31 de mai. de 2010

Sistema Alert reduz custos de R$ 8 milhões em hospital

Benefício foi comprovado por meio de um estudo realizado por uma universidade em uma instituição de 350 leitos

Um estudo realizado por uma universidade comprovou que o sistema Alert é capaz de gerar uma economia de R$ 8 milhões ao longo de ano em um hospital com 350 leitos. É nesses bons resultados que a Alert se baseia para desenvolver novos projetos em todo o mundo.

No Brasil, a companhia prevê a conclusão de alguns projetos ainda em 2010 como, por exemplo, o que está sendo implementado na Unimed de Belo Horizonte e o da Secretaria de Estado de Minas Gerais.

Além disso, o diretor de Serviços da Alert, Miguel Rocha destaca o projeto de atenção primária que será implantado no Hospital Albert Einstein de São Paulo. "Esse será sem dúvida uma demonstração da nossa capacidade de criar uma região digital". Um projeto com a mesma lógica também será implantado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

"Temos uma base instalada de uma dimensão significativa no Brasil e agora estamos a apoiar a implementação da produção do nosso sistema no México e no Chile", comenta.

A Alert tem investido nos últimos seis anos em média 20% de suas vendas em desenvolvimento. Para o CEO da companhia, Paulo César Guimarães isso comprova o motivo da aceitação do seu produto que está presente em mais de 10 países.

"O ano passado foi muito positivo para a Alert, pois registramos crescimento significativo em relação a 2008. Já em 2010, projetamos um avanço no Brasil e no mundo provando a garantia de que nosso produto obedece aquilo que é mais exigente do ponto de vista da indústria, do software clínico", conclui.

por Thaia Duó
no Saúde Business Web

Dica de leitura: The History and Future of Medical Technology

The History and Future of medical Technology conta a história por trás dos avanços das tecnologias médicas atuais: como elas foram desenvolvidas, como eles funcionam, e como elas irão evoluir ao longo dos próximos anos. 
O livro dá ao leitor uma visão na privilegiada das descobertas e invenções que transformaram a medicina em uma ciência exata. Ele desmistifica a tecnologia encontrada nos modernos hospitais e clínicas -, mostrando como eles satisfazem as necessidades reais e urgentes. E abrange os mais recentes avanços em áreas como a cirurgia robótica, os chips de interface cérebro-computador, retinas artificiais e nanomedicina.
Fonte: Medgadget

30 de mai. de 2010

Telemedicina afasta usuários dos hospitais

Os Serviços de Saúde de North East Essex, no Reino Unido, registaram um decréscimo de 44 por cento nas visitas aos hospitais desde que foi implementado um sistema de telemedicina na região.

A informação foi fornecida pelo portal Public Technology e dizem respeito aos primeiros seis meses de teste do projeto. Com base nestes valores, a organização acredita que até uma centena de pacientes com doenças crônicas, como os que sofrem de doença pulmonar obstrutiva ou insuficiência cardíaca, podem beneficiar-se de uma melhor prestação de cuidados de saúde.

Através deste sistema os pacientes podem medir diariamente em casa ou na unidade de saúde mais perto da residência aspectos como a pressão arterial, peso, temperatura ou os níveis de oxigénio, entre outros. Esta informação é depois enviada em tempo real para um especialista, que avalia se o paciente necessita de algum cuidado especial.
Enviado por: Renato M.E. Sabbatini, PhD via SBIS NEWS

29 de mai. de 2010

Dell para saúde



por Thaia Duón no Saude Business web
28/05/2010
Principal objetivo da empresa é desenvolver serviços e soluções para o mercado de saúde orientada aos processos que envolvem um hospital

"Saúde é um mercado em franca expansão tanto no setor público quanto privado e isso tem chamado muito nossa atenção, principalmente pelas grandes fusões e aquisições que tem acontecido recentemente", declara o diretor para as áreas de Saúde, Educação e Governo da Dell, Ricardo Menezes, ao comentar a entrada direta da companhia no setor.
A vinda de grupos estrangeiros para o mercado de saúde no Brasil e a participação mais efetiva do governo no crescimento dos serviços de saúde e todas as variáveis levaram a Dell a escolher dois grandes planos: saúde e educação.
A partir de agora o principal objetivo da empresa é desenvolver serviços e soluções para o mercado de saúde orientada aos processos que envolvem uma rede hospitalar, ou apenas um hospital.
Conhecida como grande fornecedora de hardwares, a empresa tem migrado nos últimos anos para o conceito de soluções de serviços nas verticais de seus clientes, e a de saúde é tida como uma grande estratégia.
"Nosso propósito nesse ano é iniciar a vinda dos produtos e serviços que temos agora disponível através da aquisição da empresa Perot pela Dell, em novembro de 2009. A empresa, que agora se chama Dell Service, é uma grande fornecedora de soluções nos Estados Unidos e a partir de agora vai atuar no Brasil", destaca.
No primeiro ano de atuação em saúde a expectativa da Dell é de conhecer o mercado e se fazer conhecida por ele. Para o executivo, a oferta de soluções demanda um ciclo maior do que produtos de uma forma mais simples. "Não temos a expectativa de ao longo desse ano já fecharmos grandes negócios, mas sim conhecer e aprender com o mercado de saúde", conclui.

