30 de jan. de 2016

A implantação de iniciativas em saúde baseada em evidências: recomendações aos gestores da saúde

"O uso apropriado da evidência científica pode nortear a decisão clínica com benefícios e redução de danos ao paciente." (ATALLAH, A.N.; CASTRO, A.A. Fundamentos da pesquisa clínica. São Paulo: Lemos Editorial, 1998.)

O benefício do uso de evidências na prática clínica já é muito conhecido dos médicos. O problema todo está em destinar um tempo a procura dessas informações e selecionar as fontes adequadas e respeitadas. Do meu ponto de vista, é inadismissível que médicos usem a Wikipedia como fonte de informação clínica, como informado no relatório The Digital Health Debate 2015 .

Há cerca de 1 ano, o blog chamou médicos para participar de um estudo sobre o impacto de informações disponibilizadas no portal Saúde Baseada em Evidências na prática clínica dos profissionais de saúde do Estado de São Paulo (aqui).


O resultado deste estudo encontra-se no artigo "A implantação de iniciativas em saúde baseada em evidências: recomendações aos gestores da saúde" do Prof. Dr. Ivan Ricarte e Profª Dra. Cristiane Galvão. Sintetiza as principais lições aprendidas durante a execução do projeto para que possam ser consideradas por gestores da saúde quando da implantação de iniciativas com foco na saúde baseada em evidências.

Eu participei do estudo e confesso que foi muito útil e oportuno receber as principais evidências no meu email. Como parte do estudo, os médicos avaliavam as evidências recebidas e o resultado pode ver visto no gráfico abaixo.


A conclusão que o estudo chega é:

"Profissionais de saúde precisam de informação adequada, resumida e facilmente acessível, mas possuem pouco tempo para se manterem atualizados. Assim, é fundamental o estabelecimento de equipes para a busca, seleção e disseminação de evidência. Equipes interdisciplinares, incluindo profissionais de biblioteconomia, informática e saúde, viabilizam o desenvolvimento de serviços inovadores e adequados às demandas informacionais dos contextos clínicos do século 21."

Lamentavelmente, os gestores não estão interessados na formação ou qualidade de atendimento médico dos seus usuários e sim nos números de atendimento e na presteza ou agilidade. 

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