A revista Science publicou um estudo onde usaram a Ressonância Magnética Funcional (fMRI - ressonância que mede o fluxo sanguíneo em áreas do cérebro, em resposta a umj estímulo) para determinar soluções viáveis, eficientes e justas para o problema da compra de bens públicos. Exemplos de bens públicos vão desde saúde, educação, defesa nacional até sala de musculação ou piscina aquecida que seu condomínio decide comprar. Mas como o governo ou o seu condomínio vão decidir em que bens públicos para gastar seus recursos limitados? E como é que estes poderes decidir a melhor maneira de dividir os custos?
O estudo convidou as pessoas a forncerem um valor de impostos que estariam dispostas a pagar por um bem público, e depois perguntá-las o quanto o bem seria útil. Com base nas imagens obtidas na fMRI, se houvesse incompatibilidade entre os dados ( desvalorização do bem, mas com benefício para a pessoa), ela pagaria um imposto mais alto que quem valorizou de acordo com o benefíco da obra.
Esta é uma das primeiras aplicações de sempre neurotecnologia para problemas reais da vida econômica. "Nós mostramos que, ao aplicar as ferramentas da neurociência ao problema do bem público, podemos obter soluções que são significativamente melhores do que aqueles que podem ser obtidos sem analisar dados do cérebro", diz Antonio Rangel, professor de Economia da Caltech e principal pesquisador. Na verdade, Rangel diz, é possível imaginar um futuro em que, em vez de uma votação sobre uma proposta para financiar uma nova rodovia, esta tecnologia é usada para fazer a varredura de uma amostra aleatória de pessoas que se beneficiariam com a estrada para ver se é realmente vale o investimento. "Seria uma forma alternativa interessante para decidir onde gastar o dinheiro do governo", observa ele.
Fonte: medgadget
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