28 de mai. de 2010

Vacina contra H1N1 pode dar falso positivo para HIV, diz Anvisa


Segundo agência, falso resultado pode ocorrer após vacinação.
Alteração em anticorpo ‘engana’ teste mais comum realizado no Brasil.


Nota da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revela que as pessoas que tomaram a vacina H1N1, contra a nova gripe, podem ter resultado positivo para HIV mesmo sem ter o vírus que provoca a Aids. Segundo a técnica Lílian Inocêncio, responsável pela área de Laboratórios do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids) do Ministério da Saúde, o falso resultado positivo pode ocorrer até 112 dias após a pessoa ter se vacinadocontra a gripe.
O problema já havia sido detectado pela Anvisa em março, mas foi abordado nesta sexta-feira (21) pelo DST/Aids. Na nota de março, a agência dizia que “podem ser obtidos resultados falso-positivos em testes imunoenzimáticos para detecção de anticorpos contra o vírus da Imunodeficiência Humana 1 (HIV 1), o vírus da Hepatite C e, especialmente, HTLV-I, devido à produção de IgM em resposta à vacina contra Influenza A(H1N1)”.
O falso resultado acontece porque a vacina contra a gripe aumenta a produção de um anticorpo, chamado de IgM (o primeiro batalhão de defesa do organismo), que “engana” o Elisa, o teste mais comum feito no Brasil para diagnosticar o vírus da Aids. Essa reação faz o organismo reproduzir uma condição parecida com aquela de quem tem o vírus HIV.
A técnica Lílian Inocêncio disse que o procedimento padrão da rede pública de saúde em casos de resultado positivo para HIV já é fazer a contraprova por meio de outro tipo de exame, o Western Blot, mais caro.
A vacina contra H1N1 não oferece nenhum risco de transmissão de HIV
Segundo ela, não há motivo para pânico. “Ninguém precisa se preocupar porque nenhum paciente vai receber o resultado positivo sem que seja feita a contraprova”, afirmou Lilian. De acordo com ela, nenhum paciente é informado de que tem o vírus HIV sem que seja feita antes a contraprova.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (21) no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde José Gomes Temporão alertou sobre o falso resultado positivo.

“Quando acontece esse falso positivo, que são casos raros, qual é a consulta? É muito simples: isso só acontece dentro de 30 dias a partir do momento que a pessoa tomou a vacina. Dando positivo, ela vai refazer esse teste, com um teste mais sofisticado, e esse vai dar, com certeza, se ela é positivo ou não”, afirmou. Ele fez questão de esclarecer que a vacina contra H1N1 não oferece nenhum risco de transmissão de HIV.

Problema incomum, mas sem gravidade
“Não é comum essa reação cruzada, esse encadeamento de falsos-positivos [quando um teste diz que a pessoa está doente, mas ela não tem nada] por geração de anticorpos para vírus tão diferentes, o H1N1 e o HIV”, aponta Edecio Cunha-Neto, chefe do Laboratório de Imunologia Clínica e Alergia da USP.

“No limite, o que acontece com a produção industrial em ritmo acelerado da vacina contra a nova gripe é que, se a quantidade de adjuvantes, os componentes que potencializam a ação da vacina, estiver um pouco acima, pode fazer a resposta imunológica ter uma reatividade cruzada: acabar dando positivo para várias outras coisas.”
“Não tem nenhuma gravidade, do ponto de vista que a pessoa não está realmente infectada, mas a contraprova é importante”, diz Cunha-Neto.

Fonte: G1

25 de mai. de 2010

ePrescribing: prescrição eletrônica

Erros na prescrição de medicamentos são comuns e causam um número significativo de efeitos adversos para os pacientes, como já demonstrado por diversos estudos. 


Nos Estados Unidos, uma iniciativa que vem tomando corpo é National ePrescribing Patient Safety Initiative (NEPSI), um projeto conjunto de diversas organizações da área de saúde, com o objetivo de resolver a crise atual dos erros de prescrição medicamentosa. Uma das medidas defendidas pela NEPSI é a adoção ampla e universal de sistemas de prescrição eletrônica, visando combater aqueles erros potencialmente preveníveis que ocorrem durante o processo de prescrição. A (ambiciosa) meta da NEPSI é fazer com que TODOS os médicos dos Estados Unidos obtenham (e utilizem) a um software de prescrição gratuito e de qualidade.

A prescrição eletrônica é uma ferramenta cada vez mais utilizada nos serviços de saúde de vários níveis de complexidade, que apresenta várias vantagens
Um exemplo é a eliminação das prescrições ilegíveis - a famosa "letra de médico", que gera tanta dor de cabeça aos profissionais da enfermagem e da farmácia. Além disso, o uso de sistemas informatizados de prescrição de medicamentos, se associado a bancos de dados e calculadoras específicas, possibilita que o médico receba instantaneamente avisos úteis sobre interações medicamentosas, ajustes de dose na insuficiência renal, dosagens pediátricas etc., permitindo maior segurança ao paciente.
No entanto, os softwares existentes ainda têm suas limitações, e podem inclusive gerar novas categorias de erros, inexistentes nas prescrições feitas manualmente, razão pela qual ainda precisam de alguns melhoramentos para que possam efetivamente aumentar a segurança dos pacientes.

página da NEPSI na internet permite o download grátis de um software de prescrição, mediante o preenchimento de um cadastro online pelo próprio profissional de saúde.

