14 de jun. de 2010

Remédios não funcionam? Veja se há um aplicativo para isso

LONDRES (Reuters) - Os fabricantes de medicamentos estão começando a se aproximar das empresas de tecnologia da informação, em esforço de provar a governos e seguradoras o valor de seus produtos.

Ao usar aparelhos inteligentes que monitoram pacientes em tempo real, as empresas farmacêuticas acreditam que seja possível melhorar os resultados clínicos e estabelecer o verdadeiro custo/benefício de um tratamento.
O resultado, de acordo com relatório da Ernst & Young divulgado na quinta-feira, deve ser uma série de novas parcerias entre companhias farmacêuticas e empresas em áreas não tradicionais, tais como computação, telecomunicações e até varejo.
Alguns desses desenvolvimentos já estão acontecendo. A Novartis, por exemplo, assinou no mês passado um acordo de 24 milhões de dólares com a Proteus Biomedical, dos Estados Unidos, para criar "pílulas inteligentes" capazes de transmitir dados de dentro do corpo a fim de monitorar os sinais vitais dos pacientes e verificar se eles tomaram os remédios de que precisam.

A Bayer está conectando seu medidor de glicose infantil a consoles de videogame da Nintendo, a fim de promover os testes consistentes da presença de açúcar no sangue.

Didget: jogo com leitor de glicose para Nintendo DS e DS Lite



E a divisão Lifescan, da Johnson & Johnson, criou um aplicativo para o iPhone que permite que os usuários carreguem em seus celulares resultados de leitura de monitores de glicose conectados.

"Veremos múltiplos tipos de colaboração, no futuro", disse Patrick Flochel, diretor da área de biológicas na Ernst & Young para a Europa, Oriente Médio, Índia e África, em entrevista à Reuters.

"O movimento será propelido pelo foco em resultados, algo que as empresas farmacêuticas precisam promover cada vez mais", disse.

As grandes empresas farmacêuticas tradicionalmente dependem de alguns produtos de grande sucesso para a maior parte de seu faturamento. Mas esse velho modelo de negócios está se desfazendo, e as empresas passaram a se diversificar a novas áreas como os serviços de saúde, além de cortar custos e formar alianças mais flexíveis com pequenas empresas de biotecnologia.
Esse modelo revisado de operações é conhecido por alguns como "Pharma 2.0".
Fonte: IG

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