30 de jan. de 2017

Inteligência artificial: chave para saúde mental

Com AI, nossas palavras serão uma janela em nossa saúde mental

A IBM prediz que em cinco anos, o que dizemos e escrevemos será utilizado como indicador de nossa saúde mental e bem-estar físico. Padrões em nossa fala e escrita serão analisados ​​por novos sistemas cognitivos fornecendo indicadores de transtornos de desenvolvimento em estágio inicial, doenças mentais e doenças neurológicas degenerativas que podem ajudar médicos e pacientes a melhor prever, monitorar e acompanhar essas condições.


Os distúrbios cerebrais incluindo as doenças do desenvolvimento, psiquiátricas e neurodegenerativas, representam uma enorme carga de doença, em termos de sofrimento humano e custo econômico. Por exemplo, hoje em dia, um em cada cinco adultos nos EUA experimenta uma condição de saúde mental, como depressão, distúrbio bipolar ou esquizofrenia, e aproximadamente metade dos indivíduos com transtornos psiquiátricos graves não recebem tratamento. O custo global das condições de saúde mental deverá aumentar para US $ 6 trilhões até 2030.

Os computadores cognitivos irão analisar a fala de um paciente ou palavras escritas para procurar indicadores encontrados na linguagem, incluindo significado, sintaxe e entonação. Combinando os resultados dessas medições com aqueles de dispositivos wearables e sistemas de imagem (RNM e EEGs) pode mostrar um quadro mais completo do indivíduo para profissionais de saúde, com o objetivo de melhor identificar, compreender e tratar a doença subjacente, seja Parkinson, Alzheimer, doença de Huntington , PTSD ou mesmo condições de desenvolvimento neurológico como o autismo e TDAH.

O que antes eram sinais invisíveis irão se tornar sinais claros da probabilidade de os pacientes entrarem em um determinado estado mental ou de como seu plano de tratamento está funcionando, complementando consultas médicas com avaliações diárias no conforto de suas casas.

Como isso poderia mudar o mundo:
  • Analise o discurso para detecção precoce - Encontrar padrões na fala para prever e monitorar precisamente psicose, esquizofrenia, mania e depressão.
  • Palavras escritas fornecem indicadores - Analise palavras escritas para ajudar a avaliar a nossa saúde mental, alertando-nos para um declínio antes que ele ocorre.
  • Assistentes cognitivos para a saúde mental- Assistentes cognitivos e sensores em nossos telefones inteligentes poderiam "ouvir" para fora para o nosso bem-estar.
  • Ferramentas automatizadas de saúde mentalCrie ferramentas automatizadas para ajudar os médicos a acompanhar e tratar a progressão da doença neurológica de um paciente.
Na IBM, os cientistas estão usando transcrições e entradas de áudio de entrevistas psiquiátricas, juntamente com técnicas de aprendizagem de máquina, para encontrar padrões de fala para ajudar os médicos a prever e monitorar precisamente psicose, esquizofrenia, mania e depressão. Hoje, leva apenas cerca de 300 palavras para ajudar os médicos a prever a probabilidade de psicose em um usuário.
Veja mais no vídeo:

28 de jan. de 2017

Evidências científicas sobre o uso do whatsapp na prática clínica

A cada dia usamos mais o whatsapp tanto entre colegas quanto em comunicação com pacientes. E na minha opinião, é uma excelente forma de segunda opinião médica, relatório de encaminhamento médico, contato com especialistas, etc...

Hoje vou falar de uma revisão do uso do app na prática clínica (1). WhatsApp in clinical practice: A literature review  revisou a literatura sobre o uso do WhatsApp na prática clínica, como é usado e a satisfação dos usuários com a ferramenta. 

Houve sete relatos de casos, seis dos quais foram da Índia e um da Arábia Saudita Arábia. Seis serviços clínicos, além de grupos intradepartamentais, incluíram um serviço de triagem de retinopatia diabética na Índia que usava uma câmera de fundo acoplada a um smartphone, um serviço de triagem para patologia bucal e odontológica na Itália, um segundo serviço de opinião para emergências maxilofaciais na Turquia, um programa de cardiologia de emergência na Turquia, e pacientes na Espanha usando WhatsApp para contatar seu alergologista. Uma visão geral do uso de aplicativos cirúrgicos na prática clínica mencionou o uso de WhatsApp por um cirurgião pediátrico na África do Sul.




O WhatsApp está sendo usado em uma variedade de serviços clínicos para facilitar a comunicação dentro de grupos intradisciplinares.

