no vídeo abaixo:

13 de nov. de 2014

Palestra Gratuita: O QUE HÁ DE NOVO NA CERTIFICAÇÃO SBIS/CFM v4.1 17/11 20:00


Palestra On-Line
O Que Há de Novo na Certificação SBIS/CFM de Registros Eletrônicos de Saúde, Versão 4.1/2013

Nesta palestra promovida pelo Programa EduCert de Certificação de Software em Saúde do Instituto Edumed, o Prof. Renato M.E. Sabbatini, reconhecido especialista na área irá apresentar e discutir as características, filosofia e novos requisitos do processo de certificação de Sistemas de Registros Eletrônicos de Saúde, em sua última versão, ressaltando os pontos mais críticos e sugerindo abordagens para a preparação para a auditoria de certificação da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e Conselho Federal de Medicina (CFM).


Data: 17 de novembro de 2015, segunda feira,
Horário : 20:00h de Brasilia (Horário de Verão Brasileiro).



Promoção gratuita, vagas limitadas.

A palestra será transmitida interativamente por videoconferência em banda larga, com a duração de 45 minutos, seguida de 40 minutos de perguntas, dúvidas e debate com a audiência. 100 lugares disponíveis. É necessário cadastrar-se no link abaixo para reservar seu lugar. Se for contemplado você receberá o endereço, login e senha de acesso pelo email.

https://docs.google.com/forms/d/19rHUWbulkTROlJZEF9UQ1KIfDTNVCAoAu7avdY7_yVU/viewform?usp=send_form

Programa EduCert
www.educert.com.br
Curso de Capacitação em Certificação de Sistemas de Registros Eletrônicos de Saúde
www.edumed.org.br/cursos/certificacao-CPS.html

11 de nov. de 2014

Antissepsia de iPads, tablets, iPhones e outros smartphones em ambientes hospitalares


Muito antes da ameaça do Ebola, muitos estudos mostram a colonização de agentes infecciosos nos dispositivos móveis usados pelos médicos, estudantes e outros profissionais de saúde em ambientes hospitalares.


As pesquisas mostram que smartphones e tablets estão contaminados com Staphylococcus aureus (MRSA), Enterococo resitente a Vancomicina (VRE), e P. aeruginosa mesmo quando limpos com produtos inapropriados.

Dicas de limpeza:
  • Precauções universais de higiene - lavagem das mãos- antes e depois do uso do iPad
  • Evitar o uso em ambientes isolados para prevenir a transmissão de organismos resistentes
  • Para limpar o tablet ou smartphone, desconecte todos os cabos e desligue-o. Use um pano macio, ligeiramente úmido e sem fiapos. 
Para a antissepsia o produto mais eficaz é o Sani-Cloth CHG 2%, uma mistura de álcool isopropílico 70% e clorexidina a 2%, mas não encontrei para a venda no Brasil. Pode-se comprar na Amazon. Com exceção do Clostridium, este produto foi eficaz contra MRSA e VRE, além de vírus, outras bactérias e o bacilo da TBC. 



O ideal é que se use barreiras de proteção como CleanCase, onde podem ser usados produtos corrosivos como cloro. Mas nem sempre é prático usar seu dispositivo encapado.

Aqui no Brasil temos o Isopropanol (Álcool isopropílico 99,8%) ideal para limpeza de eletrônicos pois não contem água e evapora rapidamente. Não é difícil de achar para comprar e já bem mais eficiente que limpar só com pano sem fiapos.

  • Surface Microbiology of the iPad Tablet Computer and the Potential to Serve as a Fomite in Both Inpatient Practice Settings as Well as Outside of the Hospital Environment - Hirsch EB, Raux BR, Lancaster JW, Mann RL, Leonard SN (2014) . PLoS ONE 9(10): e111250. doi:10.1371/journal.pone.0111250
  • Disinfecting the iPad: evaluating effective methods. Howell, V. et al. Journal of Hospital Infection , Volume 87 , Issue 2 , 77 - 83
  • Bacteria on smartphone touchscreens in a German university setting and evaluation of two popular cleaning methods using commercially available cleaning products  Markus Egert,Kerstin Späth,Karoline Weik,Heike Kunzelmann,Christian Horn,Matthias Kohl,Frithjof BlessingFolia Microbiologica.2014;44(7)16

Antissepsia de iPads, tablets, iPhones e outros smartphones em ambientes hospitalares é um artigo original do TI Medicina. Quando copiá-lo, dar os créditos e citar a fonte.

