31 de ago. de 2009

Blog Day 2009


Hoje é o Dia do Blog!

Também conhecido como dia do jabá blogosférico, onde os blogueiros tiram alguns minutos do seu tempo e indicam 5 ótimos blogs.
Lá vão minhas indicações:
  1. http://mediskina.blogspot.com/: variedades, curso de medicina e notícias recentes!
  2. http://ldiamante.blogspot.com/: opinião com conteúdo.
  3. http://foradoponto.blogspot.com/: blog sobre assuntos interessantes em Cardiologia e Medicina
  4. http://uglydarkside.blogspot.com/: internet e saúde
  5. http://falamedico.wordpress.com/: Blog oficial da Fenan

Em Portugal, alunos de Medicina vão praticar em doente virtual


"O que é que lhe dói?" Esta é uma pergunta que os alunos de Medicina vão poder fazer vezes sem conta ao doente virtual que está a ser desenvolvido pela Universidade da Beira Interior (UBI - Covilhã- Portugal). O projecto inovador, financiado pela União Europeia, está a criar um "paciente X" para os estudantes poderem treinar as consultas e a capacidade de diagnóstico.
Por trás deste boneco virtual, "preso" dentro de um monitor, estará uma complexa aplicação informática. É ela que vai permitir que o doente fale e explique o que sente, responda a perguntas e até que diga se não percebe as explicações do médico.
"Os estudantes têm de aprender a colocar as questões certas, mas também da forma certa. Ou seja, de maneira a que o doente perceba", diz Isabel Neto, professora da UBI, que coordena o projecto. Isto é, se o futuro médico perguntar se o doente sofre de cefaleias pode receber um não como resposta, simplesmente porque este não sabe que o médico está a falar de dores de cabeça. Ou seja, é preciso que percebam quem é que têm à frente.
Na verdade, o programa não inventa um doente, mas os que forem necessários, cada um com um perfil: da idade à escolaridade, ou até à região. "Por exemplo, aqui na região é comum as pessoas dizerem que têm o 'cobrão'. Mas isto não faz parte da linguagem médica, é um nome que o povo dá a uma doença de pele", lembra o médico Miguel Castelo Branco, também envolvido no projecto.
Para criar doentes virtuais parecidos com os reais, os programadores vão assistir a consultas e ver quais as expressões dos médicos que causam mais confusão aos doentes e vice-versa. E os "bonecos" também vão ter emoções: se o médico fizer muitas vezes a mesma pergunta, pode receber uma resposta torta, acrescenta o professor da UBI.
Depois da entrevista é possível ver se o aluno fez todas as perguntas que devia, como devia, e se acertou no diagnóstico, explica o médico. Uma das vantagens é que "o simulador permite que a consulta seja repetida as vezes que for necessário, o que não acontece com os doentes reais", acrescenta. No entanto, este exercício não vai substituir a prática com os doentes reais, assegura Isabel Neto: "As simulações, feitas ainda antes do contacto com os doentes, dão-lhes mais segurança, mas uma coisa não substitui a outra."

Coração controlado pela Internet


O novo pacemaker, desenvolvido pelo St. Jude Medical Inc, e aprovado pelo departamento de Saúde, em Julho, vem facilitar a monitorização dos doentes cardíacos.
O dispositivo permite a comunicação directa com o médico, enviando a informação através da Internet, podendo o coração do paciente ser controlado à distância. O primeiro implante deste tipo de pacemaker foi realizado há três semanas, nos EUA.
Kasyjansky, de 61 anos, possui pacemaker há 20 anos e está agora a ser a primeira a utilizar o novo dispositivo, permitindo ao seu médico segui-la mais cuidadosamente, mesmo que há distância.
O pacemaker transmite, pelo menos uma vez por dia, informação relevante e alerta o médico para qualquer situação fora do normal, mesmo sobre o próprio mau funcionamento do aparelho, noticia a Reuters.
O director do St. Francis Arrhythmia e Pacemaker Center, Steven Greeberg, considera que esta nova tecnologia o ajuda a tratar melhor os pacientes, podendo segui-los mais atentamente.
Existem mais de 3 milhões de utilizadores no mundo de pacemakers e 600 mil pessoas sofrem um implante todos os anos.

30 de ago. de 2009

GlicOnline - Software online ajuda no controle da diabetes


O que é?
O GlicOnLine é um sistema feito com o objetivo de ajudar no dia-a-dia das pessoas com Diabetes.
O GlicOnLine automatiza a contagem dos carboidratos e os cálculos das doses de insulina.
Para usuários do método de contagem de carboidratos, o GlicOnLine substitui o uso de tabelas, anotações e calculadoras, por um sistema digital de fácil acesso e uso simples, pelo celular ou pela internet.
Para o Paciente
Você poderá usar o GlicOnLine para contar carboidratos e calcular suas doses de insulina conforme prescrito por seu médico.
O GlicOnLine automatiza os cálculos e envia estas informações, mantendo o registro de seu prontuário sempre atualizado.
Para o Médico
Como médico, você terá a facilidade de poder acompanhar seus pacientes pela internet, podendo ajustar a prescrição em tempo real, com a certeza de que eles estão seguindo o tratamento conforme prescrito.
Quanto Custa?
O uso do GlicOnLine é gratuito, para médicos e pacientes.




O GlicOnLine indica ao paciente o quanto de insulina ele deve aplicar antes de uma refeição. A quantidade é determinada após o usuário informar ao sistema seu nível de glicemia atual – aferido por medidores eletrônicos – e como será sua alimentação. Com base nesses dados, o sistema indica o valor adequado de insulina que o corpo do paciente deve receber, e a informação fica registrada para consultas futuras.



A facilidade de obter os dados necessários para o tratamento – e também seu envio online para o médico responsável - por meio de um software disponível no celular é algo celebrado inclusive por pais de jovens com diabete. “Muitos pais de adolescentes com diabete têm receio de, por exemplo, permitirem que o filho faça uma viagem com amigos, por temer que o jovem não controle sua alimentação. Com o acesso a esse controle via celular, a tarefa fica muito mais fácil. Até porque o uso do celular é algo muito associado com a rotina dos jovens”, diz a médica.

Outra comodidade está na maneira de repassar ao sistema os dados da refeição. No GlicOnLine, o paciente informa ao sistema como será sua refeição indicando medidas caseiras; por exemplo, duas colheres de arroz ou uma de feijão.

