Uma pesquisa da Universidade de Oxford sugere que os antivirais Tamiflu e Relenza, usados para tratamento da influenza A (gripe suína), raramente evitam complicações em crianças com a gripe normal.
Apesar de ser difícil generalizar este fato com a atual epidemia de gripe A, os autores afirmam que é improvável que estes remédios ajudem crianças que tenham contraído o vírus H1N1.
Antivirais contra gripe A H1N1
Os antivirais são a base do tratamento para a gripe A até que uma vacina seja disponibilizada, o que deve acontecer em setembro. Estes remédios foram criados para garantir que os sintomas da doença sejam leves e reduzir a chance de uma pessoa infectada transmitir a gripe para outra.
O último estudo, publicado na revista British Medical Journal, mostra que os antivirais podem diminuir a duração da gripe comum em crianças em até um dia e meio, mas também mostra que estes remédios fazem pouco efeito, ou até nenhum efeito em ataques de asma, infecções no ouvido ou no caso de uma criança precisar de antibióticos.
O antiviral Tamiflu também já foi ligado ao aumento do risco de vômito e outros efeitos colaterais em crianças - veja Remédio contra gripe A causa efeitos colaterais em crianças.
Estratégia inapropriada
A equipe da Universidade de Oxford, liderada pelo pesquisador Matthew Thompson, analisou quatro testes do tratamento da gripe comum em 1.766 crianças e três testes envolvendo o uso de antiviral para limitar o contágio da gripe comum em 863 crianças.
"Nossa pesquisa descobriu que, para a maioria das crianças, estes remédios antivirais provavelmente não vão fazer muito efeito", afirmou Thompson.
O médico Carl Henegan, que participou da pesquisa e que trabalha no hospital John Radcliffe em Oxford, afirmou que a atual política britânica de distribuição do Tamiflu para ocorrências mais leves da doença, é uma "estratégia inapropriada".
"Os efeitos prejudiciais superam a redução de um dia dos benefícios sintomáticos", afirmou.
8% de eficácia do Tamiflu
A pesquisa também revelou a eficácia do uso dos antivirais para conter o contágio pela gripe e descobriu que 13 pessoas precisaram ser tratadas para evitar um caso adicional, o que significa que estes remédios reduziram a transmissão em 8%.
O especialista britânico em gripe Hugh Pennington, afirmou que as descobertas dos pesquisadores de Oxford não são surpreendentes e destacam o que já se sabe sobre o Tamiflu.
"O Tamiflu tem sua utilidade, mas não é milagroso", disse.
Política de segurança
Um porta-voz do Departamento de Saúde britânico afirmou que enquanto "ainda existem dúvidas a respeito de como a gripe A afeta crianças, acreditamos em uma política de segurança em primeiro lugar; o oferecimento de antivirais para todos ainda é uma medida responsável".
"A pesquisa está certa ao afirmar que muitas pessoas com a gripe A apresentam apenas sintomas leves e, para estas pessoas, repouso e medicamentos contra a gripe comprados em farmácias pode funcionar."
"Mas, para aqueles que sofrem sintomas mais graves, o melhor conselho científico afirma que o Tamiflu deve ser administrado o mais rápido possível, e sugerir outra forma de tratamento é potencialmente perigoso", acrescentou o porta-voz.
Apesar de ser difícil generalizar este fato com a atual epidemia de gripe A, os autores afirmam que é improvável que estes remédios ajudem crianças que tenham contraído o vírus H1N1.
Antivirais contra gripe A H1N1
Os antivirais são a base do tratamento para a gripe A até que uma vacina seja disponibilizada, o que deve acontecer em setembro. Estes remédios foram criados para garantir que os sintomas da doença sejam leves e reduzir a chance de uma pessoa infectada transmitir a gripe para outra.
O último estudo, publicado na revista British Medical Journal, mostra que os antivirais podem diminuir a duração da gripe comum em crianças em até um dia e meio, mas também mostra que estes remédios fazem pouco efeito, ou até nenhum efeito em ataques de asma, infecções no ouvido ou no caso de uma criança precisar de antibióticos.
O antiviral Tamiflu também já foi ligado ao aumento do risco de vômito e outros efeitos colaterais em crianças - veja Remédio contra gripe A causa efeitos colaterais em crianças.
Estratégia inapropriada
A equipe da Universidade de Oxford, liderada pelo pesquisador Matthew Thompson, analisou quatro testes do tratamento da gripe comum em 1.766 crianças e três testes envolvendo o uso de antiviral para limitar o contágio da gripe comum em 863 crianças.
"Nossa pesquisa descobriu que, para a maioria das crianças, estes remédios antivirais provavelmente não vão fazer muito efeito", afirmou Thompson.
O médico Carl Henegan, que participou da pesquisa e que trabalha no hospital John Radcliffe em Oxford, afirmou que a atual política britânica de distribuição do Tamiflu para ocorrências mais leves da doença, é uma "estratégia inapropriada".
"Os efeitos prejudiciais superam a redução de um dia dos benefícios sintomáticos", afirmou.
8% de eficácia do Tamiflu
A pesquisa também revelou a eficácia do uso dos antivirais para conter o contágio pela gripe e descobriu que 13 pessoas precisaram ser tratadas para evitar um caso adicional, o que significa que estes remédios reduziram a transmissão em 8%.
O especialista britânico em gripe Hugh Pennington, afirmou que as descobertas dos pesquisadores de Oxford não são surpreendentes e destacam o que já se sabe sobre o Tamiflu.
"O Tamiflu tem sua utilidade, mas não é milagroso", disse.
Política de segurança
Um porta-voz do Departamento de Saúde britânico afirmou que enquanto "ainda existem dúvidas a respeito de como a gripe A afeta crianças, acreditamos em uma política de segurança em primeiro lugar; o oferecimento de antivirais para todos ainda é uma medida responsável".
"A pesquisa está certa ao afirmar que muitas pessoas com a gripe A apresentam apenas sintomas leves e, para estas pessoas, repouso e medicamentos contra a gripe comprados em farmácias pode funcionar."
"Mas, para aqueles que sofrem sintomas mais graves, o melhor conselho científico afirma que o Tamiflu deve ser administrado o mais rápido possível, e sugerir outra forma de tratamento é potencialmente perigoso", acrescentou o porta-voz.
Fonte: Diário da Saúde
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