Para quem se interessar pelo assunto, um comentário muito interessante sobre os sistemas de prescrição eletrônica também pode ser lido no blog "Informática Médica no PSF", do Fábio Castro, disponível aqui.

20 de mai. de 2010

Como o médico pode se manter bem informado?


O genoma humano foi decodificado. Descobriu-se que a terapia hormonal para mulheres na meia idade aumenta o risco de acidentes cardiovasculares. Essas são apenas duas das importantes pesquisas publicadas na última década. A cada ano são feitas novas descobertas científicas na área da medicina e da farmacologia. Direta ou indiretamente, a maioria delas interfere principalmente nos tratamentos oferecidos aos pacientes. Com tanta tecnologia, acesso a publicações científicas médicas, mídias sociais, como o médico pode se manter bem informado?
Essa é uma questão importantíssima para a carreira do profissional e para a saúde de seus pacientes. Pensar nesse dilema pode até causar um certo desespero. Mas as novas formas de comunicação podem oferecer uma sugestão de resposta. E até o Ministério da Saúde percebeu o potencial delas.
Sobre as notícias oficiais brasileiras relacionadas à saúde, os profissionais podem se atualizar por meio das mídias sociais. O Ministério da Saúde possui páginas no Orkut,Facebook e Twitter. Para tirar dúvidas sobre a campanha de vacinação contra o vírus H1N1 criou inclusive uma conta no Formspring – site no qual qualquer pessoa posta uma pergunta, mas só o dono da conta pode responder. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regula medicamentos e alguns tratamentos, possui uma área no seu site apenas para informes e outra para notícias referentes a suas ações.
De acordo com uma matéria publicada no site Diário da Saúdeos médicos conseguiriam manter-se mais bem informados com o ritmo das descobertas científicas se usassem um plano de carreira para tal. Essa conclusão foi publicada em um estudo na revista científica Academic Pediatrics. A pesquisa analisou se “os residentes em pediatria sabem como desenvolver planos de profissionalização para se manter a par das últimas novidades na prática médica”.
Participaram da pesquisa médicos residentes – profissionais formados que estão se especializando – de 46 dos programas de residência em pediatria nos Estados Unidos, o que corresponde a 23% do total. Cerca de 1.000 dos 1.700 residentes de pediatria de todo o país foram entrevistados. Apenas 26% dos entrevistados disseram monitorar seu próprio desenvolvimento para atingir objetivos na aprendizagem. Dessa forma, a pesquisa concluiu que o acompanhamento do processo de aprendizagem continuada é mais relevante para manter os médicos atualizados com as últimas descobertas científicas e com as últimas técnicas disponíveis.
Resumindo, a melhor maneira de se manter em dia com o que há de mais novo é escrever planos realizáveis de acompanhamento do que é publicado na área e de aprendizado de novas técnicas. Em seguida, seguir os planos, claro. Apesar de ser realizada com residentes em pediatria, o resultado pode ser aplicado para qualquer profissional.
Manter-se conectado com os colegas da área também pode ser uma maneira de trocar novidades. Assim, para os conectados, o segredo é fazer um plano de estudos, segui-lo e utilizar ao máximo as redes com os amigos. Trocar experiências nunca é demais. O canal para isso? As mil e uma possibilidades da internet.

17 de mai. de 2010

A lógica de tecnologia é essa: uma vez que você demonstra o breakthrough tecnológico, o custo tende a cair rapidamente


"Como qualquer tecnologia - o telefone celular, por exemplo - no momento em que ela começa a ser massificada, e as demonstrações mostram que ela é útil e tem um benefício muito grande, várias empresas vão se interessar em produzir, e o custo vai cair rapidamente. É que nem o laptop, o iPod, todas essas coisas cujo preço caiu porque houve uma demanda enorme. A lógica de tecnologia é essa: uma vez que você demonstra o breakthrough tecnológico, o custo tende a cair rapidamente. É como Santos Dumont dizia, o mais difícil é fazer o primeiro. Depois que o primeiro está feito, é fácil."

Miguel Nicolelis, em entrevista à Isabel Marchezan - Especial para O Globo, sobre a tecnologia para ler os sinais cerebrais e permitir que a pessoa controle um braço mecânico indiretamente com o cérebro, pro exemplo, ser muito cara e inacessível para muitos pacientes.

Miguel Nicolelis é um cientista cujas preocupações sociais fazem seu discurso por vezes soar como o de um político. Porém, diferentemente da maioria dos políticos, ele não ficou só nas palavras. Graças a seus esforços pessoais, e ao incentivo de apoiadores como a família Safra e a Universidade de Duke, nos Estados Unidos, onde é codiretor do Centro de Neuroengenharia e coordena uma equipe de pelo menos 25 pesquisadores, foi criado há cinco anos o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra, em Macaíba, na periferia da capital potiguar.