Tecnociência -Ciência e tecnologia ganharam poder desmedido na medicina


José Eduardo Siqueira

A relação entre ética e tecnologia e a necessidade de haver uma intervenção pública sobre a ciência foram os temas principais da palestra Aspectos Éticos e Jurídicos da Tecnociência, proferida por José Eduardo Siqueira (foto), membro titular da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, durante a IV Conferência Nacional de Ética Médica (IV Conem).
Segundo ele, a ciência e a tecnologia deram ao conhecimento científico um poder desmedido, porém dentro de uma condição de profundo vazio ético. Na medicina, isto se reflete, principalmente, na cada vez menor interação médico-paciente. “Médico e paciente olham para o ‘deus’ tecnologia e não se preocupam com uma análise mais aprofundada. Transformaram a tecnologia, a qual deveria ser uma ferramenta auxiliar, em algo essencial”, afirmou. Como exemplo deste desregramento ético, o palestrante citou o recente caso do médico Roger Abdelmassih, que teria inserido um óvulo sem citoplasma dentro do óvulo de outra mulher, resultando, assim, em um embrião com três DNAs. “Isto é um embrião transgênico”, considerou.

Diaulas Costa Ribeiro


Na segunda palestra, o promotor de justiça do Ministério Público do Distrito Federal e pós-doutor em Bioética, Diaulas Costa Ribeiro (foto), citou os limites constitucionais pelos quais a ciência deve se submeter. Para ele, há um grande equívoco na ideia de que a ciência pertence somente aos cientistas, já que ela deve estar a serviço da sociedade e, logo, submetida aos códigos de ética. Citando a reprodução humana assistida, por ser uma área da medicina em grande discussão atualmente, o promotor comentou que vem cobrando, há dez anos, a aprovação de uma lei no Congresso Nacional que torne crime algumas ações antiéticas dos profissionais médicos. Entre elas, exercer a função sem estar habilitado para a prática, realizar a reprodução assistida sem o consenso dos envolvidos, ser intermediário e/ou beneficiário da prática de “barriga de aluguel” e realizar pré-seleção sexual ou racial. “Esta proposta levaria à Justiça cada ação médica irregular e poderia acarretar, inicialmente, a perda da licença profissional”, explicou Ribeiro.

Fotos: Osmar Bustos
Fonte: Notícias CREMESP

29 de ago. de 2009

Bluetooth Estetoscópio Littmann 3200



3M e Zargis Medical se uniram para criar o Bluetooth Estetoscópio Littmann 3200 que possui redução ativa de barulho, eliminando em até 85% o barulho de fundo sem intergerir nos sons emitidos pelo corpo e com capacidade de comunicar-se com computadores próximos e transmitir qualquer dado que colecta (via Bluetooth), para ser analisado mais tarde utilizando um software que vem com o aparelho.
Preço: USD$379
fonte: Geek Chic ==> OhGizmo!

Desenvolvedora de software de vídeo-monitoramento que crescer no segmento hospitalar


Em busca de oportunidades de crescimento, a Visiônica, empresa especializada em software para monitoramento remoto via rede IP, está em busca de parceiros para atuar no setor de saúde.
A empresa que trabalha com tecnologia baseada em SOA, tem no segmento hospitalar um mercado estratégico para atuação. "Sabemos que os hospitais têm uma demanda muito grande por monitoramento, tanto pela circulação de pessoas dentro das instituições como para monitorar áreas em que há estoques de materiais e medicamentos", aponta o diretor da empresa, Edson Pacheco.
Na visão do executivo, a solução diferencia-se no mercado pela flexibilidade e adequação a projetos de portes distintos e pela integração com diferentes tipos de soluções e equipamentos de filmagem. "É possível aproveitar toda a infraestrutura instalada e ainda agregar outros dispositivos de segurança à solução, além de realmente garantirmos o armazenamento e o acesso às imagens gravadas", pontua o diretor de tecnologia, Eduardo Capraroli.
Para atuar no mercado de saúde, a Visiônica busca como parceiras integradoras que atuem nas áreas de infraestrutura e segurança.

28 de ago. de 2009

Anvisa pede monitoramento de usuários do Tamiflu

Profissionais devem informar reações adversas ou não detectadas em testes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou como medida de interesse sanitário o monitoramento de usuários do Tamiflu, medicamento que contém oseltamivir em sua formulação. A determinação abrange os detentores de registros desse tipo de medicamento, os serviços de saúde, públicos ou privados, e os profissionais da saúde.
De acordo com a resolução publicada no Diário Oficial da União de hoje, 27, o monitoramento do paciente deverá ser feito por profissional responsável pelo atendimento ambulatorial e/ou pelo serviço de saúde onde houver internação. Os serviços de saúde deverão definir as rotinas e procedimentos necessários para garantir o contato com o paciente durante todo o período de tratamento.
Os profissionais e serviços de saúde que fizerem atendimento, de qualquer natureza, aos pacientes tratados com medicamentos contendo oseltamivir deverão incluir na avaliação clínica a observação de reações adversas ou que não foram detectadas durante os testes de laboratório.
De acordo com a resolução, a medida visa a combater a situação de pandemia ocasionada por um novo vírus Influenza H1N1 que aumentará notoriamente a utilização de antivirais como oseltamivir e, possivelmente, de outros medicamentos, gerando a necessidade de intensificar as ações de vigilância nas farmácias. A Organização Panamericana da Saúde (OPAS) vem estimulando nas Américas o desenvolvimento de estudos em vigilância para o manejo seguro da medicação.

Cirurgia robótica de fígado e pâncreas no Hospital das Clínicas FMUSP

Por Thiago Romero
Agência FAPESP – As duas primeiras cirurgias de fígado e pâncreas na América Latina utilizando um robô mecânico controlado remotamente foram realizadas por médicos do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Os procedimentos resultaram em artigos publicados na revista Arquivos de Gastroenterologia – detalhando os procedimentos utilizados em uma ressecção hepática para o tratamento de um tumor – e no Journal of Laparoendoscopic and Advanced Surgical Techniques – relatando o primeiro caso conhecido na região de ressecção pancreática com o uso do dispositivo robótico cirúrgico.

Os dois procedimentos foram feitos no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e coordenados por Marcel Autran Cesar Machado, professor livre-docente de cirurgia da FMUSP. O primeiro foi publicado no início deste ano, enquanto o segundo estudo, que já foi aceito e aprovado pela revista internacional, deverá sair nos próximos meses.

As duas operações utilizaram basicamente as mesmas técnicas da laparoscopia por vídeo, cirurgia minimamente invasiva na qual os médicos fazem uma pequena incisão no umbigo do paciente e introduzem um laparoscópio, instrumento de fibra óptica que permite realizar
procedimentos diagnósticos e terapêuticos.

“Na primeira operação fizemos uma ressecção de fígado central, em que retiramos o miolo do fígado, uma cirurgia complexa por haver duas linhas de corte, uma do lado esquerdo e outra do lado direito do órgão. Nesse caso, o robô esculpiu a região central do fígado, além de ser decisivo
para o controle do sangramento do fígado do paciente”, disse Autran à Agência FAPESP.

