"O que é que lhe dói?" Esta é uma pergunta que os alunos de Medicina vão poder fazer vezes sem conta ao doente virtual que está a ser desenvolvido pela Universidade da Beira Interior (UBI - Covilhã- Portugal). O projecto inovador, financiado pela União Europeia, está a criar um "paciente X" para os estudantes poderem treinar as consultas e a capacidade de diagnóstico.
Por trás deste boneco virtual, "preso" dentro de um monitor, estará uma complexa aplicação informática. É ela que vai permitir que o doente fale e explique o que sente, responda a perguntas e até que diga se não percebe as explicações do médico.
"Os estudantes têm de aprender a colocar as questões certas, mas também da forma certa. Ou seja, de maneira a que o doente perceba", diz Isabel Neto, professora da UBI, que coordena o projecto. Isto é, se o futuro médico perguntar se o doente sofre de cefaleias pode receber um não como resposta, simplesmente porque este não sabe que o médico está a falar de dores de cabeça. Ou seja, é preciso que percebam quem é que têm à frente.
Na verdade, o programa não inventa um doente, mas os que forem necessários, cada um com um perfil: da idade à escolaridade, ou até à região. "Por exemplo, aqui na região é comum as pessoas dizerem que têm o 'cobrão'. Mas isto não faz parte da linguagem médica, é um nome que o povo dá a uma doença de pele", lembra o médico Miguel Castelo Branco, também envolvido no projecto.
Para criar doentes virtuais parecidos com os reais, os programadores vão assistir a consultas e ver quais as expressões dos médicos que causam mais confusão aos doentes e vice-versa. E os "bonecos" também vão ter emoções: se o médico fizer muitas vezes a mesma pergunta, pode receber uma resposta torta, acrescenta o professor da UBI.
Depois da entrevista é possível ver se o aluno fez todas as perguntas que devia, como devia, e se acertou no diagnóstico, explica o médico. Uma das vantagens é que "o simulador permite que a consulta seja repetida as vezes que for necessário, o que não acontece com os doentes reais", acrescenta. No entanto, este exercício não vai substituir a prática com os doentes reais, assegura Isabel Neto: "As simulações, feitas ainda antes do contacto com os doentes, dão-lhes mais segurança, mas uma coisa não substitui a outra."
Por trás deste boneco virtual, "preso" dentro de um monitor, estará uma complexa aplicação informática. É ela que vai permitir que o doente fale e explique o que sente, responda a perguntas e até que diga se não percebe as explicações do médico.
"Os estudantes têm de aprender a colocar as questões certas, mas também da forma certa. Ou seja, de maneira a que o doente perceba", diz Isabel Neto, professora da UBI, que coordena o projecto. Isto é, se o futuro médico perguntar se o doente sofre de cefaleias pode receber um não como resposta, simplesmente porque este não sabe que o médico está a falar de dores de cabeça. Ou seja, é preciso que percebam quem é que têm à frente.
Na verdade, o programa não inventa um doente, mas os que forem necessários, cada um com um perfil: da idade à escolaridade, ou até à região. "Por exemplo, aqui na região é comum as pessoas dizerem que têm o 'cobrão'. Mas isto não faz parte da linguagem médica, é um nome que o povo dá a uma doença de pele", lembra o médico Miguel Castelo Branco, também envolvido no projecto.
Para criar doentes virtuais parecidos com os reais, os programadores vão assistir a consultas e ver quais as expressões dos médicos que causam mais confusão aos doentes e vice-versa. E os "bonecos" também vão ter emoções: se o médico fizer muitas vezes a mesma pergunta, pode receber uma resposta torta, acrescenta o professor da UBI.
Depois da entrevista é possível ver se o aluno fez todas as perguntas que devia, como devia, e se acertou no diagnóstico, explica o médico. Uma das vantagens é que "o simulador permite que a consulta seja repetida as vezes que for necessário, o que não acontece com os doentes reais", acrescenta. No entanto, este exercício não vai substituir a prática com os doentes reais, assegura Isabel Neto: "As simulações, feitas ainda antes do contacto com os doentes, dão-lhes mais segurança, mas uma coisa não substitui a outra."
Fonte: Diário de Notícias Sapo_PT
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