3 de fev. de 2014

A utilização do Google Helpouts na área da saúde

Por Luciana Alves PhD
Desde o Google Health, descontinuado em 2011, o Google certamente percorreu um longo caminho no que diz respeito às exigências da HIPAA.

No início de novembro de 2013 o Google lançou uma nova ferramenta que permite a conexão entre usuários e especialistas de diversos segmentos, por meio de vídeo interativo, em tempo real, para aconselhamento em diversos temas.

A aparência do Helpouts é bem parecida com a personalizada do Google+. Cada especialista possui uma página na qual os usuários podem realizar o agendamento. O usuário deverá se identificar a partir do seu perfil público no Google+, desta forma, a identificação é possível, entretanto sem figurar publicamente no Google+. Na área da saúde as políticas aplicáveis podem se diferir pois nela o Google adota políticas mais rígidas relacionas à identidade e à privacidade do usuário.

No segmento saúde, no Google Helpouts, os pacientes podem obter dicas médicas gerais e conselhos de especialistas. Mas com essa tecnologia vem a questão da privacidade e de segurança atrelados à telemedicina por anos.

No uso do serviço o profissional de saúde se apresenta como um coadjuvante no processo de cuidados primários. Ele informa que podem ser discutidas questões médicas, uso de medicamentos e dicas em saúde, entretanto deixa explícito que a consulta virtual não substitui o aconselhamento do profissional ou equipe de cuidados primários responsável pelo cuidado do paciente, também alerta que não haverá solicitações de exames ou prescrição de medicamentos. O médico deixa claro que ele não está assumindo a responsabilidade pelo paciente, apenas oferecendo conselhos de medicina geral.

Os especialistas que usarem o Google Helpouts podem cobrar uma taxa fixa ou por minuto, ficando com 80% do lucro, e os outros 20% são do Google. A garantia da segurança dos dados dos usuários constitui uma das principais prioridades.

De acordo com o explicitado na sessão Health services & HIPAA sobre a segurança dos dados em saúde:
Ensuring that our users’ data is safe, secure and always available to them is one of our top priorities. For providers who are subject to the requirements of the Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA), Helpouts can also support HIPAA compliance. Under HIPAA, certain information about a person’s health or health care services is classified as Protected Health Information (PHI). Helpouts providers who are subject to HIPAA and wish to use Helpouts with PHI must enter into a Business Associate Agreement (BAA) with Google. Helpouts providers can enter into a BAA with Google when they create a listing on Helpouts.  The BAA must be entered into before those individuals identifying themselves as covered entities can provide services over Helpouts. Helpouts providers are responsible for determining whether they are subject to HIPAA requirements and whether they use or intend to use Helpouts in connection with PHI. Users who have not entered into a BAA with Google must not use Helpouts or other Google services in connection with PHI.

O Helpouts está disponível apenas via web e Android e estuda como lidar com as políticas da App Store da Apple.

O Serviço ainda não está disponível no Brasil mas a discussão sobre a segurança das informações em saúde ganha mais um capítulo no cenário internacional.



Luciana Alves é Neuropsicóloga, Mestre e Doutora em Ciências da Saúde, e faz Residência Pós-doutoral no Instituto de Ciências Biológicas - UFMG, com temática relacionada à Infoveillance & Infodemiology, junto ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue. Ministra curso com temática relacionada com Informática em Saúde, coordena, como colaboradora, uma linha de pesquisa em Mobilidade em Saúde e Segurança da informação no np-Infosaude – UFMG. Fundou e Lidera uma atividade de cunho social denominada PACEMAKERusers.com, e é CEO - Chief Executive Officer na Bionics Health and Technology
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