4 de dez. de 2009

Tendências estratégicas da TI na Medicina e Saúde para 2010



O Gartnet, líder mundial em pesquisas e aconselhamento na área de tecnologia da informação, aponta dez principais tecnologias estratégicas - aquelas que impactam as iniciativas de longo prazo das organizações - para 2010. Confira as  tendências que podem ajudar e transformar os negócios no ano que vem, que inclusive se aplicam a área da saúde e da medicina.

  • Computação em nuvem (cloud computing) - o modelo da nuvem computacional, com recursos e serviços distribuidos é uma tendência forte. Sua utilização, diz o Gartner, não elimina o custo das soluções de TI mas ajuda a reorganizá-los e pode até reduzi-los em alguns casos. Com serviços em nuvem, as empresas fornecem cada vez mais informação, aplicações e processos aos seus clientes e parceiros.  Na área da saúde isso já vem ocorrendo, temos como exemplo o prontuário eletrônico universal da P2D, as agendas Linha1 e Portal Consulte.
  • Análises Avançadas - regras fixas e políticas pré-definidas deram lugar às decisões a partir de informações corretas na hora correta, seja por meio da gestão do relacionamento com clientes (CRM), do planejamento de recursos empresariais (ERP) ou de outras aplicações. É um novo passo, diz o Gartner, que olha para o futuro e prevê o que vai ou pode ocorrer. No artigo "Situação Atual da TI nos principais hospitais brasileiros" isso fica bem evidente!
  • Client Computing - a virtualização cria novas formas de empacotar aplicações e capacidades de client computing, tornando menos crítica a escolha das plataformas de hardware e sistema operacional. Para o instituto, as empresas devem estabelecer um roadmap estratégico de cinco a oito anos para client computing, definir uma abordagem para os padrões de dispositivos, propriedade e suporte; seleção, implementação e atualização do sistema operacional e da aplicação; e planos de gerenciamento e segurança para administrar a diversidade. Cada vez mais optamos por soluções que não envolvam baixar e instalar programas no computador, e com a virtualização os hospitais ou operadoras de saúde estaraim economizando espaço físico, hardware, e energia, uma tendência da TI verde.
  • TI Verde - a onda ecológica e a preocupação com a redução no consumo de energia deve ficar ainda mais forte, e a TI pode tornar viáveis muitas iniciativas 'verdes', como o uso de documentos eletrônicos e o incentivo ao trabalho via teleconferência, além de ferramentas analíticas que podem ser implementadas para a redução do consumo de energia em transporte ou outras atividades. O hospital sem papel e a TI verde na Saúde, exemplificam muito bem essa tendência.
  • Remodelagem do Data Center - os custos serão menores se as empresas adotarem uma abordagem pod-based, método de engenharia de estrutura, para a construção e expansão dos data centers. Cortar despesas operacionais libera recursos que podem ser aplicados em outros projetos ou investimentos em TI ou até mesmo no próprio negócio. Há uma tendência em terceirizar o Data Center se a empresa de saúde tem como objetivo investir em outras áreas da TI, assim obtém-se a disponibilidade do sistema e uma infraestrutura centralizada.
  • Computação Social (Social Computing) - empresas devem perceber que o funcionário não quer dois ambientes diferentes - um para os produtos do trabalho e outra para ter acesso a informações "externas". O foco a ser adotado é o uso de software e mídia social na companhia e a integração com comunidades externas patrocinadas pela empresa e públicas.  Estas aplicações digitais definem-se por capacitarem interacção, colaboração e partilha entre utilizadores.  Aplicações para blogging, podcasting, conteúdo colaborativo (por exemplo, Wikipedia), redes sociais (por exemplo, twitter, MySpace, Facebook), partilha de multimedia (isto é, Flickr, YouTube), social tagging (por exemplo, Deli.cio.us) e social gaming (por exemplo Second Life) já são uma realiadade, ainda pouco difundida, mas a cada dia mais requisitada. Recomendo, para quem quiser conhecer, o Twitter da lista @Jsystems, @medicinaexpress, @dr.Carlos Andrade, o facebook , o blog do Dr. Leonardo Diamante, da Informática no PSF, Fora do Ponto do Dr. Cídio, e o Comunidade Saúde em Rede.
  • Segurança e Monitoramento de Atividades - o foco da segurança evoluiu do 'muro' que mantém os outros de fora para o monitoramento das atividades e a identificação de padrões que foram esquecidos anteriormente. As ferramentas de monitoramento e análise complementares ajudam a perceber e investigar atividades suspeitas, inclusive com alertas em tempo real ou atuação direta nas transações. Observando os pontos fortes e fracos dessas ferramentas, as empresas entendem como podem usá-las melhor para se defenderem e para atender às exigências de auditoria. A segurança se torna de extrema importância quando o foco é direcionado para o prontuário eletrônico do paciente e a certificação digital do médico.
  • Memória Flash - a novidade na memória flash é, segundo o Gartner, que ela está se movendo para um novo nível no plano de storage - e a desvantagem do preço mais alto em relação aos discos giratórios está chegando ao fim. Por isso, essa tecnologia deve obter taxa composta de crescimento anual superior a 100% nos próximos anos, e será estratégica em muitas áreas de TI. Outras vantagens, aponta o Gartner, incluem espaço, aquecimento, performance e robustez.
  • Virtualização para aumentar disponibilidade - a virtualização esteve entre as principais tecnologias estratégicas em anos anteriores e continua na lista por novos elementos, como a migração dinâmica, permite obter a maior disponibilidade possível e alterar as configurações rapidamente quando for preciso. 
  • Aplicações Móveis - até o final de 2010, estima-se que 1,2 bilhão de pessoas vai levar consigo dispositivos com capacidade de fazer transações comerciais móveis, favorecendo a convergência da mobilidade e da web. Plataformas como Apple e iPhone já têm alguns milhares de aplicações. O mercado limitado e a necessidade de codificação única podem favorecer uma versão que opere de forma flexível tanto em PCs como nos sistemas em miniatura, diz o Gartner.  De acordo com pesquisa realizada pelo Manhattan Research, cerca de 64% dos médicos nos Estados Unidos estão usando smartphones no trabalho. Nessa comunidade, os aparelhos BlackBerry são mais populares do que o iPhone, aponta a reportagem. Alguns hospitais tem testado o uso do celular para acessar informações dos pacientes, como o HC de Ribeirão Preto,  além do uso de smartphones para realização de Ultrassonografia, ainda o aplicativo "Epocrates" onde o médico consulta mediciamentos, interações medicmanetosas e cálculos de doses. Há um blog sobre o IPHONE e Medicina.

