Vou fazer um resumo em dois posts sobre a audiência pública de
telemedicina (assista a íntegra aqui) e ao final, tecerei comentários práticos de
quem está na ponta, atuando, mas é entusiasta da tecnologia.
Assista à integra da audiência aqui |
Aconteceu no dia 05/11/2019 a audiência pública que debateu o uso da telemedicina, no Plenário 7 da
Câmara dos Deputados, em Brasília.
APRESENTAÇÕES:
O Dr José Diniz Júnior,
Otorrinolaringologista e Coordenador da Rede Universitária de
Telemedicina, RUTE HUOL UFRN começou a apresentação (feita
pelo Prof Luiz Roberto de Oliveira, coordenador do Núcleo de Tecnologias e
Educação a Distância em Saúde (NUTEDS), da UFC)
explicando conceitos de telessaúde
e telemedicina, vantagens, a necessidade na Telemedicina
de um médico em pelo menos uma das pontas, a possibilidade de ser síncrona, os
limitantes como conectividade, os aspectos éticos e a privacidade e segurança
dos dados, que com a lei de Proteção de Dados recai sobre o médico.
Apresentação do Dr José Diniz Junior |
Dr Carlos Henrique
Sartorato Pedrotti, Médico Referência do Centro de Telemedicina do Hospital
Israelita Albert Einstein, Representante da ANAHP, apresentou a
experiência do serviço desde 2012 e as vantagens local e
mundialmente.
Apresentação do Dr Carlos Henrique Sartorato |
Afirma que não há necessita de grande tecnologia, somente um computador
e uma câmera. Oferece exemplos em
Medicina Intensiva onde é possível aumentar a rotatividade
de leitos, exemplos de avaliações
neurológicas de trauma com estudos radiográficos no caso de
TCE (vide mais abaixo as críticas de quem vive no mundo real). Mostra
também resolutividade no caso da
Dengue, 93% em tendas de hidratação e somente 7% encaminhados
para assistência médica, assim como o sucesso
na teledermatologia. Tambem demosntra a satisfação dos médicos
na teledermatologia com os resultados do trabalho.
Apresentação do Dr Carlos Henrique Sartorato |
Fala também da necessidade
de segurança, o que vai contra ao conceito de que é necessário
somente um computador e uma câmera.
Apresentação do Dr Carlos Henrique Sartorato |
O Sr. Mário César Homsi
Bernardes, Diretor Geral da Confederação das Santas Casas e Hospitais
Filantrópicos, situou o setor filantrópico na telemedicina
atual. Afirma que cerca de 40% dos hospitais filantrópicos associados é a única
referência de atendimento em saúde em vários municípios, assim a telemedicina pode melhorar o acesso ao diagnóstico às
comunidades longes dos grandes centros. Os hospitais filantrópicos vem há quatro
anos desenvolvendo a tele-educação,
pela EducaSUS,
trabalhando educação continuada nos hospitais.
INTERVENÇÃO
Uma intervenção muito pertinente do Deputado Dr Zacharias Calil Hamu, Cirurgião Pediátrico,
entende a necessidade de dois
médicos nos atendimentos de telemedicina, um em cada ponta.
Mostra inquietação com o uso do
aplicativo Whastapp, a preocupação com os aspectos éticos e
cita como exemplos a empresa AMIL- já divulgando serviços de telemedicina- e
a UNIMED anunciando a R$9,99 a mais no plano por mês para o serviço de
médico 24 horas disponível à distância. Vê como necessária a regulamentação do
serviço baseada em normas do CFM.
Hoje as 14:00, no próximo post, falo sobre as apresentações do Dr. Prof. Dr.
Chao Lung Wen (CFM) e a da Dra Adriana da Silva e Souza (MS), além dos questionamentos dos deputados Flávia Morais, Dr Luiz Ovando, Dra. Soraya Manato e Dr. Jaziel.
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