Como coloproctologista, adorei uma outra demonstração (veja a primeira aqui) que assisti no CBIS 2016.
Tratava-se de um sensor para correlação de doenças com gases de eructação e flatulência desenvolvido em projeto de doutoramento de Nathália Moraes do Nascimento.
A Internet das Coisas pode ser definida com uma tendência em TI em que vários dispositivos considerados “burros” são conectados a redes de comunicação para a troca e coleta de informações. Ela envolve, mas não se limita a, o uso de sensores de presença e temperatura inteligentes para a regulação climática de um ambiente. Na Saúde, aplicativos móveis podem se conectar a dispositivos diversos para obter e relacionar dados sobre o nosso corpo em busca de insights médicos.(fonte). Mas não temos relatos de dispositivos que analisem gases corporais (eructação e flatulênica), por isso o projeto da Nathália é um dispositivo sensor de gases, com comunicação wireless com smartphone.
Dispositivo de teste com arduino e sensores de álcool, CO2, Metano e Hidrogênio |
O dispositivo é colocado próximo ao paciente e mede automaticamente a composição dos gases.
E como ainda não há estudos sobre o tema com sensores, acho que a correlação da composição dos gases pode ser muito útil, por exemplo, em endoscopias digestivas altas ou retossigmoidoscopias, ou mesmo em consultórios médicos com objetivo de screening de pacientes.
NASCIMENTO, N. M. DO; VIANA, M. L.; LUCENA, C. J. P. DE. An IoT-based Tool for Human Gas Monitoring. Anais do XV Congresso Brasileiro de Informática em Saúde, p. 96–98, 2016. Disponível em: http://www.sbis.org.br/biblioteca_virtual/cbis/Anais_CBIS_2016_Diversos.pdf