Esse realmente é um quadro muito promissor, com as tecnologias apontando para uma melhor qualidade do serviço de saúde prestado, com economia de recursos e tempo, e com resultado final de inquestionável benefício para a população.

3 comentários:

  1. Tenho muito desejo de ser otimista,de acreditar,mas aqui(será só aqui?)me sinto um ET,um ser de e em outro planeta;nem computador temos na unidade básica;o que tinha era obsoleto e não havia comunicação com a internet.Não consigo nem preencher simples fichas D,relatório mensal,coisa tão básicas;é papel demais e nem acesso,mesmo que eu queira usar o meu note,não tenho acesso.Ás vezes nem gosto de ver essas coisas boas pois me dão angústia,sensação de fracasso.

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  2. olá,
    muito obrigada por visitar meu blog :) estou "devorando" os posts de seu blog, muito bons.
    parabéns e grande abraço

    ah, te adicionei no twitter

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  3. Anunciação,
    Mas aqui em BH não é diferente!
    O PSF tem computador que não funciona, sem internet.
    Na minha UPA, unidade de urgência, não temos computador, registro é no papel mesmo, com um SAME muito mais ou menos...
    Mas eu acho que é a partir dos nossos questionamentos, de mostrar pra população e pra quem investe, que é possível, que é benéfico e que é realidade em muitos outros lugares.

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