9 de nov. de 2014

Estudantes de Medicina: vídeo didático do coração


5 de nov. de 2014

Parte 3 - Aplicativos médicos mais usados pelos médicos

Os posts anteriores utilizando a pesquisa/enquete realizada pelo Blog TI Medicina com seus leitores, mostram que os médicos preferem o sistema iOS, usam principalmente seus smartphones para acessar aplicativos móveis, sites de referência médica na internet, para discussão de casos e leitura de livros. Veja mais nos posts específicos abaixo:
Hoje mostrarei quais os principais aplicativos usados pelos médicos. Alguns participantes preferiram deixar essa resposta em branco, e dos que responderam, cerca de 70%,alguns também colocaram o tipo de aplicativo (por exemplo CID 10, medicamentos...) ao invés de citar especificamente o nome comercial do app.

Vamos a lista por ordem dos mais votados:
  1. 1- Cid 10: Mobilecare Tools (AndroidiOS)
  2. Medscape (android e iOS)
  3. Up to date (Android e iOS)
  4. Whitebook -  Guia de prescrições médicas (iOS)
  5. Epocrates  (Android e iOS)
  6. Medicamentos de A a Z (Android e iOS)
  7. Medcalc 3000 (iOS)
  8. iEmergências (iOS)
  9. iPediatria - antigo Pedfácil (iOS)
  10. Micromedex (Android e iOS)
  11. Drogas em CTI (AndroidiOS)
e os outros que tiverem pelo menos 01 voto:
Abaixo estão os que eu mais uso nas 2 plataformas:






28 de out. de 2014

Loja de gadgets médicos no Brasil: uma realidade possível?

Várias vezes já recebi contato de empresas estrangeiras para parcerias na comercialização de acessórios médicos para smartphones. E sempre desisti da empreitada.
Mas qual o motivo para tanto desânimo? Burocracia. Quem regulamenta o registro e comercialização de equipamentos médicos no Brasil é a ANVISA.

O processo, no caso dos acessórios para smartphones é moroso e o que nos impede é o tempo de deferimento do processo de registro e comercialização, que tornará a tecnologia obsoleta, além do que o procedimento de despacho aduaneiro é mais burocrático do que o de licenciamento do produto pela ANVISA!

Todo o processo depende da classificação do produto, que é feita baseado-se no risco que representam á Saúde. 
Levando-se em consideração os critérios para classificação de equipamentos como esfignomanômetros para iPhones, Otoscópios, oxímetros, termômetros, oftalmoscópios, etc, a maioria deles se encaixa como transitório, invasivo, ativo, com função de medição e equipamento de auto-teste. Veja quadro abaixo:

Dessa forma, a maioria desses gadgets estão na categoria III. O processo para esses equipamentos passa por registro ou certificado de livre comércio do produto no exterior a relatórios técnicos e regulamento técnico específico.

Enquanto não desburocratizamos esse processo, recomendo a vocês uma empresa sediada nos EUA, chamada Quantified Care , que tem como objetivo trazer ferramentas de ponta para uma variedade de situações clínicas:


26 de out. de 2014

Medicina e o humor - para descontrair

Para descontrair um pouco de um domingo tão pesado e me desculpar pela ausência de postagens, hoje colocarei bons links para nos distrairmos da dureza da profissão:

1- Signos e a Medicina: do Blog Med da Depressão vem essa postagem muito bem humorada da previsão para os médicos ou estudantes de Medciina e seus respectivos signos astrológicos:

http://www.meddepressao.com.br/signos-na-medicina/
2-  Crônicas de anestesia no facebook: muito humor com a visão anestésica da profissão
https://www.facebook.com/CronicasDeAnestesia
3- Meus Nervos: tão bom quanto acompanhar as tirinhas com humor bem ácido do Solon, é seguí-lo no twitter: https://twitter.com/meusnervos
http://www.meusnervos.com.br/
4- E não ão menos engraçado, ou importante: Advanced PITI Life Support do blog Mediskina:

APLS


- Advanced Piti Life Support -


Com a atual onda de cursos de suporte avançado de vida (ACLS, ATLS, PALS, ALSO, FCCS, PHTLS, GLS, etc., etc...), nós, residentes do HURNP, decidimos criar nosso próprio curso, para padronizar o atendimento de uma situação extremamente comum no dia-a-dia do pronto-socorro, e que apesar de sua grande freqüência ainda gera muitas controvérsias e discussões sobre o seu adequado manejo: o piti, também denominado de "histeria conversiva" pelo célebre Dr. Reynaldo Miguita Jr. e de "transtorno dissociativo" pela Dra. Sandra Vargas; além de ser conhecido pelos funcionários do setor de convênio por "F44.9". Interessantemente, a nomenclatura do piti (pronuncia-se PI-TÍ, com sílaba tônica no TI) não é uniforme no território nacional. Na Gaucholândia, no extremo Sul do Brasil, por exemplo, esse distúrbio é conhecido como "agazão". Não temos muita certeza de que esta padronização produza algum benefício aos pacientes ou aos profissionais de saúde, e nem estamos muito preocupados com isso. Nosso objetivo maior, ao lançar este APLS, é o de ganhar seiscentos reais na inscrição de cada participante, para um curso medíocre e de muito baixo custo - afinal, também somos filhos de Deus!
  • Introdução
O piti, particularmente o que ocorre de maneira súbita na calada da noite, é a mais dramática situação na madrugada de um plantão no PSM, constituindo motivo de resmungos para os profissionais de saúde, alegria para os funcionários da triagem (pela oportunidade de sacanear o interno), escândalo para os familiares e emoções ímpares para o paciente.
As diretrizes que apresentamos nesta apostila têm como objetivo apresentar a essência do suporte avançado de vida no atendimento ao piti. Não pense que o texto fornece tudo que uma pessoa deve saber sobre APLS ou mesmo tudo que é necessário para completar com sucesso o atendimento prático ao pitizento. Esta apostila apresenta meramente um modo simplificado e organizado de pensar e agir frente a um piti. No entanto, a perfeição no atendimento só poderá ser adquirida após noites e mais noites atendendo inúmeros e interessantes casos de descompensação emocional aguda.
As informações aqui presentes foram fruto de um consenso entre diversos R1 de Clínica Médica e internos do sexto ano, realizado em uma tarde de absoluto ócio durante a greve dos funcionários do HU, ocasião em que foi fundada a HPA (HU Piti Association) para coordenar e lucrar com os cursos de APLS. Como esta é a primeira edição do curso, é óbvio que esta apostila não está ainda completa ou perfeita, mas acreditamos que, com as sugestões e correções que inevitavelmente receberemos dos demais profissionais envolvidos no atendimento ao piti, conseguiremos produzir uma padronização cada vez melhor nas próximas edições.
  • Etiologia
O piti é causado por um severo distúrbio da bioquímica "celebral", e a sequência de reações químicas associadas ao fenômeno fisiopatológico do piti foi recentemente descoberta por um ilustre clínico de pequenos animais (pediatra) do nosso serviço, o célebre Dr. Marco Antônio Pimpolho Montanha. 
  • Avaliação Diagnóstica
Geralmente, o pitizento é trazido ao box do PS ou à sala de urgência em estado supostamente comatoso. Dificilmente o paciente responderá às suas perguntas, e mais difícil ainda é obter uma história coerente ou organizada dos membros da família (os quais se ocupam, em geral, de fazer perguntas em voz alta, chorar ou ameaçar chamar a imprensa marrom). Assim sendo, na impossibilidade de realização de uma anamnese decente, o atendente deve atentar para alguns sinais que são de extremo valor diagnóstico na avaliação inicial de um paciente com suspeita de piti. Os principais sinais que encontramos na prática clínica estão relacionados abaixo.
  • Sinais Presentes ao Exame Físico
1 - Sinal do Pente - ao levantar o braço do paciente sobre seu rosto e deixá-lo cair, o paciente desvia a mão da trajetória da face para evitar o choque, "penteando" assim os cabelos.
2 - Sinal da Borboleta - contrações mioclônicas de alta freqüência das pálpebras superiores, com os olhos fechados.
3 - Sinal do Elástico - as pálpebras se encontram cerradas, em contração tônica, com extrema resistência à abertura ocular passiva, e se fecham rapidamente logo após a sua abertura.
4 - Sinal do Zumbi - se o atendente conseguir abrir os olhos do paciente, este estará apresentando um desvio conjugado do olhar para cima, ocultando assim a íris sob a pálpebra superior. O atendente só poderá ver, assim, o branco dos olhos (como se fossem os olhos de um zumbi).
5 - Dor à palpação dos Tiger Points (vide Figura 1).
6 - Respiração de Tiger-Boar - ritmo respiratório rápido e irregular, com incursões inspiratórias profundas, com ausculta pulmonar rigorosamente normal e oximetria de pulso ³ 98%.
7 - Distúrbios da fala - rugido tiger-like, gemência, sons incompreensíveis ou afasia completa.
8 - Sinal das Lágrimas de Crocodilo - à estimulação dolorosa, o paciente se esforça para não emitir qualquer resposta motora ou verbal, mas apresenta lacrimejamento abundante, acompanhado ou não de espasmo facial.
9 - Sinal do Espião, ou do Buraco da Fechadura - o paciente abre o olho para averiguar o ambiente quando imagina que está sozinho na sala. Caso perceba que foi flagrado, fecha os olhos novamente e tenta dissimular.
10 - Globus histérico - nos pacientes comunicativos, a queixa de uma "bola na garganta que sobe e desce" é praticamente patognomônica de piti. Nenhuma patologia orgânica produz um sintoma tão esdrúxulo.
11 - Uso crônico de algumas medicações - por exemplo: cimetidina, digogina, capotril, dipironha, Antax, Berotex, crofenaque, Tegretal, Hidental ou Gardenol, geralmente de forma irregular.
12 - Acompanhamento ambulatorial em ³ 5 clínicas, incluindo obrigatoriamente: Neurologia, Ortopedia e Cirurgia Vascular.
13 - Desejo intenso de ser submetido a exames diagnósticos complementares - em geral, "rauxis" de tórax, "elétrico" do coração ou da cabeça.
14 – Tentativa de suicídio tomando uma caixa inteira de contraceptivos orais e/ou suplementos vitamínicos.
15 - Melhora espontânea ou com o uso de placebo.
16 - Intenção oculta ou manifesta de ser "encostado".
Além desses sinais clássicos, é claro, a maioria dos pacientes tem cara, cor, cheiro e jeito de piti, tornando o diagnóstico preciso muito fácil de ser realizado.