Leia mais em O GLOBO

16 de mai. de 2010

Diagnósticos inteligentes: Mudanças à vista


por Cylene Souza, especial para a revista Fornecedores Hospitalares
06/05/2010

Sem contar com percepções humanas e experiências práticas dos radiologistas, as soluções clínicas dependem de parâmetros específicos para fornecer informações aos profissionais. Por isso, a análise quantitativa de imagens anda cada vez mais ao lado da análise qualitativa, feita pelo especialista. "Este é um tópico crucial. A análise quantitativa é uma das principais novas direções da radiologia e irá melhorar a consistência e precisão da interpretação das imagens. Agora que estamos numa era totalmente digital para a radiologia,  nossa informação já é passível de quantificação. Isso também vai levar a um grande boom em pesquisa, que será guiada pela oportunidade de garimpar dados estruturados e quantitativos, para descobrir as relações entre o que está na imagem e o que está por trás da patologia", afirma o especialista da RSNA. A padronização do diagnóstico com o uso do software tornará os laudos mais consistentes e aumentará a clareza na comunicação com os médicos. "É possível imaginar que como parte da revisão dos relatórios para a correção de erros de digitação, por exemplo, termos impróprios seriam substituídos por termos padrão ou conteúdos omitidos fundamentais para a conclusão dos laudos seriam detectados", complementa Rubin.
Para o vice-presidente do CBR, os médicos sentirão um grande ganho de tempo, já que a análise quantitativa pode levar à automação de diversas etapas do diagnóstico, mas, em sua opinião, por mais avançadas que sejam, as soluções não serão capazes de substituir o profissional. "A análise quantitativa das imagens vai substituir boa parte do trabalho do médico, deixando mais tempo para que ele se dedique a tarefas mais importantes. Muitos exames mais simples serão completamente, ou quase completamente automatizados, como é o caso da densitometria óssea, por exemplo. Acho muito difícil, no entanto, que, num futuro próximo, tenhamos uma automatização substancial dos métodos de imagem. Há ainda muito de subjetivo na interpretação dos exames. De qualquer forma, não vejo a automatização em princípio como algo negativo, pejorativo ou maléfico."
"A forma como estas tecnologias serão implementadas será crítica. Se o trabalho for bem feito, o impacto no fluxo de trabalho dos radiologista será pequeno e os benefícios serão sentidos pelo paciente, com a redução de erros e a padronização das terapias", conclui Rubin.
A tecnologia e o futuro
Por meio da divisão Medical Imaging and Technology Alliance (Mita - Aliança das Imagens Médicas e Tecnologia), a Nema, associação norte-americana dos fabricantes de equipamentos eletromédicos e de diagnóstico por imagem, fez algumas projeções sobre as evoluções que ainda serão trazidas com o uso de software em medicina. Entre elas:
  • As novas tecnologias vão acompanhar os movimentos dos olhos dos médicos enquanto eles veem as imagens. Baseada em cálculos, a tecnologia vai perguntar ao radiologista se ele quer ver de novo aspectos de imagens em que se concentrou mais, mas que não foram marcadas na avaliação original da imagem.
  • As visitas médicas serão facilitadas com equipamentos portáteis, a exemplo dos PDAs que, com a identificação do pacientes, mostrará imagens médicas. Com um aparelho a beira do leito, o médico poderá combinar ou fundir as imagens e aplicar zoom em áreas de interesse, enquanto discute as opções de tratamento com o paciente.
  • Embora os tomógrafos, ressonâncias magnéticas e ultrassons mais avançados produzam imagens tridimensionais, elas ainda são vistas em duas dimensões, o que tira do médico a capacidade de perceber profundidade e outros detalhes sutis apresentados no exame. Novos sistemas ópticos permitirão que o campo de visão do radiologista se torne tridimensional, eliminando a necessidade de headsets e óculos especiais.
  • Os novos processos permitirão a fusão de imagens de equipamentos diferentes, como tomógrafos e ressonâncias, com uma visão em tempo real do paciente por dentro. O paciente vai tomar uma pílula, que emitirá um sinal e focará na atividade molecular de um tumor, enquanto o médico usará um dispositivo portátil para ver o tumor em tempo real.
  • Equipamentos de pequeno porte permitirão a realização de exames dentro de ambulâncias e as imagens serão transmitidas diretamente ao hospital, permitindo que as equipes já atendam de forma direcionada na chegada do paciente. Para aumentar o conforto e conveniência do paciente, as imagens de raios X poderão ser capturadas por meio de tecnologias embutidas no leito e até mesmo no avental utilizado pelo paciente durante a internação.
  • A transmissão de informações por meio de pulseiras utilizadas pelo pacientes serão integradas ao sistema de radiografia computadorizada, eliminando a inserção manual de dados e reduzindo os erros.