Os médicos incorporaram o WhatsApp em sua prática cotidiana sem a necessidade de formação adicional, quer técnica ou profissional. Em geral, as vantagens práticas de usar WhatsApp superam as desvantagens. Há má compreensão e equívoco de como o WhatsApp usa criptografa, transmite e armazena mensagens de texto e arquivos associados. O consentimento, a confidencialidade, a privacidade dos pacientes, a segurança dos dados e a manutenção de registros foram pouco relatados (o artigo foi escrito antes da criptografia end-to-end). Parece que a maioria dos clínicos não tinha conhecimento das potenciais violações de segurança e confidencialidade que poderiam ocorrer.

Alguns  médicos erroneamente acreditavam que usar uma conexão wi-fi (de preferência protegida por senha) em vez do serviço GSM do telefone, ou que confinar mensagens para o grupo de bate-papo resolvia os problemas de segurança. Idealmente não deve haver dados de pacientes armazenados em um telefone. Alguns defendem a supressão de mensagens após um determinado período, enquanto outros têm notado os benefícios de ter dados do paciente permanentemente armazenados. Os dados do WhatsApp armazenados em telefones permanecem criptografados, mas podem ser "lidos" se o telefone estiver desbloqueado. As precauções razoáveis são proteger a senha do telefone, de preferência usando biometria e senha no app.

Conclusão
A ubiquidade do WhatsApp, sua simplicidade, baixo custo e criptografia melhorada tornam uma proposta atraente para o desenvolvimento de serviços de telemedicina em ambientes com restrições de recursos. O advento da criptografia de ponta a ponta reduz as preocupações de segurança, mas pode enfrentar a regulamentação médica em alguns países. O que é necessário agora é o desenvolvimento de diretrizes para o uso do WhatsApp para grupos intradisciplinares e consulta de telemedicina. Estas podem começar como diretrizes genéricas que podem ser adaptadas para atender às necessidades legais, regulatórias e éticas locais usando o WhatsApp

1. MARS, M.; ESCOTT, R. WhatsApp in clinical practice: A literature review. Studies in Health Technology and Informatics, v. 231, p. 82–90, 2016. Disponível em: <http://ebooks.iospress.nl/publication/45680>. 

22 de jan. de 2017

Podcasts Médicos - o que há de melhor no Brasil



Podcasts são programas de áudio gravados sobre temas específicos, normalmente disponíveis através de assinatura em plataformas como SoundClound, ou no iTunes, por exemplo.
É uma ótima oportunidade para aprender e se atualizar enquanto caminha ou está no trânsito.


Medicina do Conhecimento: anestesia ( do Blog Anestesiador)
Exemplos:



exemplo:
Segurança da metformina no DMII com DBPOC- Neuropatia induzida pela redução acentuada da glicada - Triagem da doença celíaca no DMI - Relação entre hormônio antidiurético e DMII
018 - Dr. Orsine Valente, Dr. Rodrigo O. Moreira, Dra. Mônica A. L. Gabbay, Dr. Fernando Valente

Cardiopapers

Se você sabe de algum outro interessante, deixe nos comentários!

leia também: 

17 de jan. de 2017

Palestra Gratuita 26/01 11:00- Educação em Bioinformática - Brasil e Portugal



O Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde da Universidade Federal do Ceará (NUTEDS/UFC) realiza, dia 26 de janeiro, às 11h (horário de Fortaleza/CE), a webconferência especial "Educação em Informática Biomédica: O Estado da Arte em Portugal e no Brasil", ministrada pelo Professor Ricardo João Cruz Correia, docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (U.Porto), em Portugal. A webconferência é aberta ao público.

A iniciativa faz parte da estratégia para a criação do Grupo de Interesse Especial (do inglês Special Interest Groups - SIGs) intitulada Educação em Informática Biomédica. A ideia é fomentar o debate sobre a Informática Biomédica no Brasil, tendo como base a experiência exitosa da universidade portuguesa. A Faculdade de Medicina da U.Porto conta com um departamento específico voltado para a Informática Médica, além de um Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

Também deve participar da web a Profa. Dra. Zilma Reis, do Centro de Informática Médica no Centro de Tecnologia em Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Participarão ainda os Núcleos da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) que devem compor o SIG Educação em Informática Biomédica. Além do NUTEDS, na Faculdade de Medicina da UFC, estão confirmados até agora os Núcleos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com o Prof. Dr. José Diniz Junior; da Escola Bahiana de Medicina, com o Prof. Antonio Carlos; da Universidade Federal de Pernambuco, com a Profa. Magdala Novaes; da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com a Profa. Alexandra Monteiro.

Como participar?
 
A webconferência é aberta ao público em geral. Interessados podem acessar pelo link: http://webconf2.rnp.br/rutehuwcufc. Basta entrar como convidado, colocar o nome e acessar a sala virtual. Lá, é possível acompanhar as discussões, visualizar o conteúdo e participar do debate.
 
