Por Luciana Alves
Lançado em maio de
2006, o Google Trends inaugurou uma era onde é possível vasculhar o
passado tardio e o mais recente, e vislumbrar o futuro de diversos assuntos
para os mais variados interesses. Os termos mais procurados pelos internautas possibilitam
que o Google Trends exiba aqueles mais
populares em um determinado período de tempo.
Os resultados das pesquisas nesta ferramenta exibem
gráficos com dados desde o início do ano de 2004, mapas e listas com os termos
relacionados, podendo-se ainda realizar um filtro baseado na região de
interesse. A versatilidade desta ferramenta possibilita ainda, comparar o
volume de pesquisas de dois ou mais termos distintos.
Tendo em vista que o interesse por um determinado
assunto pode sofrer variações ao longo do tempo, ou seja, passar por períodos
de grande aumento ou queda, a ferramenta também disponibiliza, quando possível,
uma indicação por meio de letras, de notícias relacionadas. A exibição desta
informação pode ser útil, por exemplo, para se fazer inferências a respeito das
causas de variações bruscas no interesse sobre um determinado assunto ao longo
do tempo. O Google Trends consiste
portanto, em uma ferramenta de análise, comparação, e estatísticas.
Para exemplificar, tomemos como exemplo o termo “health informatics”, pesquisado em 30 de
junho de 2013. É importante se ter em mente que para exibição de dados é
imprescindível que haja um volume de buscas suficiente para a geração das
estatísticas.
Observe a Fig. 1.
FIGURA 1 – Gráfico referente ao volume de pesquisas
pelo termo “health informatics”, compreendendo
o período de Janeiro de 2004 a junho de 2013 (dados parciais), de acordo com
pesquisa realizada no Google Trends
em 30 de junho de 2013.
Fazendo uma análise superficial a partir da interação
com a ferramenta, é possível observar que, no período de janeiro de 2004 até o
dia 30 de junho de 2013, algumas notícias na linha do tempo foram destaque:
- Março
de 2004: Health informatics ready for next stage (TechCentral[1])
- Abril de 2009: FRESH STARTS Health Informatics, Connecting the Dots of
Medicine and Data (The New York)
- Setembro de 2010: ICF International
Awarded $31.8 Million Health Informatics Contract to Support U.S. Food and Drug
Administration (MarketWatch)
- Janeiro de 2012: Why NHS should
insist on registered health informatics professionals (The Guardian)
Observa-se ainda que a partir de 2007 o interesse
pelo termo começa a estabilizar, e desde então mantém-se a tendência de
estabilidade. A previsão é que até junho de 2014 mantenha-se esta estabilidade
relativa ao interesse por “health
informatics”.[2]
A análise do volume de buscas por região,
vislumbrado no mapa da Fig. 2, demonstra que Filipinas, Estados Unidos e Canadá
exibem grande volume de buscas no período em análise, seguido pela Irlanda,
Reino Unido, Austrália, Arábia Saudita e Índia. Também é possível verificar, o
crescente interesse por assuntos relacionados à formação/capacitação
profissional, e remuneração salarial, quando analisados os termos relacionados
à “health informatics” de crescente
interesse: “health informatics degree”, “health informatics salary”,
e “masters health informatics”.
FIGURA 2 – Mapas do interesse regional e por
cidades, e termos relacionados, à “health
informatics”, de acordo com pesquisa realizada no Google Trends em 30 de
junho de 2013.
A Fig. 3 exibe os termos relacionados à “health informatics”, cujo interesse é crescente.
O aumento repentino dos termos “health
informatics degree”, “health informatics salary” e “masters health informatics” aponta o interesse crescente
pela remuneração no setor e capacitação/formação profissional.
FIGURA 3 – Mapa do interesse por cidade, e termos
crescentes relacionados, à “health
informatics”, de acordo com pesquisa realizada no Google Trends em 30 de
junho de 2013.
Fonte: Google Trends |
É! Quem precisa de espelho encantado, quando a
gente pode perguntar ao Google Trends:
Google trends, Google trends meu...
[1]O
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Luciana Alves é Neuropsicóloga, Mestre e Doutora em Ciências da Saúde, e faz Residência Pós-doutoral no Instituto de Ciências Biológicas - UFMG, com temática relacionada à Infoveillance & Infodemiology, junto ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue. Ministra curso com temática relacionada com Informática em Saúde, coordena, como colaboradora, uma linha de pesquisa em Mobilidade em Saúde e Segurança da informação no np-Infosaude – UFMG. Fundou e Lidera uma atividade de cunho social denominada PACEMAKERusers.com, e é CEO - Chief Executive Officer na Bionics Health and Technology.
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