Os benefícios da evolução
De acordo com estudos da Mita, a evolução em diagnóstico por imagem já trouxe benefícios econômicos comprováveis. Entre eles:
  • Os PET Scans podem eliminar até metade das cirurgias desnecessárias para pacientes de câncer.
  • As tomografias podem reduzir hospitalizações e cirurgias desnecessárias em caso de suspeita de apendicite.
  • Os sistemas de informação, como o RIS, ajudam os prestadores de serviço a eliminar exames desnecessários.
  • A exposição automatizada à radiação projeta a dose ao tamanho do corpo e reduz a irradiação de 10% a 30% em tomografias de rotina e mais de 50% em casos de tomografias para cardiologia.
  • Biópsias guiadas por imagem gastam um terço do tempo e custam a metade se comparadas às biópsias cirúrgicas.
  • A angioplastia renal guiada por imagem custa 20% do total de uma cirurgia de campo aberto e praticamente elimina a necessidade de internação.
  • A colocação de cateteres com o auxílio de equipamentos de imagem reduz as complicações e, consequentemente, os custos com atendimento.

11 de mai. de 2010

Diagnósticos inteligentes: Evolução x preço


por Cylene Souza, especial para a revista Fornecedores Hospitalares
06/05/2010

As evoluções em diagnóstico por imagem não devem parar tão cedo e levarão a uma especialização ainda maior em áreas clínicas. "Os incríveis avanços tecnológicos vão continuar. As principais tendências são ferramentas de visualização e que ajudem os radiologistas a ver imagens volumétricas, detecção assistida por computação (computer assisted detection - CAD) para ajudá-los a perceber anormalidades, e aplicativos de apoio às decisões, para ajudá-los a identificar o que veem, e  bases de dados, fontes e websites que os ajudem a encontrar o conhecimento que procuram", diz o professor de Stanford.

O presidente da Comissão Científica da SPR acredita no desenvolvimento de software de pós-processamento especialmente em odontologia, para o planejamento de implantes dentários, em cardiologia, para estudo das coronárias pela tomografia, e em angiografias, com a obtenção de imagens de forma não invasiva pela tomografia ou ressonância. "São incontáveis os aplicativos de pós-processamento disponíveis atualmente na área de imagem, mas sempre existirão áreas do conhecimento que necessitem de um novo software."
Entre as empresas, o aumento da capacidade de processamento e armazenamento, assim como a especialização cada vez maior, são os principais focos. "Isso é fundamental em função do avanço tecnológico. Na Siemens, também estamos investindo muito em automação do diagnóstico, para que os processos repetitivos, como o mapeamento correto do órgão, a reconstrução e até algumas definições da doença já sejam pré-determinados", conta Goto.
Na Philips, times específicos trabalham em hardware e software para lançar novos conceitos. "Ainda há muito a fazer e estas não são áreas dissociadas. Um exemplo é o conceito Time of Flight, descoberto no meio acadêmico e que foi implantado no PET-CT. Não havia capacidade eletrônica e computacional para implantar o conceito de forma que pudesse ser comercializado. Com novos cristais, eletrônica e software, a tecnologia foi implementada em 2007 e foi considerada uma revolução", relembra Cheade. "Os campos de desenvolvimento estão voltados aos exames moleculares e in-vitro, para deteção cada vez mais antecipada da alteração da condição de saúde do indivíduo. Por estes caminhos surgirão avanços da Philips", adiciona o gerente de produtos e marketing da Philips Healthcare Informatics, Benvenuto Somera.
A premissa seguida pelo departamento de pesquisa da GE Healthcare é que os equipamentos inteligentes devem ser fáceis de usar e reconhecer características do corpo humano, para apoiar com mais precisão o trabalho do radiologista. "Uma grande tendência é o que chamamos de "one touch" (toque único). Inventamos e desenvolvemos algoritmos avançados de análise para reduzir o tempo de aquisição da imagem. Nos laboratórios da GE Research (o departamento de pesquisa da empresa), desenvolvemos a tecnologia "one touch" para diversos aplicativos de ressonância magnética. Também trabalhamos no uso de atlas, para que que o computador tenha ciência do significado de cada voxel (pixel 3D), conheça a anatomia do paciente e apoie o desempenho de diversos algoritmos, levando à quantificação ou visualização da imagem", explica o gerente do Visualization and Computer Vision Lab (Laboratório de Visualização e Visão Computadorizada) da GE, Mark Grabb.
Para o radiologista do Fleury, as evoluções devem mesmo conjugar esforços em todas as áreas. "Não adianta ter um motor novo em um carro velho. Vejo lançamentos da indústria nos dois sentidos. Quanto mais o software evolui, mais demanda do hardware. No caso da colonoscopia virtual, foi necessário também aprimorar a capacidade de outro equipamento, a workstation."
O custo se torna, agora, um novo desafio. "Este dilema existe. Vemos uma avanço rápido do mundo de TI com qualidade de imagem e custo menor, como é o caso do valor por megapixel nas câmeras digitais. Além disso, a distribuição destas imagens se tornou mais simples e as soluções de armazenamento, aliadas ao uso da internet, favoreceram o crescimento das soluções. O médico atua com mais segurança e poupa em filme e negatoscópio. Porém, a análise de custo x qualidade é subjetiva na realidade brasileira. Há soluções acessíveis, mas sem a adoção de padrões como o Dicom e sem segurança no armazenamento de imagens. É preciso ter regulamentação para que a redução do preço não afete a garantia de qualidade e a adoção de padrões mínimos para a realização de diagnósticos precisos", defende o gerente da Siemens.
 "Com uma equação bem balanceada entre hardware e software, é possível fazer o diagnóstico precoce, evitar procedimentos invasivos e aumentar a produtividade, o que traz ganhos financeiros aos hospitais e centros de medicina diagnóstica", pondera Cheade.
"Se a adoção do software pelo mercado não é grande, então é sinal de que é caro. Com a capacidade destes softwares modernos de ajudar na visualização e interpretação de imagens, eles deveriam ser largamente adotados. Se não são, é hora de perguntar se os preços são apropriados", provoca Rubin.
E o impacto financeiro não está só na adoção do software, mas também no aprimoramento dos profissionais, na adaptação dos espaços e, por vezes, na necessária troca de hardware para a realização de novos exames. "Os médicos saem da especialização estrita em diagnóstico e precisam também conhecer TI, já que a radiologia é uma área muito técnica e exige o uso destas ferramentas. Além disso, com a telerradiologia, que permite a realização do laudo sem a presença física do profissional, o radiologista precisa se especializar cada vez mais, ou numa modalidade ou numa área clínica. As mudanças também acontecem na estrutura dos centros de diagnóstico. Os negatoscópios começam a ser aposentados e dão lugar a soluções de reconhecimento por voz e instalações de estações de trabalho. A radiologia está cada vez mais entrando na TI", explica Meirelles.
"As estações de trabalho passaram a ser os locais mais concorridos dos departamentos de radiologia. São muitas vezes os maiores ‘gargalos" para o desenrolar  da rotina. Praticamente todas as subespecialidades já têm pacotes e mais pacotes de software de pós-processamento. Na medida em que estas soluções e suas licenças fiquem mais baratos, poderão ser oferecidos em um número maior de estações de trabalho. Por enquanto, em alguns lugares, o transtorno chega a ser grande", relata Mendonça.
No que tange o hardware, o equipamento em si, não há ilusões: por mais que o software aprimore as características do equipamento, sozinho, não é capaz de conferir novas capacidades às máquinas. "Por melhor que seja o software, ele não gera novas informações que estejam além da capacidade do equipamento. Ele consegue atualizar este equipamento, melhora o armazenamento e tratamento das imagens, mas não amplia as funcionalidades", diz Goto.
"A indústria de diagnóstico por imagem persegue a evolução das funcionalidades clínicas para deteção do estado de saúde do indivíduo. Este objetivo traz demandas tanto para a área de software quanto hardware e frequentemente atingimos limites dos componentes", explica Somera.
Com experiência prática, Mendonça concorda. "Embora existam circunstâncias em que um upgrade de software consegue ampliar a gama de aplicações de um equipamento, dificilmente isto é significativo em uma máquina low end. Também existem limitações para qualquer upgrade. A evolução da tecnologia é tão célere que é muitas vezes mais fácil e mais barato trocar de equipamento do que tentar atualizá-lo. Em algumas poucas situações, talvez estes softwares adicionem valor a um equipamento limitado", diz Mendonça.
A boa notícia é que hoje os departamentos de pesquisas das empresas utilizam tecnologia não só para tornar as funcionalidades mais avançadas, mas também para tornar seus produtos mais acessíveis. "Com a invenção de tecnologia em pontos de preço baixo, estamos encontrando novas formas de trazer melhorias para nossos produtos high end. Isso se chama inovação reversa. Além disso, a inovação de hardware requer a criação de scanners de baixo custo. Tirar custos de um design existente é um processo de evolução buscado por qualquer fabricante, em qualquer indústria. Atingir radicalmente um ponto de preço baixo requer novas ideias e novos desenhos. A necessidade de software clínico high end está claramente em ascendência, também", analisa Grabb.

