28 de mai. de 2014

Big Data pode e Prontuários eletrônicos - invasão de privacidade - parte II

Se você não leu a primeira parte, vale a pena :

Big Data pode acrescentar informações aos Prontuários eletrônicos em prol da melhoria do cuidado clínico?


Continuando sobre o post de ontem, as redes sociais são uma grande fábrica de informações sobre seus consumidores e ferramentas analíticas podem saber tudo sobre os internautas como hábitos de consumo, quanto ganham, onde moram, locais que frequentam, se são casados ou solterios, se têm filhos, preferências sexuais, etc.

Quando pensamos em analisar dados de uma população e aplicá-las em prontuários eletrônicos, principalmente usando geolocalização, vemos o quão benéfica pode ser essa parceria em termos de informação para decisão médica. Por exemplo, se o prontuário eletrônico tivesse inserido nele uma ferramenta de análise em tempo real de uma rede social como o twitter, uma informação sobre uma possível onda de novos casos de H1N1 naquele bairro ou cidade poderia fazer toda a diferença na avaliação médica de um quadro gripal comum. E não só epidemiologia, mas farmacovigilância e perfis de resistência a antimicrobianos seriam informações valiosas para tornar o cuidado médico mais personalizado e mais efetivo.

E se as informações que pudessem ser importadas pelos prontuários eletrônicos pudessem ser individuais? Ou seja, com o seu perfil em redes sociais, seus hábitos de consumo e hábitos de vida, seria uma ferramenta sem preço para a avaliação médica, já que todo paciente mente (ohhhhhh, é verdade.)

Suas fotos em baladas, normalmente com bebidas alcóolicas, os selfies sempre com parceiros diferentes, as fotos de comidas calóricas e deliciosas, seriam indícios de comportamentos nocivos que normalmente não contamos para nossos médicos. Quem gostaria que esse tipo de informação estivesse em seu prontuário eletrônico? Acho que  maioria de nós não se sentiria a vontade com isso.

E pode isso, Arnaldo? De acordo com o novo Marco Civil da Internet, acho que não. Mas vale a pena lembrar que as configurações de privacidade são definidas por cada usuário.


"CIO da Universidade Metodista de São Paulo, Daví Betts, acredita que os internautas precisam passar por um processo de educação e entender que tudo na web tem seu preço. Assim, os dados deles têm valor e não devem ser fornecidos de graça.
A recomendação de advogados e de especialistas é que os projetos de Big Data passem não apenas pelas questões de estratégias de negócios, tecnologia e mão de obra especializada. As empresas devem também avaliar como as questões legais podem impactar as iniciativas. por 
Edileuza Soares em Big Data: uso de dados pessoais pode levar empresas à Justiça
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