Uma tecnologia brasileira para o diagnóstico e o tratamento de doenças em bebês que ainda estão na barriga das mães chamou a atenção da comunidade científica internacional.
A imagem em 3D do aparelho respiratório de um bebê antes de nascer foi produzida a partir de uma ressonância magnética feita na mãe da criança. O trabalho é desenvolvido no Instituto Nacional de Tecnologia, com ajuda de uma clínica do Rio especializada em imagem. A pesquisa no Brasil fez a diferença porque uniu o conhecimento de um especialista em medicina fetal com a tecnologia dos profissionais que trabalham as imagens da ressonância no computador. Esse casamento vem permitindo avanços importantes no estudo dos fetos. A imagem que nunca tinha sido vista: dos órgãos internos de um bebê no útero da mãe.
A novidade ganhou o reconhecimento da comunidade científica internacional. O médico inglês Stuart Campbell, referência em medicina fetal, veio ao Brasil conhecer o projeto, que considerou pioneiro, único.
Os técnicos do INT separaram as imagens da ressonância camada por camada até obter um desenho tridimensional. O exame era de um menino com um tumor no pescoço que obstruía as vias aéreas. Pela imagem em 3D, o médico descobriu que havia uma passagem de ar. Com isso, não foi preciso fazer um corte na garganta do bebê, para que respirasse com ajuda de um aparelho. A técnica por enquanto é usada para avaliar casos de fetos com tumores na cervical. O próximo passo é usar essa tecnologia para acompanhar a gravidez de gêmeos.
“Ela vai facilitar intervenções intrauterinas podendo evitar algumas que antes eram feitas talvez desnecessariamente”, declarou o médico obstetra Heron Werner.
Fonte: Jornal de Floripa
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