13 de jun. de 2009

Acreditação, Homologação e Cerfitificação Digital - O paciente Expert

Uma opinião interessante e oportuna do Dr. Leonardo Diamante sobre dois temas atuais deixados de lado na Hospitalar 2009:
O fato de estar escrevendo sobre este tema é para poder anotar de forma clara a ausência nos dois eventos de dois temas, que sinto não apenas necessários serem postos para discussão, como também por estarem gerando controvérsias.
O primeiro deles é com relação a discussão e denominação de Certificação de Software e Certificação Digital que tanto vem confundindo as pessoas.
Eu tenho insistido muito, inclusive mais de uma vez pude expressar minha preocupação com a mistura destas duas certificações, tendo em vista que a confusão já está formada, pois pessoas acham que software certificado é aquele que tem certificação digital.Eu penso que o termo
Certificação Digital já é um termo consagrado e adotado em várias atividades na área da tecnologia e com grandes dificuldades de ser modificado, mesmo porque não me parece necessário.Por outro lado a Cerificação do Software é uma ação que além de muito nova, é restrita a área da saúde e poderia ser substituída por Homologação do Software.
Por outro lado, neste mesmo momento estamos convivendo com os processos de Acreditação Hospitalar que além de ter uma terminologia internacionalmente adotada, vem confundir mais ainda as nossas “certificações”. Assim sendo, por exemplo, poderíamos ter A instituição
ABC ACREDITADA pela Joint Commission International, possui o Software XYZ HOMOLOGADO pela SBIS/CFM com CERTIFICAÇÃO DIGITAL em todos seus setores.
Os termos Homologação, Certificação e Acreditação estariam referindo-se a coisas distintas e sem a menor chance de confusão.
Parece que a SBIS, que recém publicou sua última versão do Manual de Cerificação, está estudando a questão, pois argumenta que praticamente no mundo inteiro se usa o termo "Software certification". O próprio Presidente da SBIS tentou dirimir a dúvida em artigo publicado no Business saúde. Todo este processo é muito novo para todos nós que nele estamos envolvidos, permeados de dúvidas e questões que vão aparecendo e sendo progressivamente solucionadas, com apoio da SBIS/CFM bem como a ANVISA com um trabalho competente e
brilhante.
Outra questão esquecida nos eventos diz respeito à um nova personalidade que está chegando, ou já chegou em nosso meio, e que esta sendo chamada de Paciente Expert ou Paciente
Informado
.
Recentemente escrevi um post sobre o assunto tendo em vista a relevância do mesmo, e tivemos um evento, que também está disponível em vídeo. De uma forma simples trata do paciente que usa as informações da internet para esclarecer suas dúvidas com relação a um diagnóstico médico que tenha sido feito, ou mesmo busca informações para se municiar para a consulta médica. Ou seja, antes ou depois da consulta médica, o paciente procura a internet para se informar.Não tenho a intenção de discutir o assunto neste momento tendo em vista a sua complexidade e os vários enfoques sobre o assunto, dependendo do ponto de vista que é abordado. De qualquer forma dois aspectos são fundamentais e precisam ser rapidamente equacionados. O primeiro deles é a presença do próprio paciente para discutir com todas as pessoas envolvidas no seu atendimento as questões que lhe dizem respeito. Não faz sentido nos dias de hoje uma discussão sobre Prontuário Eletrônico do Paciente sem a presença do paciente.
A segunda questão é estabelecer critérios para que as informações postadas na rede tenham credibilidade e sejam verdadeiras. Estas ações me parecem mais complexas no sentido que deverá envolver um número significativo de pessoas e Instituições para que se possa oferecer ao Paciente Informado a informação de boa qualidade.

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