“Na segunda cirurgia também tratamos um câncer que comprometia quase todo o pâncreas do paciente. Fizemos então uma pancreatectomia subtotal e o robô nos ajudou a identificar e enxergar melhor os vasos, artérias e veias próximas ao órgão, permitindo a retirada de cerca de 80% do pâncreas sem prejudicar outras estruturas”, explicou.

Segundo ele, além de ser extremamente preciso e permitir visualizações tridimensionais, o robô elimina tremores e permite que o movimento seja escalonado. “O cirurgião pode realizar movimentos mais amplos e rápidos no robô e que se tornam mais lentos quando as pinças entram em contato com o órgão do paciente, diminuindo as chances de erros”, disse Autran.

Diferentemente das cirurgias normais em que o médico atua em pé, com a utilização do robô o profissional fica sentado para movimentar, por meio de três braços mecânicos, as pequenas pinças que se movimentam para todos os lados em ângulos de 360 graus, fazendo com que órgão operado possa ser visto em três dimensões pelos médicos.

Para isso, as câmeras de vídeo do robô são controladas por um pedal, permitindo, por exemplo, uma visualização mais detalhada do órgão para a retirada dos tecidos comprometidos no paciente e para a realização de outros procedimentos, como os pontos que devem ser dados no local operado. Controlando o robô de modo remoto, o cirurgião fica a uma distância de pouco mais de um metro do paciente.

O Brasil conta atualmente, segundo Autran, com quatro dispositivos obóticos cirúrgicos importados, dois no hospital Sírio Libanês, um no Oswaldo Cruz e outro no Albert Einstein, todos na capital paulista.

“Um dos equipamentos do Sírio Libanês é utilizado para o treinamento e a certificação de cirurgiões. O Hospital das Clínicas da USP, por sua vez, está tentando, junto ao Ministério da Saúde, comprar um robô semelhante e a expectativa é que ele possa ser utilizado para fins de pesquisa e treinamento de profissionais”, apontou.

Segundo Autran, que é professor do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP, além das cirurgias do aparelho digestivo, sobretudo de fígado, pâncreas e esôfago, robôs também vêm sendo utilizados por médicos de diversos países em especialidades como urologia e ginecologia.
Fonte: News da SBIS

25 de ago. de 2009

Regra determina avisar quando houver quebra na segurança e dado médicos

A Federal Trade Comission (FTC) dos EUA determinou uma regra que exige que os provedores de sistemas de registro pessoal de saúde (Personal Health Records - PHR), como o Google Health e o Microsoft HealthVault, entre muitos outros, avisem os usuários quando a segurança das informações armazenadas for violada.
A regra também se aplica aos provedores de sistemas que interagem com os PHRs, como sistemas de aviamento de receitas médicas, calculadoras médicas, etc. O Congresso americano pretende passar leis mais restritas a esse respeito, em futuro próximo. O Ministério de Saúde americano está testanto um modelo de PHR que permita a comparação entre os diferentes provedores.
Resumo por Renato M.E. Sabbatini

24 de ago. de 2009

Dispositivo para Tratamento de hérnia inguinal - dilatador e tela

Physio Hérnia (PHR) é uma nova tecnologia do Insightra Medical Inc. (Irvine, Califórnia), que a empresa acredita que vai revolucionar a abordagem cirúrgica no tratamento da hérnia inguinal. O procedimento ainda é experimental, e é baseado em dois dispositivos: Freedom™ Hernia Dilator e Freedom™ Hernia Implant.
Freedom™ Hernia Dilator
O procedimento envolve a dilatar o defeito com um dilatador circunferencial, liberando as fibras musculares e restaurando o mecanismo de defesa natural do organismo. Esta parte do procedimento é semelhante ao de a divulsão de um esfíncter bloqueado. Enquanto o canal inguinal é restaurada para a função normal, ele ainda mantém uma propensão para o dano que deve ser tratado com um implante, que é projetado para impedir a recidiva futura. Esta "dinâmica" do implante é um sistema novo e revolucionário que se move em conjunto com o canal inguinal, uma vez que abre e fecha, assim, tentar evitar os problemas com o reparo estático. Acredita-se que ao contrário de plugues estático, PHR é mantido no lugar pela força de aperto do canal inguinal, não necessitando de fixação.
Freedom™ Hernia Implant

Prontuário Único do Paciente: parte III: Acesso por entidades, associações, planos de saúde...

  • Acesso limitado a leitura para saúde pública, organizações judiciárias e entidades profissionais. Algumas organizações judiciárias, de saúde pública ou entidades profissionais podem ter acesso de leitura limitado, de forma anônima ao RES sem a aprovação do paciente.
    Caso uma OS ou PS esteja sendo investigada pela polícia, ou está sendo avaliada por uma entidade de classe, esses grupos podem ter acesso de leitura, de forma anônima, a segmentos dos registros do paciente referentes às decisões e ações dos PSs (ou OSs), independentemente da aprovação dos pacientes.

  • Do Manual de Princípios Éticos para Sites de Medicina e Saúde naInternet, o item 5 aborda a privacidade de prontuários:
    “Os usuários da Internet têm o direito à privacidade sobre seus dados pessoais e de saúde. Os sites devem deixar claro seus mecanismos de armazenamento e segurança para evitar o uso indevido de dados, através de códigos, contra-senhas, software e certificados digitais de segurança apropriados para todas as transações que envolvam informações médicas ou financeiras pessoais do usuário. Devem ter acesso ao arquivo de seus dados pessoais, para fins de cancelamento ou atualização dos registros.”


    O acesso de pessoas não autorizadas aos dados de prontuários médicos, mesmo anomimamente, ainda é uma questão que causa preocupação. Alguns pontos ainda em debate:

    • a confidencialidade do PEP e o interesse da vigilância em saúde pública: o acesso ao PEP anonimaente seria de interesse para o Ministério da Saúde, mas na existência de múltiplos PEPs para cada paciente em várias instituições de saúde, os registros anônimos tornam-se um problema devido a duplicação dos dados. Um prontuário único (RES) seria mais útil e confiável.
    • Operadoras de saúde e o acesso ao PEP: As operadoras de saúde, tendo acesso mesmo que anônimo aos dados epidemiológios, idade e localização geográfica não poderiam discriminar usuários na renovação ou contratação de planos de saúde? Como exemplo real: um software desenvolvido aqui em BH, destinado às operadoras de saúde, promete: PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente embutido na ferramenta; Permite avaliar o custo dos programas de atenção e das equipes envolvidas de forma geral, por programa, por perfil epidemiológico e por beneficiário assistido. Contudo, os planos são obrigados a aceitar o usuário portador de uma doença crônica, podendo ampliar o tempo de carência, e acrescentar o "Agravo" (adicional a ser pago pelo consumidor por ser portador de doença crônica, porém esse valor não vem sendo cobrado, pois o mercado não chegou a um consenso sobre a metodologia de cálculo, que é particularmente complexa). Mas no caso de usuários que preenchem incorretamente a Declaração de Saúde, negando que sejam portadores de doenças pré-existentes, a Operadora pode alegar má-fé por parte do consumidor e negar a contratação por fraude.


