Há cerca de seis meses entreguei um projeto de telemedicina na UPA Barrreiro para que os pacientes do PAD (Programa de Atenção Domiciliar) da PBH não precisassem ser deslocados do domicílio para avaliação de feridas, já que a grande maioria é acamada e necessita de transporte sanitário.
O custo do projeto consistia em usar smartphones e o Whatsapp com envio de fotos.
Por tratar-se de um projeto de fácil implantação e de custo ZERO, que englobaria tecnologias de uso cotidiano (smartphone com envio de imagens) e que evitaria deslocamentos desnecessários de pacientes já debilitados á UPA, seria de grande benefício tanto ao usuário quanto às equipes envolvidas.
A resposta que recebi da Sra. Cristiane Hernades (GEUG) foi que já havia um projeto com smartphones fornecidos pelo Ministério da Saúde e que já havia um piloto em andamento nas EMAD Oeste e Noroeste e na EMAP. Já se passaram seis meses e até hoje não tivemos notícias desse projeto.
Tenho 2 críticas:
Primeiro é a burocracia do serviço público. Daqui a 2 anos quando já tiverem análise do projeto piloto e retornarem ao Ministério da Saúde os resultados, e se houver bons resultados como a mHealth Evidence já tem mostrado (final do texto), as licitações e os outros processo burocráticos trarão para o usuário final uma tecnologia e processos obsoletos. Tal morosidade em tempos de internet e tecnologia móvel é impensavel hoje em dia.
Segundo: tentar melhorar o serviço público de baixo para cima, ou seja, com iniciativas provenientes dos servidores é um tarefa impossível. Isso faz com que nós, funcionários públicos, fiquemos cada vez mais limitados a "nossa obrigação". Essa gestão do Ministério da Saúde e a gestão da Prefeitura de Belo Horizonte na Saúde é extremamente centralizada e verticalizada, não permitindo nem estimulando seus funcionários a melhoria tanto do ambiente de trabalho quanto dos processos de trabalho. Uma pena.
Para quem se interessar, alguns artigos da mHealth Evidence sobre feridas e tecnologia móvel:
Teleconsultation by using the mobile camera phone for remote management of the extremity wound: a pilot study.
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