7 de dez. de 2009

Clinica virtual oferece consultas on-line por videoconferência

A Blue Cross, seguradora médica americana, está testando com seus empregados um sistema de teleconsulta chamado Care Anywhere, uma clinica virtual no Estado de Minnesota. O sistema funciona por videoconferência via Web (semelhante ao Skype), e dispõe de cerca de 30 médicos para atendimento em plantão em turnos de 6 horas. A Blue Cross reembolsa ao usuário do sistema US $ 25 do custo total de US$ 45 por consulta on-line. Se o projeto piloto der certo, a Blue Cross pretende oferecer para todos seus segurados no estado. O sistema on-line irá competir diretamente com as clínicas de varejo, que têm surgido em farmácias, centros comerciais, etc durante a última década nos EUA e que fornecem uma alternativa de menor custo para serviços médicos básicos e onde uma consulta básica custa US$ 49. A ampla utilização deste tipo de tecnologia pode resultar em economias substanciais para o sistema de saúde. 
Resumo por Renato M.E. Sabbatini


No Brasil, o novo Código de Ética Médica dispõe:
É vedado ao médico:
Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento.
Parágrafo único. O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina.


No parecer 36/2002 do CFMafirma: " O CFM deve ter o mesmo entendimento da Associação Médica Mundial e Associação Médica Brasileira acerca das “Responsabilidades e Normas Éticas na Utilização da Telemedicina”, adaptando-as à realidade médica brasileira. Este parecer servirá de base para a necessária exposição de motivos e sua fundamentação para a referida resolução. Toda empresa voltada para atividades na área da Telemedicina deverá cumprir o estatuído na resolução, sendo obrigatória sua inscrição no Cadastro de Pessoa Jurídica do CRM, com indicação do respectivo responsável técnico.
Não consegui localizar nada referente a pagamento por consulta virtual. No que tange ao comportamento do CFM quanto a telemedicina, acho muito pouco provável que isso seja considerado lícito.

Um comentário:

  1. Nos EUA já existia a um tempo atrás um modelo semelhante a este, da Kaiser Permanent. O Modelo é baseado numa triagem clínica, com um call-center feito para atender a pequenas urgências ou esclarecer dúvidas sobre patologias. Uma arma e tanto na mão dos hipocondríacos.
    Acho que no Brasil não "colaria" tanto este modelo, mas já é algo a se pensar em termos de legislação.

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