      Muitos outros aspectos ligados ao acesso ao prontuário ainda estarão por serem questionados.

    22 de ago. de 2009

    Heads-up displays para Safenectomia endoscópica


    Heads-up displays (HUD) são mais conhecidos por seu uso em aviões de combate. É um instrumento inicialmente desenvolvido para utilização em aeronaves visando a fornecer informações visuais ao piloto sem que este tenha que desviar os olhos do alvo à frente. Mas agora MAQUET Cardiovascular de Wayne, Nova Jersey lançou sua própria versão, o VASOVISION Endoscopic Visualization System, para ajudar os cirurgiões na visualização das veias safenas durante safenectomia endoscópica para pontes de artéria coronária. Devido a precisão necessária, pode ser difícil de utilizar ferramentas via endoscópica,com a visão do monitor. Daí este novo display VASOVISION pode ser usado durante a safenectomia endoscópica, pois foi projetado para trabalhar com todos os sistemas da empresa VASOVIEW.
    Fonte: medgadget

    20 de ago. de 2009

    A democratização das informações na internet e o paciente


    A democratização do conteúdo informacional útil e relevante da saúde, em particular da Medicina, está cada vez mais presente na internet hoje.

    No passado era preciso que a imprensa privada ou estatal processasse a informação médica e a divulgasse a população. Não bastava ter acesso a informação. Era preciso que se tivesse algum tipo de formação na área de saúde para que a informação fosse útil, ou seja, fosse utilizada por alguém para diminuir sua incerteza em relação a algum assunto. Dessa forma a informação era usada como forma de poder e controle, adequando-a a conveniência de quem a detinha.
    O que acontece hoje é que a democratização da informática e das telecomunicações vem democratizando o conteúdo de informação médica. Blogs, mecanismos de pesquisa como o Google, enciclopédias como a Wikipedia, comunidades em Orkut ou associações online de indivíduos com a mesma patologia divulgam conteúdo, antes de difícil acesso e entendimento, hoje de uma forma intelegível e sucinta.
    Eu vejo mais benefícios no paciente que procura informações adicionais na internet, mesmo ainda não tendo senso crítico da qualidade das mesmas, do que malefício. O questionamento sobre tratamentos disponíveis e sobre diagnóstico é uma realidade imputável dos dias de hoje. O importante é nos adaptarmos a essa nova era das informações dos 140 caracteres, e tirarmos vantagens dessa nova situação nos consultórios e hospitais.

    "Não se pode esquecer que a história é cruel com aqueles que pensam que ela é eterna. Porque ela não é eterna. Ela muda as faces, muda as exigências. E pode se converter num abismo e afogar aqueles que não percebem que é o momento de mudar de rumo."
    Florestan Fernandes (Série Encontros, org. Amélia Cohn, Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008). )

    18 de ago. de 2009

    Pernambuco desenvolve exame que detecta a gripe suína em 5 minutos

    Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um teste rápido e barato para detectar o vírus da nova gripe. Agora, em apenas 5 minutos, vai ser possível identificar se a pessoa está com a doença. Um tempo que pode ser determinante para o tratamento do paciente, já que o procedimento tradicional leva em torno de 15 dias para apontar o resultado. Mas, por enquanto, o novo método ainda não pode ser adotado nos hospitais do país. Ele precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    "O nosso teste usa como vantagem a identificação do DNA. Então, ele pode ser usado para qualquer doença causada por um vírus ou por uma bactéria, por exemplo, para a qual nós saibamos qual é o segmento específico do DNA que caracteriza aquela doença" - explica Celso Melo, coordenador da pesquisa. (leia a íntegra no O Globo)

    Prontuário Único do Paciente - Controle e Cofidencialidade (Parte 2)


    Dois dos principais requisitos para um Prontuário Único ou um RES (Registro Eletrônico de Saúde) são o Controle e a Confidencialidade*.

    Por Controle entende-se que é o paciente que controla o acesso aos dados do seu RES; ele dá permissão de acesso ao profissional de saúde, e define o nível de acesso e a duração (uma consulta, enquanto durar o tratamento...).

    Por Cofidencialidade entende-se que nenhuma pessoa ou entidade não autorizada pode ter acesso aos seus dados de saúde.

    Uma solução que abrange de forma muito interessante esses dois aspectos é a da Metassistema de Identidade Federada, um protótipo desenvolvido por Mario Szpuszta com a Austrian Medical Association, SVC GmBH, subsidiária de TI da seguradora nacional austríaca responsável pela infra-estrutura eletrônica do cartão de identidade de assistência médica da Áustria e com o Microsoft Innovation Center de Copenhague.

    A Áustria tem uma das leis de proteção de dados mais rígidas do mundo e é um exemplo em toda a União Européia. Rápido e simples: a lei de proteção de dados estipula que o acesso a QUALQUER informação sobre um indivíduo deve ser aprovada por esse indivíduo TODAS as vezes. De acordo com a Associação Médica Austríaca, deve-se adotar a combinação de processos organizacional e técnico para permitir o seguinte (e o provedor de serviços de saúde pode ser qualquer parte com ofertas de assistência médica como médicos, farmácias, hospitais, etc.):
    • Os pacientes devem ter a oportunidade, a cada consulta com um provedor de serviços de saúde (ou seja, médico) de anuir explicitamente sobre o acesso aos seus dados pessoais (ficha médica). Se os pacientes não consentirem, os seus dados não poderão ser acessados.
    • As informações sobre um paciente em sistemas de e-saúde só podem estar disponíveis a outros provedores de assistência médica para outros tratamentos com o consentimento explícito e adicional (além do consentimento geral descrito no item 1 acima) concedido em conversa confidencial com o provedor de serviços de saúde (médico).
    Nessa solução, eles usam o sistema e-card como um serviço de token de segurança, mas devido ao serviço de e-card e seus proprietários não desejarem deter todas as informações por motivos políticos, e isso os levou à idéia de estender o modelo a um sistema de segurança federado com base nos padrões propostos pelo metasistema de identidade.


    A interoperabilidade baseada nos padrões do modelo de metasistema de identidade já foi confirmada, afirmando que essa tecnologia é possível. Fornecedores de tecnologia (comerciais e de código aberto) foram convidados a testar a interoperabilidade das respectivas parte confiante, provedor de identidade e seletor de identidade/implementações de sujeito e os resultados foram bastante promissores.

    Quem tiver mais interesse nos aspectos da arquitetura do metasistema de identidade e a sua abordagem federada não pode deixar de ler: Identidade federada e os sistemas de saúde Por Mario Szpuszta, publicado em 20 de novembro de 2008 (The Architecture Journal - Journal 16).