 Também pode-se avaliar o nível de consciência do paciente, usando para isso a Escala de Coma de Maroneze-Oliveira-Cascales-Bobroff (Quadro 1), específica para pitizentos e javalis. 

Escala de Coma de MOCB 
A) Abertura Ocular 
Espontânea 
Sinal da Borboleta 
Sinal do Elástico 
Sinal do Espião 

B) Melhor Resposta Verbal 
Desorientado / Confuso / Agressivo 
Palavras Obscenas 
Rugido Tiger-Like 
Pede Para Ir Embora 
Pede Atestado 

C) Melhor Resposta Motora 
Desfere Chutes e Socos 
Tenta Levantar do Leito, Não Deixa Examinar 
Convursiona 
Morde 
Sinal do Duplo-Cruzado * 
Finge de Morto 
Quadro 1 – Escala de Coma de Maroneze-Oliveira-Cascales-Bobroff (MOCB)
.

Atribuem-se pontos a cada um dos quesitos avaliados conforme a tabela acima; a soma dos pontos determinará a gravidade do quadro. Pontuações abaixo de 12 indicam quadros graves, que necessitam de restrição no leito imediata. 
* Sinal do Duplo-Cruzado
: Quando se pede para o paciente deitar na maca para o exame, ele deita com as pernas e os braços cruzados, como se estivesse deitando na praia para tomar sol. Típico de pessoas muito desequilibradas e sem noção.



