O genoma humano foi decodificado. Descobriu-se que a terapia hormonal para mulheres na meia idade aumenta o risco de acidentes cardiovasculares. Essas são apenas duas das importantes pesquisas publicadas na última década. A cada ano são feitas novas descobertas científicas na área da medicina e da farmacologia. Direta ou indiretamente, a maioria delas interfere principalmente nos tratamentos oferecidos aos pacientes. Com tanta tecnologia, acesso a publicações científicas médicas, mídias sociais, como o médico pode se manter bem informado?
Essa é uma questão importantíssima para a carreira do profissional e para a saúde de seus pacientes. Pensar nesse dilema pode até causar um certo desespero. Mas as novas formas de comunicação podem oferecer uma sugestão de resposta. E até o Ministério da Saúde percebeu o potencial delas.
Sobre as notícias oficiais brasileiras relacionadas à saúde, os profissionais podem se atualizar por meio das mídias sociais. O Ministério da Saúde possui páginas no Orkut,Facebook e Twitter. Para tirar dúvidas sobre a campanha de vacinação contra o vírus H1N1 criou inclusive uma conta no Formspring – site no qual qualquer pessoa posta uma pergunta, mas só o dono da conta pode responder. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regula medicamentos e alguns tratamentos, possui uma área no seu site apenas para informes e outra para notícias referentes a suas ações.
De acordo com uma matéria publicada no site Diário da Saúde, os médicos conseguiriam manter-se mais bem informados com o ritmo das descobertas científicas se usassem um plano de carreira para tal. Essa conclusão foi publicada em um estudo na revista científica Academic Pediatrics. A pesquisa analisou se “os residentes em pediatria sabem como desenvolver planos de profissionalização para se manter a par das últimas novidades na prática médica”.
Participaram da pesquisa médicos residentes – profissionais formados que estão se especializando – de 46 dos programas de residência em pediatria nos Estados Unidos, o que corresponde a 23% do total. Cerca de 1.000 dos 1.700 residentes de pediatria de todo o país foram entrevistados. Apenas 26% dos entrevistados disseram monitorar seu próprio desenvolvimento para atingir objetivos na aprendizagem. Dessa forma, a pesquisa concluiu que o acompanhamento do processo de aprendizagem continuada é mais relevante para manter os médicos atualizados com as últimas descobertas científicas e com as últimas técnicas disponíveis.
Resumindo, a melhor maneira de se manter em dia com o que há de mais novo é escrever planos realizáveis de acompanhamento do que é publicado na área e de aprendizado de novas técnicas. Em seguida, seguir os planos, claro. Apesar de ser realizada com residentes em pediatria, o resultado pode ser aplicado para qualquer profissional.
Manter-se conectado com os colegas da área também pode ser uma maneira de trocar novidades. Assim, para os conectados, o segredo é fazer um plano de estudos, segui-lo e utilizar ao máximo as redes com os amigos. Trocar experiências nunca é demais. O canal para isso? As mil e uma possibilidades da internet.
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