    Além disso abordarei outros aspectos do RES nos próximos posts.

    *Wainer, Jacques, 2008, Princípios que devem reger um prontuário único do paciente, Revista TEXTOS de la CiberSociedad, 16. Monográfico: Internet, sistemas interativos e saúde.

    17 de ago. de 2009

    Diferença entre PEP e RES

    • PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente):
    Contém dados sobre a saúde de um paciente, armazenados e sob a guarda de uma organização de saúde.
    P. ex.: o mesmo paciente pode possuir um PEP em um hospital em que foi subemtido a uma cirurgia eletiva, outro PEP no consultório do seu médico ou no PSF, outro PEP no pronto-atendimento, etc.
    • RES (Registro Eletrônico em Saúde, Sistema de Registro Eletrônico em Saúde):
    Diferentes profissionais de saúde (médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos...) tem acesso ao mesmo prontuário único, simultaneamente e em diferentes organizações de saúde.
    P. ex.: Google Health, Microsoft Healthvault, P2D, etc.

    15 de ago. de 2009

    Pontuário Único do Paciente - parte 1


    O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e os Sistemas de Registros Eletrônicos de Saúde (RES) são hoje uma realidade, independente da magnitude de abrangência, seja como os brevemente mundiais Microsoft HealthVault e o Google Health, ou locais como o português ALERT e o brasileiro P2D, e mesmo o Cartão Nacional de Saúde (cartão do SUS). Os exemplos são muitos: WebMD e Revolution Health também oferecem ferramentas para o registro pessoal de saúde. Esforços como os de Dossia e Aetna estão trabalhando diretamente com os empregadores para oferecer opções de sistemas de registro de saúde para seus funcionários. Entretanto, alguns fornecedores, como a Kaiser Permanente, oferecem seus próprios registros de saúde. Além disso, aqui no Brasil, muitos hospitais e operadoras de planos de saúde estão contratando empresas para desenvolver sistemas de gestão de saúde englobando inclusive o PEP no projeto.

    Mas pensando no usuário final, eu por exemplo, seria muito mais adequado se ele pudesse reunir todos os seus dados de saúde, inclusive seu prontuário médico, em um só local. Com o RES da Microsoft e da Google isso já está sendo implementado nos EUA e na Europa, mas a privacidade dos dados ainda é um problema. E no que tange a privacidade, inclui-se quem ficaria responsável pelo armazenamento e segurança dos dados (Estado? Google? Micorosoft?) e como o acesso a esses dados se daria (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, operadoras de saúde?).

    O avanço tecnológico abre a possibilidade de protocolos de comunicação entre bases informacionais e permitirá o compartilhamento e interoperabilidade de dados e informações em saúde e a criação de RES únicos.

    Nos próximos posts dessa série discutirei mais aprofundadamente esse assunto.

    13 de ago. de 2009

    Marcapasso sem fio e online

    por Renata Gomes *


    Fabricado pela St. Jude Medical, o novo marcapasso sem fio envia informações do funcionamento do coração do paciente para o seu médico via Internet.

    O aparelho já foi aprovado pelas autoridades de saúde dos EUA em julho deste ano, e já foi implantado em uma paciente americana de 61 anos, Carol Kasyjanski, que possui um problema cardíaco grave há duas décadas.

    Quando detecta alguma anormalidade, o marcapasso envia todas as informações relevantes do monitoramento para um servidor, via Internet, e o sistema informa o médico do problema em tempo real. Ao menos uma comunicação diária é feita para o envio destas informações.

    Em casos de urgência, este tipo de comunicação é mais eficiente do que o contato telefônico com o médico, pois as informações irão automaticamente para o profissional que acompanha o paciente, mesmo que este não consiga chamar por ajuda, em qualquer horário do dia ou da noite.

    Além disto, o acompanhamento feito através dos exames de rotina pode ser realizado antes da consulta, por relatórios retirados das informações já enviadas, adiantando em até 90% o trabalho de análise do profissional da saúde.

    Para Carol, a primeira paciente, o equipamento trouxe mais confiança, já que para o seu caso, uma paralisação no seu marcapasso só pode ser revertida com uma intervenção cirúrgica imediata.

    Os médicos envolvidos acreditam que quando implantados em uma quantidade maior de pacientes, as chances de descobrir problemas com estes aparelhos e de distúrbios rítmicos perigosos podem ser avaliados como nunca foram.

    Com esta tecnologia, poderão oferecer um melhor acompanhamento de seus pacientes, e acreditam também, que é possível que o novo marcapasso se torne o padrão utilizado pela área médica.

    Fonte: PortoGente
    Renata Gomes é analista de sistemas com MBA em Gestão de Tecnologia da Informação e professora de Tecnologia Internet.
    Comentário muito oportuno do Dr. Cidio Halperin :
    13 de Agosto de 2009 21:50
    Os marcapassos são pequenos equipamentos implantáveis que são utilizados quando o coração bate muito devagar. São artefatos muito avançados, possuindo mais de 50 variáveis que podem ser programadas para que o paciente receba o melhor tratamento possível. Usualmente esta customização é feita por telemetria bidirecional ou seja, o por intermédio de uma antena que é posicionada acima do marcapasso. O aparelho remete as informações e após a análise pelo médico é otimizada a programação, ou seja wireless e online. A utilização da Internet para a coletade dados é muito importante, tanto que no Brasil já utilizamos estes sistemas já a vários anos, de outros fornecedores (http://www.biotronik.com/pt/br/10999 ) com sucesso. Como funciona? O marcapasso remete as informações utilizando transmissor com tecnologia GSM (celular), sendo os sinais transmitidos a uma central que, após decodificação, remete as informações para o médico. A consulta continua sendo necessária para que a programação do aparelho possa ser realizada com segurança e sem riscos de interferência no funcionamento do marcapasso ou de segurança para o paciente.

    12 de ago. de 2009

    Medicamentos contra gripe A não são eficazes em crianças


    Uma pesquisa da Universidade de Oxford sugere que os antivirais Tamiflu e Relenza, usados para tratamento da influenza A (gripe suína), raramente evitam complicações em crianças com a gripe normal.

    Apesar de ser difícil generalizar este fato com a atual epidemia de gripe A, os autores afirmam que é improvável que estes remédios ajudem crianças que tenham contraído o vírus H1N1.

    Antivirais contra gripe A H1N1

    Os antivirais são a base do tratamento para a gripe A até que uma vacina seja disponibilizada, o que deve acontecer em setembro. Estes remédios foram criados para garantir que os sintomas da doença sejam leves e reduzir a chance de uma pessoa infectada transmitir a gripe para outra.

    O último estudo, publicado na revista British Medical Journal, mostra que os antivirais podem diminuir a duração da gripe comum em crianças em até um dia e meio, mas também mostra que estes remédios fazem pouco efeito, ou até nenhum efeito em ataques de asma, infecções no ouvido ou no caso de uma criança precisar de antibióticos.

