Por Luciana Alves PhD
Desde o Google Health,
descontinuado em 2011, o Google certamente percorreu um longo caminho no que
diz respeito às exigências da HIPAA.
No início de novembro de 2013 o
Google lançou uma nova ferramenta que permite a conexão entre usuários e
especialistas de diversos segmentos, por meio de vídeo interativo, em tempo
real, para aconselhamento em diversos temas.
A
aparência do Helpouts é bem parecida com a personalizada do Google+. Cada
especialista possui uma página na qual os usuários podem realizar o
agendamento. O usuário deverá se identificar a partir do seu perfil público no
Google+, desta forma, a identificação é possível, entretanto sem figurar
publicamente no Google+. Na área da saúde as políticas aplicáveis podem se
diferir pois nela o Google adota políticas mais rígidas relacionas à identidade
e à privacidade do usuário.
No segmento saúde, no Google
Helpouts, os pacientes podem obter dicas médicas gerais e conselhos de
especialistas. Mas com essa tecnologia vem a questão da privacidade e de
segurança atrelados à telemedicina por anos.
No uso do serviço o profissional
de saúde se apresenta como um coadjuvante no processo de cuidados primários.
Ele informa que podem ser discutidas questões médicas, uso de medicamentos e
dicas em saúde, entretanto deixa explícito que a consulta virtual não substitui
o aconselhamento do profissional ou equipe de cuidados primários responsável
pelo cuidado do paciente, também alerta que não haverá solicitações de exames
ou prescrição de medicamentos. O médico deixa claro que ele não está assumindo
a responsabilidade pelo paciente, apenas oferecendo conselhos de medicina
geral.
Os especialistas que usarem o Google
Helpouts podem cobrar uma taxa fixa ou por minuto, ficando com 80% do lucro, e
os outros 20% são do Google. A garantia da segurança dos dados dos usuários
constitui uma das principais prioridades.
Ensuring that our users’ data is
safe, secure and always available to them is one of our top priorities. For
providers who are subject to the requirements of the Health Insurance Portability
and Accountability Act (HIPAA), Helpouts can also support HIPAA compliance.
Under HIPAA, certain information about a person’s health or health care
services is classified as Protected Health Information (PHI). Helpouts
providers who are subject to HIPAA and wish to use Helpouts with PHI must enter
into a Business Associate Agreement (BAA) with Google. Helpouts providers can
enter into a BAA with Google when they create a listing on Helpouts. The BAA must be entered into before those
individuals identifying themselves as covered entities can provide services over
Helpouts. Helpouts providers are responsible for determining whether they are
subject to HIPAA requirements and whether they use or intend to use Helpouts in
connection with PHI. Users who have not entered into a BAA with Google must not
use Helpouts or other Google services in connection with PHI.
O Helpouts está disponível apenas
via web e Android e estuda como lidar com as políticas da App Store da Apple.
O Serviço ainda não está
disponível no Brasil mas a discussão sobre a segurança das informações em saúde
ganha mais um capítulo no cenário internacional.
Luciana Alves é Neuropsicóloga, Mestre e Doutora em
Ciências da Saúde, e faz Residência Pós-doutoral no Instituto de Ciências
Biológicas - UFMG, com temática relacionada à Infoveillance &
Infodemiology, junto ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue.
Ministra curso com temática relacionada com Informática em Saúde, coordena,
como colaboradora, uma linha de pesquisa em Mobilidade em Saúde e Segurança da
informação no np-Infosaude – UFMG. Fundou e Lidera uma atividade de cunho
social denominada PACEMAKERusers.com,
e é CEO - Chief Executive Officer na Bionics
Health and Technology
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