ABCD da Avaliação Primária 
A – Abrir os olhos do paciente 
B – Beliscar os mamilos, efetuando uma torção de pelo menos 360 graus 
C – Cutucar o pé com uma agulha rosa (intensidades crescentes: 200, 300 e 360 joules) 
D – Dominar os familiares e retirá-los da sala 
ABCD do Atendimento Primário ao Paciente Pitizado (Medicações Classe I) 
A - Água destilada EV
B - B-complex (complexo B) EV
C - Crofenaque (Voltaren IM)
D - Diazepam EV ou IM
ABCD da Avaliação Secundária
A - Atestado
B - Basic Unit of Health (encaminhamento à UBS)
C - "Chapa dos purmão"
D - DNC
E - Empurrar o paciente para outro (preferencialmente algum colega muito estimado)
Medidas Secundárias no Atendimento (Classe IIa) 
a) Marmitex
b) Elétrico do coração
c) Conviver Project
d) Declaração para o(s) acompanhante(s)
e) Receita de dipironha
Metas do Atendimento Inicial 
a) Tempo porta-beliscão (para avaliação da responsividade): 15 segundos
b) Tempo porta-restrição no leito: 30 segundos
c) Tempo porta-soro amarelo: 5 minutos
d) Tempo porta-diazepam: 35 minutos
e) Tempo porta-"rauxis": 60 minutos
f) Tempo porta-marmitex: 90 minutos
g) Tempo porta-cartinha para a UBS: 120 minutos
h) Tempo porta-atestado: 180 minutos
i) Tempo porta-retorno sem melhora: 48 horas
j) Tempo porta-atendimento na UBS: 6 meses
Observações: 
1) Assim que o paciente obtiver melhora clínica após qualquer das medidas acima, deverá ser submetido à avaliação secundária, conforme os ABCs descritos no texto acima.
2) Após a avaliação secundária, o paciente poderá receber alta prontamente, desde que seja submetido às medidas secundárias, descritas no texto acima.
A Cadeia de Sobrevida do Piti 
O sucesso na recuperação do piti depende de uma série de intervenções críticas. Se uma dessas ações imprescindíveis é negligenciada ou atrasada, a recuperação do piti pode demorar séculos, mas sempre acontece (de fato, até mesmo os pacientes que entram no PS gritando que vão morrer se cansam de fazer cena após algumas horas e costumam pedir para ir para casa logo após ganhar um marmitex). A HU Piti Association usa o termo "cadeia de sobrevida" para descrever essa seqüência de ações. A cadeia tem 4 elos interdependentes:
a) acesso rápido;
b) avaliação básica;
c) placebo;
d) encaminhamento para UBS.