    O antiviral Tamiflu também já foi ligado ao aumento do risco de vômito e outros efeitos colaterais em crianças - veja Remédio contra gripe A causa efeitos colaterais em crianças.

    Estratégia inapropriada

    A equipe da Universidade de Oxford, liderada pelo pesquisador Matthew Thompson, analisou quatro testes do tratamento da gripe comum em 1.766 crianças e três testes envolvendo o uso de antiviral para limitar o contágio da gripe comum em 863 crianças.

    "Nossa pesquisa descobriu que, para a maioria das crianças, estes remédios antivirais provavelmente não vão fazer muito efeito", afirmou Thompson.

    O médico Carl Henegan, que participou da pesquisa e que trabalha no hospital John Radcliffe em Oxford, afirmou que a atual política britânica de distribuição do Tamiflu para ocorrências mais leves da doença, é uma "estratégia inapropriada".

    "Os efeitos prejudiciais superam a redução de um dia dos benefícios sintomáticos", afirmou.

    8% de eficácia do Tamiflu

    A pesquisa também revelou a eficácia do uso dos antivirais para conter o contágio pela gripe e descobriu que 13 pessoas precisaram ser tratadas para evitar um caso adicional, o que significa que estes remédios reduziram a transmissão em 8%.

    O especialista britânico em gripe Hugh Pennington, afirmou que as descobertas dos pesquisadores de Oxford não são surpreendentes e destacam o que já se sabe sobre o Tamiflu.

    "O Tamiflu tem sua utilidade, mas não é milagroso", disse.

    Política de segurança

    Um porta-voz do Departamento de Saúde britânico afirmou que enquanto "ainda existem dúvidas a respeito de como a gripe A afeta crianças, acreditamos em uma política de segurança em primeiro lugar; o oferecimento de antivirais para todos ainda é uma medida responsável".

    "A pesquisa está certa ao afirmar que muitas pessoas com a gripe A apresentam apenas sintomas leves e, para estas pessoas, repouso e medicamentos contra a gripe comprados em farmácias pode funcionar."

    "Mas, para aqueles que sofrem sintomas mais graves, o melhor conselho científico afirma que o Tamiflu deve ser administrado o mais rápido possível, e sugerir outra forma de tratamento é potencialmente perigoso", acrescentou o porta-voz.

    Vírus H1N1 representa 77% dos casos de gripe no Brasil

    O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou ontem (11) que o número de mortes provocadas pela influenza A (H1N1) - gripe suína - no país chega a 192. O último boletim divulgado pelo ministério indicava 96 óbitos. Segundo Temporão, a doença já representa 77% do total dos casos de gripe no Brasil.

    Dados do ministério indicam que 43% dos infectados pelo vírus Influenza H1N1 apresentam pelo menos um fator de risco. Dentre os principais citados pelo ministro estão pacientes com doenças respiratórias, crianças menores de 2 anos, gestantes, pacientes imunodeprimidos e cardiopatas. A maioria das mortes foi registrada em São Paulo (40%). Em seguida aparece o Rio Grande do Sul (23%) e o Paraná (22%).

    Até o momento, 28 gestantes morreram por causa da doença - 14,5% do total de óbitos. De acordo com Temporão, 30% delas apresentavam pelo menos um fator de risco adicional, como pressão arterial elevada. "Eles se somaram à gravidez e contribuíram para uma evolução ruim do caso", disse o ministro, que participa de comissão geral na Câmara dos Deputados para discutir as medidas de combate ao vírus Influenza H1N1 no Brasil.

    Segundo Temporão, 107 gestantes que contraíram a doença já receberam alta e passam bem.

    11 de ago. de 2009

    Siga Saúde: Exemplo de e-Saúde e instrumento e Gestão


    Desenvolvido com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, o Sistema de Gestão Integrada da Saúde Pública (SIGA Saúde) é um conjunto de tecnologias que integra e agiliza o trabalho do setor de saúde, permitindo a coleta de dados e disponibilizando informações do paciente, além de integrar as solicitações de exames e os agendamentos feitos. Possui também um módulo de gestão de medicamentos (Sisfarma).
    Todas as fases do atendimento em saúde ficam organizadas num mesmo sistema de dados acessado via Internet por qualquer clínica ou hospital que integre o sistema de saúde do município. Tal tecnologia reduz custos e facilita o acesso aos dados, o que se traduz em maior rapidez no atendimento e no agendamento de consultas para os pacientes que fazem uso do sistema público de saúde.

    Do Inovação e Saúde, "Sistema Integrado de Gestão de Atendimento - SIGA Saúde como instrumento de Gestão":

    O desafio da organização do sistema de saúde na cidade de São Paulo ganha uma dimensão gigantesca porque não existe uma ferramenta única e que se adapte às características e complexidade dos serviços aqui prestados, diversidade sociocultural e econômica e o tamanho da população.
    No processo atual estamos diante de vários sistemas disponibilizados pelo DATASUS/MS relativos a cadastros, captação de dados de produção e
    epidemiológicos
    , de vigilância, de regulação, de autorização entre outros. Esses sistemas não são integrados e, em alguns casos, não atendem as especificidades da cidade de São Paulo. Temos, portanto sistemas separados para dados ambulatoriais, de internação, de autorização, de regulação de mortalidade, de vigilância etc . Devido ao apresentado, temos problemas de alimentação dos bancos de dados e retiradas de relatórios concisos o que prejudica a agilidade de análises e decisões gerenciais, além da possibilidade de erros frequentes.
    Diante dessas dificuldades São Paulo optou pelo o desenvolvimento de um aplicativo multifuncional e inovador com potencialidade para integrar, monitor e regular todo o sistema de saúde público sob gestão municipal, o SIGA Saúde.
    1. A implantação do SIGA já trouxe alguns ganhos expressivos para a Gestão, tais como:

    • Cadastro de todos os profissionais, usuários e estabelecimentos em base compatível com o cartão Nacional de Saúde, incluindo os usuários de outras cidades ou estados que utilizam os equipamentos do município.
    • Gerência uma agenda interna das Unidades básicas para a marcação de consultas.
    • Permite a marcação referenciada nos ambulatórios de especialidades e nos laboratórios
    • Dispensa de medicamentos prescritos com baixa just in time no estoque local e no almoxarifado geral da PMSP.
    • Além de gerenciar a agenda tem a possibilidade de avisar via sistema, se o paciente compareceu à consulta ou ao local de realização de exames.
    • Marcação de consultas com impressão do comprovante indicando local, horário e protocolo de preparo e orientações ao usuário.
    • Cadastro de recursos humanos permitindo a confecção de banco de talentos e possibilitando o planejamento e execução de cursos a distancia multiplicando o alcance da capacitação sem precisar de deslocamentos
    • Possibilita o próprio médico agendar os retornos dos pacientes.
    • Integração ao sistema de informação de Vigilância em Saúde potencializando as informações e o acesso.
    • Faz autorizações de APAC e AIH via Sistema.