Sobre os SIGs e a Rede RUTE
 
Os SIGs são uma iniciativa fomentada pela Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) para promoção de debates, discussões de caso e até aulas à distância, por videoconferência ou webconferência, estimulando a integração e a capacitação entre profissionais de saúde em diferentes níveis de formação profissional.

A Rede RUTE é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que visa a apoiar o aprimoramento de projetos em Telemedicina em universidades públicas e Hospitais Universitários (HUs), estimulando a colaboração entre os parceiros, por meio de vídeo e webconferência, com palestras, educação permanente, Segunda Opinião Formativa e teleconsultas.

9 de jan. de 2017

S-Skin da Samsung: tecnologia para dermatologia

Samsung lançou alguns produtos destinados ao cuidado da pele na CES 2017.


S-Skin é uma solução destinada ao consumidor final, mas ao meu ver, pode ser muito útil para dermatologistas.
Dispositivo analisa a hidratação, melanina e vermelhidão da pele usando luz LED

É composto de um patch com microagulhas e um dispositivo portátil que analisa e cuida da pele. O patch com microagulhas pode penetrar profundamente a pele para administrar ingredientes eficazes e aumentar a absorção. 

O dispositivo pode medir a hidratação, vermelhidão e melanina da pele para um cuidado personalizado da pele usando luz LED. A condição da pele é salva no aplicativo para acompanhar as alterações ao longo do tempo.

Entenda mais no vídeo abaixo:



7 de jan. de 2017

Localizar celular pelo número do IMEI

A PMMG (48º Batalhão de Ibirité) lançou um serviço interessante, onde você cadastra o IMEI do seu celular e no caso de roubo, é possível localizá-lo. A PM também pode verificar os aparelhos de suspeitos e ver se o IMEI encontra-se entre os de celulares roubados e te comunicar se ele foi achado. 
Depois da admiração inicial, fiquei apreensiva com o que a PM pode fazer com esses dados... sabendo onde vc se encontra o tempo todo... Não sei se gostaria de conceder acesso a esses meus dados a qualquer PM, sei lá... há maus profissionais em qualquer profissão.
Outra coisa, a Clarisse Falcão aparece no vídeo da PM :D, acho que eles não se deram conta que usaram a imagem dela.

3 de jan. de 2017

Como fazer seu próprio app (aplicativo)


Para quem quer desenvolver seu próprio app, há algumas alternativas que vão desde plataformas bem simples, com interface intuitiva e sem necessidade de programação até opções bem elaboradas que utilizam blocos lógicos.
Nestas plataformas é possível fazer o aplicativo e disponibilizá-lo para venda lá mesmo. Se quiser vender (ou disponibilizá-lo gratuitamente) nas lojas Google Play ou AppleStore é preciso ter uma conta de desenvolvedor lá, explico em outro post posteriormente. 
Lembrando: gratuitos sempre têm restrições, mas são ótimo começo para quem quer testar o desenvolvimento de um app e aprender como pensar funcionalidades. A criatividade permite fazer maravilhas com os recursos básicos!

Gratuitos/Nível básico:
1- Fábrica de aplicativos: http://fabricadeaplicativos.com.br, em português, gratuito com restrição de logins e presença de propaganda do site no app, mas com todas as funcionalidades. 

2- WebRobot Appshttps://webrobotapps.com/, também possui um plano gratuito para experimentas, com muitas restrições principalmente de número de downloads.

3- Appypie.com: http://pt.appypie.com/, Android e iOS e HTML5 possui plano gratuito também e é em português. 

Pagos/Nível Básico:
1- iBuildApp: http://ibuildapp.com/, 14 dias de plano de teste, apps para Android e iOS,  em inglês, bem intuivo tipo drag and drop, possui vários templates já direcionados a uma categoria específica como social, saúde, negócios, etc. Bem completo.

2- GoodBarber: http://pt.goodbarber.com/, apps para Android e iOS e HTML5, meu preferido até então, tem 30 dias para teste gratuito.  O que maios gostei nele foi a utilização de APIs, e o passo-a-passo para publicação nas lojas.

Gratuito/ Intermediário:
1- MIT App Inventor: http://appinventor.mit.edu/explore/: Android, Open Source, também em português. Transforma a linguagem complexa de codificação baseada em texto em blocos de construção visuais, de arrastar e soltar. Necessita de um pouco de conhecimento em lógica de programação. Mas há vários tutoriais no youtube, indico esse: One Day Code.

Gratuito/Avançado:
1- BlueMix: https://console.ng.bluemix.net/: plataforma da IBM que permite construir seu app, inclusive utilizando funcionalidades do IBM Watson. Alguns são serviços pagos. Em português.