Achei uma dissertação de mestrado de Pelotas, RS, que aborda uma esperiência parecida. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA SAÚDE: REDE UNIVERSITÁRIA DE TELEMEDICINA – RUTE, por Alessandra Rodrigues Moreira de Castro.
A teleneurologia
Esta especialidade foi a última área a iniciar as atividades de teleconsulta e considerada a mais afetada pelo recesso34 acadêmico que ocorreu no período de 03 a 24 de setembro. Desde a sua implantação, em 09 de julho, foram contabilizadas oito sessões, com 11 casos de pacientes, representando 1,3 atendimentos (Tabela
10) por teleconsulta. A atividade foi desenvolvida quinzenalmente por um neurologista e um neurocirurgião do quadro de médicos técnicos da UFPel, que realizavam as discussões dos casos em conjunto, o que enriqueceu muito a qualidade do diagnóstico final.
As sessões foram apresentadas pelas UBS, utilizando, na maioria das vezes, o exame laboratorial do paciente, imagens de tomografia computadorizada, raio-x, ressonância magnética e ultrassonografia. Os casos apresentados geralmente eram acompanhados da fotografia digital retirada do exame do paciente. As consultas duravam, em média, 15 minutos por paciente, e a maioria dos diagnósticos foi relacionada a casos de epilepsia e isquemia. Um diferencial nessa especialidade é que a maioria dos casos apresentados não possuía uma hipótese diagnóstica levantada pela UBS.
Em nenhum caso houve necessidade de encaminhamento direto para o especialista, mas, em sua maioria, houve solicitação da realização de novos exames. Do total de pacientes atendidos (n=11), sete foram registrados e, destes, seis foram do sexo masculino (85,7%), sendo 57,1% pacientes com idade superior aos 50 anos.
Em três sessões, houve a oportunidade de que os especialistas abordassem assuntos de interesse das UBS, a exemplo do que foi contemplado sobre hérnia de disco pelo neurocirurgião e sobre epilepsia, pelo neurologista.
Essa dinâmica surgiu como proposta dos próprios especialistas para os dias em que não havia casos suficientes para utilizar o tempo de 60 minutos disponibilizados para a atividade. As temáticas foram levantadas pelo técnico estagiário do projeto e por e-mail aos médicos das UBS.
A baixa participação dos estudantes (n=13) também foi considerada um ponto frágil dessa especialidade. Ficou evidente a necessidade de que as atividades de teleneurologia estejam inseridas nas rotinas dos estudantes de medicina.
Teleneurologia em Portugal e em Pelotas, no Brasil é um post original do TI Medicina
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