Em um questionamento do meu orientador do TCC, Prof Fábio de Oliveira Teixeira, da especialização em Informática em Saúde da UNIFESP, resolvi escrever um post com algumas ideias sobre como a Big Data pode melhorar um prontuário eletrônico.
As discussões de como big data tem sido utilizada como ferramenta de análise de grandes volumes de dados provenientes de várias fontes de serviços de saúde como registros eletrônicos de saúde, faturamento, sistemas hospitalares já é uma realidade no Brasil. Algumas instituições já tem projetos em andamento para utilizar plataformas analíticas para gerenciar desde custos operacionais, dados clínicos, de exames, de medicamentos e tratamentos, até sinistros de seguro.
Mas e o contrário? E se pudéssemos coletar informações de grandes repositórios de dados em tempo real e esses dados pudessem ser inseridos em prontuários eletrônicos de acordo com a relevância para o paciente? Hoje com a cloud computing e a maioria dos prontuários eletrôncos baseados na internet, essas ferramentas poderiam ser utilizadas para agregar valor à tomada de decisão médica.
Algumas ideias de uso de Big Data para acrescentar informações relevantes ao prontuário eletrônico do paciente:
- Epidemiologia: Integrar informações georeferenciadas de relevância de acordo com local de residência ou de trabalho, como doenças infecto-contagiosas.
Break Dengue foi criado especificamente para rastrear surtos da dengue em todo o mundo.
Sickweether: usa as redes sociais para indicadores de doença, o que lhe permite verificar se há a indícios de doença (alergias, asma, bronquite, catapora, gripe, pneumonia, etc) em local definido.
Observatório da Dengue: O Observatório da Dengue é um sistema de vigilância epidemiológica ativa a partir de dados coletados na internet. No observatório as informações sobre dengue são coletadas, analisadas e apresentadas em tempo real a partir de muitas de fontes de dados da internet, incluindo redes sociais e blogs.
- Farmacovigilância: é o trabalho de acompanhamento do desempenho dos medicamentos que já estão no mercado, protegendo as populações de danos causados por produtos comercializados, por meio da identificação precoce do risco e intervenção oportuna.
Além de toda a possibilidade de se usar as mídias sociais como o twitter e o Facebook como é usado em epidemiologia, ainda há o serviço de farmacovigilância da ANVISA. Não temos um serviço eletrônico como FDA Adverse Events Reporting System (FAERS) nos EUA, o que proporcionaria mais uma fonte de dados úteis para o prontuário eletrônico.
- Infectologia: perfis de resistência a antimicrobianos, de acordo com a localização.
Epocrates Bugs + Drugs |
Big Data é um tema que vem sendo pesquisado e se mostra como uma promessa futura para facilitar as análises e os processos de tomada de decisão clínica. Ainda há muito o que se pesquisar e as possibilidades são imensas na área da saúde.
Big Data pode acrescentar informações aos Prontuários eletrônicos em prol da melhoria do cuidado clínico? é um post original do TI Medicina. Quando copiá-lo, adicionar os devidos créditos.
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