9 de mai. de 2010

Usando a tecnologia para diminuir custos de hospitais

Especialistas em saúde pública esperam que a tecnologia possa se tornar uma ferramenta para educar os médicos sobre o custo da saúde
O uso mais disseminado de prontuários médicos eletrônicos, eles dizem, ajudará a manter os gastos sob controle ao fornecer aos médicos informações precisas sobre o preço de exames e medicamentos, mesmo enquanto eles ainda estão decidindo sobre o que solicitar.
De acordo com um estudo de 1990 realizado por pesquisadores da Indiana University, mostrar os custos de exames em computadores usados por médicos residentes que trabalhavam em uma clínica levou a uma queda de 14% no número de exames solicitados, sem efeitos adversos nos pacientes.
Estudos subsequentes descobriram resultados similares quando o preço dos exames e estudos de imagem foram exibidos em computadores em salas de emergência pediátrica e em uma UTI pediátrica. A pesquisa não é unânime neste ponto.
Dois grandes testes randômicos verificando a abordagem em pacientes adultos hospitalizados e de cirurgia no Brigham and Women's Hospital, em Londres, não encontrou mudança alguma na solicitação de raios-x quando os custos do hospital eram exibidos em computadores. Apenas uma pequena redução - não significativa estatisticamente - foi notada em exames de sangue. Mesmo assim, até essa aparente pequena mudança no comportamento de solicitações de exames por parte de médicos se traduziu em economias da ordem de US$ 1,7 milhão em custos hospitalares para exames de laboratórios, afirmou o autor sênior do estudo, Dr. David W. Bates, chefe de medicina geral do Brigham and Women's.
Os médicos "realmente gostaram de ver a informação do custo, então continuamos a exibi-la" nos computadores de hospitais, ele disse. O Dr. Bates calculou que os custos de testes eram exibidos para médicos e residentes em menos de 1% dos hospitais-escola dos Estados Unidos.
Os médicos que prescrevem medicamentos a pacientes na clínica de seus hospitais, e outros do Partners HealthCare System de Boston, também receberam lembretes computadorizados informando-os de alternativas menos caras, com sugestões adaptadas à cobertura de seguro de cada paciente. O Dr. Bates sustenta que, na faculdade de medicina, os estudantes deveriam começar a aprender cedo sobre as consequências financeiras de suas decisões, e que esse ensinamento deve continuar durante todo o treinamento.
Quando ele supervisiona trainees no hospital, "pergunto aos residentes quanto custa estar na UTI por um dia, estar no hospital por um dia, estar num ambiente de cuidados de longo prazo por um dia. A maioria tem pouca noção - quando tem. Mesmo assim, estamos tomando decisões o tempo todo, e elas possuem grandes implicações".