Primeiro Elo: Acesso rápido
O acesso rápido não costuma ser nenhum problema nos casos de piti. Geralmente, os casos de piti se manifestam logo após alguma discussão ou briga em família, ocasião na qual todos os familiares presentes já se encontram naturalmente excitados e dispostos a atos dramáticos. Dessa forma, basta o paciente começar a manifestar os primeiros sinais de desmaio ou "convursão" para já ser enfiado no carro (comumente uma Brasília ou Chevette) e ser trazido rapidamente ao PS.
Além disso, basta o paciente aparecer na porta se chacoalhando e retorcendo de maneira grotesca para que os funcionários da triagem e da portaria já se regozijem em colocar o paciente em alguma maca e entrar com ele PS adentro, produzindo grande estrondo, felizes por estarem acordando o interno de plantão. É digno de nota mencionar que muitas vezes o interno nem chega a ser chamado pela enfermagem, uma vez que ele já pode ser despertado pelos gritos dos acompanhantes.
Segundo Elo: Avaliação Básica
Uma vez que o atendente (interno ou R1 do PSM) se encontre cara a cara com o paciente pitizento, a avaliação inicial, composta pela detecção dos sinais descritos em "Avaliação Diagnóstica" costuma demorar poucos segundos, dependendo da experiência que o profissional de saúde já possua. Não esquecer o beliscão.
A avaliação básica é bastante facilitada pela retirada dos membros da família da sala de exame.
Terceiro Elo: O Placebo
Uma vez feito o diagnóstico de piti, o paciente deve ser prontamente tratado com medicações de uso parenteral, de preferência aquelas sem qualquer efeito farmacológico imediato.
Se a queixa principal do paciente for dor, a água destilada EV tem indicação Classe I. Se a sintomatologia dominante for constituída de sintomas vagos, como dispnéia, palpitações ou uma bola no pescoço que sobe e desce, o uso de complexo B diluído em um soro glicosado (o famoso "soro amarelo") constitui a medicação de escolha (Classe I). Caso o quadro seja predominantemente composto de manifestações de ansiedade, pode-se obter melhora com qualquer das medicações citadas, mas na maioria dos casos, principalmente nos refratários, obtém-se uma melhora fantástica com diazepam IM ou EV (Classe I). O diclofenaco (clofenaque) pode ser usado nos casos de dor vaga não-responsiva às medidas iniciais, mas apenas via IM (Classe I nos casos refratários).
É importante ressaltar que qualquer medicação das citadas acima terá um efeito muito mais satisfatório se sua administração for acompanhada de um teatrinho por parte do atendente, dizendo que a medicação é tóxica, ou que é um lançamento importado, etc.
Quarto Elo: Encaminhamento para UBS
Esta é a parte final do atendimento. Geralmente, após o terceiro elo, o paciente já está muito melhor e pedindo para ir para casa. Assim sendo, deverá ser dispensado com a orientação formal de que procure a UBS todas as vezes que os sintomas recorrerem, e nunca o PS. A maioria dos pacientes se contenta com uma cartinha de encaminhamento ao clínico geral da UBS para acompanhamento, mas alguns podem ser mais difíceis de manejar e exigir exames mais complexos, como "rauxis" de tórax ou "elétrico", seja do coração ou da cabeça. Se o paciente insistir em realizar tais exames, não hesite. É muito mais fácil e gratificante pedir logo o exame para agilizar a alta do paciente que tentar argumentar com ele que o "rauxís" não é necessário.
Conclusão 
O tratamento do piti continua a evoluir. O manejo adequado de cada paciente pitizento requer que todo o sistema de atendimento funcione de maneira rápida e consistente. O desafio da próxima década, para todos os profissionais de saúde que se deparam com esse desafio diagnóstico e terapêutico no seu cotidiano, e principalmente para nós, peritos da HPA - HU Piti Association, é estabelecer essa infra-estrutura e otimizar os algoritmos padronizados de conduta, para melhor definir os fatores-chave que aumentarão o tempo disponível para o sono dos atendentes durante o plantão noturno.
Agradecimentos 
Aos funcionários do HU, que entraram em greve e aumentaram consideravelmente o tempo ocioso dos internos e residentes, possibilitando que eles se reunissem para compilação desta brilhante revisão.
E principalmente, nosso muito obrigado, mas muito obrigado mesmo, a todos os trouxas que vão morrer em quinhentos reais para fazer este curso completamente inútil. É a boa disposição (e burrice) de vocês que possibilitará minha próxima viagem turística ao Nordeste e, quem sabe, à nova Zelândia.




19 de out. de 2014

Aplicativos Médicos: como usar Figure 1 no Brasil

O app no qual os profissionais da saúde compartilham fotos de seus casos, ainda não disponível para o Brasil como aplicativo mobile (Atualização em 08/-2/2015: já estão disponíveis para Android e iOS, mas não permitem upoload de fotos)., está para ser lançado na Europa até o fim do ano.


Figure 1 é uma rede social que funciona como o Instagram e seu objetivo é a discussão de casos médicos, baseado em imagens.




Mas aqui no Brasil podemos usá-lo na web. Basta acessar o site  e fazer seu cadastro com a especialidade.
https://figure1.com/

Imagens por categoria de especialidades
Imagens por categorias anatômicas



As imagens preservam a identidade do paciente, com medidas como cobrir o rosto automaticamente com tarja preta. Mas cabe aos usuários bloquearem outros sinais que possam entregar a identidade do paciente como tatuagem. Cada foto é revisada e aprovada por um moderador antes de ser adicionada à base de dados do aplicativo.

Mas um excelente recurso de compartilhamento do conhecimento disponível para a atualização médica!

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