    2. Possibilidades futuras:

    • Encaminhar o usuário para a rede de serviços já com as autorizações para as realizações dos procedimentos que as exigem, tanto os de internações quanto os ambulatoriais, eliminando a etapa da solicitação e autorização, facilitando a regulação do acesso, o processamento e pagamento dos prestadores, reduzindo riscos de manipulações e fraudes e facilitando o monitoramento do sistema, além de produzir dados de produção e epidemiológicos
      mais confiáveis que permitirão uma análise e emissão de relatórios importantes
      para tomada de decisão do Gestor.
    • Enviar mensagem ao usuário comunicando a data e local do exame ou consulta e solicitar a confirmação com tempo de antecedência para a substituição se houver falta, diminuindo o absenteísmo, e possibilitando o gerenciamento otimizado das agendas.

      3. Como ganhos obtidos temos:
    • agilidade no agendamento de pacientes para consultas de
      especialidades e procedimentos de diagnose;
    • possibilitou a autorização de APAC, on-line, com redução do tempo entre a solicitação e o atendimento do paciente;
    • re-call de usuários que utilizaram medicamentos inefetivos em caso apontado Vigilância em Saúde;
    • agilidade na dispensação de medicamentos e controle de seu estoque, permitindo redistribuição e adequação de estoque nas unidades.
    • agilidade na entrega de resultados de exames laboratoriais, permitindo oportuna tomada de decisão.
      4. Como principais obstáculos a enfrentar temos:
    • Cultura e resistência de profissionais mais antigos na aceitação de novas tecnologias;
    • Dimensão e complexidade do sistema de saúde do município.

    O Siga Saúde no chama a atenção por permitir agregar em um mesmo sistema, toda a informação, unificada e com racionalidade de tempo e consequentemente economia de recursos financeiros.

    Acesso ao Cartão Nacional de Saúde em Minas Gerais

    • Documentos Necessários:

    Carteira de Identidade
    CPF
    Comprovnte de endereço


    • Belo Horizonte:

    Procurar Unidades Básicas de Saúde.
    Telefone para informação: 3277-7222


    • Betim:
    Procurar Secretaria Municipl de Saúde
    Rua Camilo Aana, nº 81. Bairro Brailéia
    Telefone para informação: 3531-1000

    • Contagem:
    Procurar Secretaria Municipl de Saúde
    Av DavidSarnoff, nº 3113. Bairro Industial
    Centro de Controle e Avaliação.

    • Demais municípios de Minas Gerais
    Procurar Secretaria Municipl de Saúde da cidade.

    8 de ago. de 2009

    Inteligência Artificial no Diagnóstico do Câncer

    Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA), desenvolveu um programa de computador que utiliza inteligência artificial para analisar as características das imagens de ultrassom a fim de ajudar os médicos a prever mais cedo se o câncer de mama já metastatizou.

    Atualmente, não existem métodos automatizados aprovados para o diagnóstico de câncer. Mas o novo programa foi utilizado com êxito para reanalisar os exames de ultrassom de 50 mulheres cujas imagens dos nódulos linfáticos já haviam sido avaliados em busca de metástase.

    Todas as 50 mulheres passaram por cirurgias para remover seus cânceres e nódulos linfáticos axilares, e biópsias dos tecidos dos nódulos linfáticos revelaram que 20 delas tinham metástase do câncer e 30 delas tinham um câncer que permanecia localizado na época da cirurgia.

    O programa de inteligência artificial conseguiu prever com alto nível de precisão, com base naqueles primeiros exames de ultrassom, quais mulheres já tinham a indicação de metástase. Se tivesse em uso na época, o programa teria ajudado a melhorar o prognóstico das doenças naquelas mulheres.

    "Nós descobrimos que uma análise de computador das imagens de ultrassom das mamas poderia potencialmente prever com uma precisão promissora quais pacientes têm metástase e quais não tem," disse a médica Karen Drukker, participante da pesquisa.

    Agora os pesquisadores planejam começar uma pesquisa observacional na qual os radiologistas usarão o programa para ver se isso aumenta sua capacidade para diagnosticar a metástase - novamente baseando-se em casos retrospectivos, para os quais já exista um resultado definitivo, de forma a não influenciar a decisão dos médicos e obter uma melhor avaliação do programa.
    Leia mais em :

    Radiologia Brasileira Print version ISSN 0100-3984
    Radiol Bras vol.34 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2001
    Artigo de Revisão
    DIAGNÓSTICO
    AUXILIADO POR COMPUTADOR NA RADIOLOGIA*

    Paulo Mazzoncini de Azevedo-Marques1

    5 de ago. de 2009

    Hermes Pardini investe em sistema de gestão integrada

    O Laboratório Hermes Pardini, em conjunto com a Totvs, empresa de desenvolvimento e comercialização de software de gestão empresarial, vai investir R$ 7 milhões para tornar o gerenciamento das suas áreas técnicas, dos processos internos e das informações gerenciais mais ágeis.
    O projeto está previsto para ser concluído até o início de 2010 e, num primeiro estágio, foi desenvolvido e implantado o ERP*, novo sistema de gestão. Em seguida, serão implantados os sistemas LIS (Laboratory Information System) Front e LIS Técnico (Middleware).
    Atualmente, o Hermes Pardini processa mais de dois milhões de exames por mês, oriundos de 28 unidades próprias de atendimento e de mais de 4.500 laboratórios localizados em 1.100 cidades brasileiras. Com a meta de melhorar a capacidade produtiva em 50%, o instituto investiu R$ 4 milhões para fechar parceria com a Totvs.
    "A Totvs realizou um diagnóstico customizado e recomendou a implantação de ERP*, CRM** e BI***, além do desenvolvimento de ferramentas como o Laboratory Integrated System (LYS) e o sistema de gerenciamento da área técnica (middleware). Com essas ferramentas, tenho certeza que conseguiremos alcançar 3 milhões de exames/mês, além de reduzir o tempo de espera do resultado do exame", explica o presidente do Instituto Hermes Pardini, Vitor Santos.
    Os objetivos iniciais, com a adoção da ferramenta, serão: aumentar a racionalização dos processos de negócio e dos sistemas de informação, suportar a expansão e o crescimento dos negócios com uma solução escalável, ampliar a integridade, confiabilidade e qualidade dos dados e fornecer informações gerenciais em tempo real e com flexibilidade de relatórios.
    *ENTERPRISE RESOURCE PLANNING (ERP) :
    O ERP tem como principal objetivo integrar todos os dados de uma empresa e unir os diversos departamentos de uma empresa (financeiro, recursos humanos, marketing. . . ) através de um único sistema, possibilitando a automação, armazenamento de informações e aumento na lucratividade.
    **CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM):
    CRM é definido como um software que captura, processa, analisa e d istribuidados, como em outros sistemas, porém o cliente é o centro do modelo de dados e todos os relatórios e consultas têm o cliente como porta de entrada, integrando os módulos de automação de vendas, gerência de vendas, telemarketing, serviço de atendimento e suporte ao cl iente, ferramentas para informações gerenciais, Web e comércio eletrôn ico, possibilitando formular estratég ias de negócios voltadas para o entendimento e antecipação das necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma empresa.
    ***BUSINESS INTELLIGENCE (BI):
    Intel igência de negócios, refere-se ao processo de coleta, organização, anál ise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte a gestão de negócios.