© 2010 New York Times News Service
Fonte: Yahoo Notícias

8 de mai. de 2010

Diagnósticos inteligentes: Aplicativos


por Cylene Souza, especial para a revista Fornecedores Hospitalares
06/05/2010
Avanços na área de imagem melhoraram a capacidade de identificar doenças, mas os equipamentos mais avançados tornaram a tarefa complexa

Novos aplicativos, capacidade de realizar tarefas antes inimagináveis para o aparelho, tráfego de informações e melhor desempenho. Parece a descrição dos smartphones que, apoiados em software e tecnologias de hardware avançadas, transformaram o telefone num computador portátil. Mas não é. Todas estas características hoje são também realidade nos equipamentos de diagnóstico por imagem, de um simples ultrassom até o mais avançado PET-CT.

"As modalidades atendiam apenas uma patologia, mas hoje se difundem para outras especialidades. Os exames cardiológicos, por exemplo, podem ser feitos por tomógrafos, ultrassons ou ressonâncias magnéticas. Esta capilaridade é uma característica marcante trazida com o uso de software", constata o especialista de produto de Tomografia Computadorizada, Medicina Nuclear e Oncologia da Philips para a América Latina, Eduardo Cheade.

Com o aprimoramento do hardware, as empresas perceberam que os grandes volumes de imagens produzidas acabavam tornando o trabalho do radiologista mais complexo e, o que era um benefício, como o detalhamento e os novos ângulos, corria o risco de se tornar um problema, já que o tempo gasto com a análise dos exames seria muito maior e tornaria os negócios menos produtivos. "Assim como a Lei de Moore mostra que a cada ano a capacidade dos processadores dobra, a mesma coisa acontece com os equipamentos de diagnóstico por imagem. As máquinas geram muitos dados, que não se tornam informações antes de serem processados", avalia o gerente geral de marketing estratégico da Siemens, Reynaldo Goto.

Embora o trabalho com estas máquinas avançadas tenha ficado mais interessante para os profissionais, eles reconhecem a necessidade de auxílio. "Na maioria das vezes o médico até gosta muito de "brincar" de pós-processar, é um trabalho muito envolvente. Temos, no entanto, que considerar que as fontes pagadoras não remuneram pelo esforço extra. Muito deste trabalho terá que ser padronizado, transferido para técnicos ou mesmo automatizado, porque o tempo dos médicos é muito valioso", pondera o presidente da Comissão Científica da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR), Renato Adam Mendonça, que também é vice-Presidente de São Paulo do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR).

"A tecnologia ajuda e atrapalha. Ela trouxe diagnósticos que nós antes não fazíamos, como o de embolia pulmonar por meio de tomografia computadorizada, mas também criou um problema com o grande volume de imagens. Surgiram, por exemplo, mais falsos-positivos, porque o equipamento acaba identificando lesões que, do ponto de vista clínico são insignificantes. Por isso, o software e a experiência do radiologista são essenciais para analisar os dados", complementa o radiologista do Fleury Medicina e Saúde, Gustavo Meirelles.

"A evolução realmente tornou a tarefa mais complexa e criou a necessidade de desenvolvimento de softwares para ajudar os radiologistas", atesta o professor assistente do Departamento de Radiologia da Universidade de Stanford, Daniel Rubin, que também é membro do Comitê de Informática da Radiologia da Sociedade Norte-Americana de Radiologia (Radiology Society North America - RSNA).

As indústrias estão buscando atender a estas necessidades e, além de softwares de visualização e pós-processamento, procuram cobrir todas as áreas da medicina com novas ferramentas. "A integração de software e de hardware tem criado ferramentas muito valiosas para o pós-processamento de imagens e de outros dados com o objetivo de obter imagens em outros planos ou dimensões, medidas de inúmeros parâmetros destas imagens ou ainda de outros parâmetros mensuráveis pela metodologia específica. Estes pacotes de informações adicionais adquiridas ao mesmo tempo em que se faz um exame convencional da modalidade, seja de tomografia computadorizada ou de ressonância magnética, por exemplo, já se tornaram o padrão de referência. Nos centros de excelência já não se admite que o exame venha sem as informações adicionais obtidas pelo pós-processamento", conta Mendonça.
À esquerda, imagem com melhor detalhamento anatômico da cavidade atrial esquerda e do aparelho valvar mitral e, à direita, pós-processamento de imagem adquirida em um único bloco. (Fleury)

Mas não só ferramentas de visualização e processamento de imagens têm auxiliado os médicos. Como o próprio nome sugere, existem aplicativos que de fato apoiam a definição do diagnóstico. São os CAD - Computer Aided Detection (Detecção Auxiliada por Computação). "Os CAD são capazes de ir além e já fazem uma primeira leitura dirigida para buscar um nódulo, por exemplo. Ainda há algumas falhas, nem sempre o diagnóstico proposto pelo software é fidedigno, mas pode ser que no futuro alguns processos sejam automatizados, como já acontece na área de análises clínicas. A quantificação de cálcio nas coronárias é um exemplo", analisa Meirelles.

Computer Aided Detection & Diagnóstico em Imagens Médicas: cólon reconstruído com pólipos clinicamente relevantes sinalizados. À esquerda: vista externa. Direita: Vista interna com a linha central em destaque. (rince)

As mudanças chegam, mas trazem consigo problemas hoje já comuns quando se fala em software. Um deles é a falta de interoperabilidade: os fabricantes desenvolvem novas tecnologias, mas não permitem que elas conversem com outras já instaladas, o que exige dos compradores a adoção de todo o pacote de soluções de apenas uma marca ou a realização de constantes investimentos para atender às demandas dos equipamentos de cada fabricante. "Eu acho que a integração de métodos avançados de informática em equipamentos de imagens é lento. Ainda vemos tecnologias de ponta sendo usadas como sistemas únicos e, por isso, muitas salas de visualização de imagens acabam tendo diversos computadores e telas, de várias marcas, para atender a estes sistemas. Os fabricantes precisam permitir que estas novas funcionalidades sejam integradas nos sistemas, sem que isso exija a adoção ou incorporação de uma nova máquina ou tecnologia da mesma marca", comenta Rubin.

Para superar esta dificuldade, em 1993 foi criado o Digital Imaging Communications in Medicine (Comunicação de Imagens Digitais em Medicina - Dicom), que determina padrões para armazenamento, confirmação de armazenamento, busca e recuperação de imagens, worklists, procedimento realizado por equipamento, impressão e armazenamento em mídia off-line. A proposta de adoção deste padrão universal ainda enfrenta resistências e, por isso, quase 20 anos após o lançamento de sua primeira versão, muitos equipamentos ainda utilizam seus próprios sistemas, incompatíveis com outras máquinas.

4 de mai. de 2010

Aparelho ajuda cientistas a 'enxergar' gordura dentro do corpo

Distribuição de gordura (Foto: Jimmy Bell/Imperial College London)

Cor amarela representa gordura interna e verde representa gordura externa em indivíduos obeso (à esq.) e magro (Foto: Jimmy Bell/Imperial College London)

Um estudo realizado na Grã-Bretanha está fornecendo imagens inéditas para que cientistas analisem com mais precisão os efeitos do excesso de gordura no organismo.
Graças a um aparelho especial de ressonância magnética, que permite realizar imagens do corpo inteiro de um paciente, o painel interdisciplinar que realiza a pesquisa pode visualizar com clareza o depósito de gordura em torno de órgãos vitais de pessoas acima do peso.
"Esse tipo de imagem mostra como a gordura se distribui pelo organismo, o que é fundamental para entender a relação entre a genética e os fatores ambientais na obesidade", explicou à BBC Jimmy Bell, chefe do grupo de imagem metabólica e molecular do Imperial College, em Londres.
"Até agora a medição da quantidade de gordura no organismo era feita de maneira indireta, através de recursos como a bioimpedância ou o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC)."
Problemas de saúde
O estudo, iniciado há dez anos e financiado pelo Medical Research Council britânico, pretende ajudar especialistas em obesidade a desenvolver uma metodologia para ajudar seus pacientes a lutar contra o problema.
"Combinando o conhecimento sobre a genética, a distribuição da gordura e o estilo de vida do paciente, o médico poderá sugerir menos mudanças de hábito e medidas mais eficazes para ele perder peso", disse Bell.
O acúmulo de gordura em torno de órgãos como o coração, o fígado e os pulmões, por exemplo, pode levar a problemas cardíacos e respiratórios.
Mas o estudo sugere que a gordura instalada em outras partes do corpo, como abdômen, joelhos, pés, pescoço e bacia pode incentivar o surgimento de problemas como câncer, artrite, infertilidade, depressão, dificuldades de locomoção, dores de cabeça e varicose, entre outros.
Para Bell, no entanto, o desafio de se usar a ressonância magnética para acompanhar pacientes obesos está no preço do equipamento.
"É algo muito caro. Muitos hospitais públicos têm apenas um e uma fila enorme para usá-lo", disse. "Idealmente, para fazermos o acompanhamento necessário seria preciso pelo menos uma sessão de ressonância por ano."
"De qualquer maneira, a obesidade já é um grande consumidor dos recursos públicos de saúde na Grã-Bretanha e vai continuar sendo para várias seguradoras em todo o mundo", concluiu.
Fonte: My Blog Health