    4 de ago. de 2009

    Últimas notícias da Gripe H1N1 e mudanças no protocolo

    • O que mudou no protocolo da gripe H1N1 ontem


    Médicos poderão receitar o medicamento contra a gripe suína para pacientes que não se enquadram nos casos previstos no atual protocolo de tratamento - SRAG* (síndrome respiratória grave ou com algum fator de risco, como cardiopatia e gravidez.
    A mudança será introduzida no protocolo nos próximos dias, segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna. O documento trará uma caixa em vermelho com a frase: "Qualquer indicação diferente das recomendadas neste protocolo fica na inteira responsabilidade do médico prescritor e da autoridade sanitária local".

    Qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe passa a ser considerada caso suspeito de influenza sazonal e de influenza A (H1N1).

    O Ministério da Saúde prioriza entre os casos de síndrome gripal a notificação, a investigação, o diagnóstico laboratorial e o tratamento dos casos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG)* e aquelas pessoas que apresentam fatores de risco para a complicação pela doença, como: menores de 2 e maiores de 60 anos de idade, gestantes, portadores de doenças crônicas, imunodeprimidos, entre outros. (leia mais em Portal Saúde)

    • 15% e 45% da população terá sido infectada pelo novo vírus
    A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou nesta terça-feira (4) a estimativa de que cerca de 2 bilhões de pessoas deverão pegar o vírus A (H1N1) até o fim da pandemia. A estimativa, entretanto, vem com um grande alerta sanitário: ninguém sabe quantas pessoas já foram infectadas até agora pela nova cepa de vírus influenza, e o número final nunca será conhecido, já que muitos casos são tão leves que podem passar despercebidos.
    "Até o fim da pandemia, entre 15% e 45% da população terá sido infectada pelo novo vírus pandêmico", disse a porta-voz da OMS, Aphaluck Bhatiasevi, em um comunicado."Trinta por cento é uma estimativa média e 30% da população mundial é 2 bilhões.""Devemos lembrar, entretanto, que as tentativas de estimar as taxas de infecção podem ser apenas aproximações grosseiras", acrescentou. (leia mais em GazetaWeb)
    • H1N1 pode estar substituindo vírus da gripe comum
    O vírus H1N1 pode estar substituindo o vírus da gripe comum, afirmou nesta sexta-feira o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. Segundo ele, 60% dos exames positivos para gripe desde abril apontaram para o vírus H1N1.
    "O que isso pode indicar é uma possível substituição do vírus", disse Hage, de acordo com o ministério, ao comentar sobre a taxa de gripe causada pelo vírus H1N1 no país.
    "Ele (vírus H1N1) aparentemente pode passar a predominar no cenário e outro vírus (da gripe comum), deixar de circular", afirmou ele.
    Segundo Hage, a taxa de mortalidade em relação ao total de pacientes graves é de 12,8 por cento no país.
    A pasta indicou que mais de 60% dos casos de nova gripe no Brasil estão concentrados em pacientes entre 20 e 49 anos. A idade média dos infectados é de 29 anos.
    O ministério reiterou a recomendação para que pacientes em grupos de risco adiem viagens para países onde a transmissão é sustentada. A pasta também pediu que alunos com sintomas de gripe evitem retornar às aulas até que se recuperem. (leia mais em G1)
    *SRAG:
    DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE:
    Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse E dispnéia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais.
    Sinais e sintomas que devem ser observados:
    -Aumento da freqüência respiratória (> 25 irpm)
    -Hipotensão em relação a pressão arterial habitual do paciente

    Em crianças além dos itens acima, observar também:
    -batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
    O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas listadas abaixo:
    -Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia;
    -Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação.
    Alerta: deve ser dada atenção especial a essas alterações quando ocorrerem em pacientes que apresentem fatores de risco para a complicação por influenza.

    1 de ago. de 2009

    Os incentivos à Tecnologia da Informação na Saúde no governo Obama


    O plano para reformar o sistema público de saúde do presidente americano, Barack Obama, deu um primeiro passo adiante na noite de ontem, sexta-feira, após a aprovação do projeto por uma comissão da Câmara dos Representantes.

    Um pacote de estímulos do governo americano no valor de US$ 20 bilhões tem como objetivo incentivar médicos e hospitais a usar sistemas eletrônicos de saúde focados principalmente no intercâmbio de informações no sistema de saúde.

    "O intercâmbio de informações é a base essencial para um sistema de saúde efetiva. Independentemente do que médicos e hospitais pensam, os doentes claramente querem as suas informações eletrônicas para poder viajar de uma maneira segura e privada. Portanto, é muito mais um objetivo da política pública, melhorar a troca de informações. (...) O objetivo de nossas políticas é tornar mais fácil a troca de informação sobre saúde e também criar um mercado de troca de informações, dando incentivos aos hospitais e médicos para se tornarem usuários significativos do sistema e ainda incluir a troca de informação como uma componente essencial dos seus trabalhos." (Fonte: Saúde Business)

    Foram as palavras do coordenador de TI de Saúde Nacional, David Blumenthal, em entrevista a InformationWeek. Desse total, US$ 300 milhões serão investidos somente no intercâmbio de informações a nível estatal.


    A REFORMA DA SAÚDE
    O que é - Uma das principais plataformas eleitorais de Obama, projeto prevê expandir a cobertura do sistema público de saúde para 97% dos americanos; o custo para o governo será de mais de US$ 1 trilhão em dez anos, incluindo também a criação de uma empresa seguradora de saúde do governo, que concorrerá com as empresas privadas.
    Críticas - Apesar de reconhecer que o sistema atual está falido, muitos conservadores consideram a reforma de Obama socialista e insistem que a livre concorrência de empresas privadas deve continuar a ser a base do setor.
    Lobby - Desde o fim da 2.ª Guerra, presidentes tentam sem sucesso alterar o sistema atual, extremamente lucrativo para companhias de seguro saúde; americanos gastam 16,5% do PIB com saúde.
    Fonte: O Estado de São Paulo, 23/7/2009