15 de ago. de 2009

Pontuário Único do Paciente - parte 1


O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e os Sistemas de Registros Eletrônicos de Saúde (RES) são hoje uma realidade, independente da magnitude de abrangência, seja como os brevemente mundiais Microsoft HealthVault e o Google Health, ou locais como o português ALERT e o brasileiro P2D, e mesmo o Cartão Nacional de Saúde (cartão do SUS). Os exemplos são muitos: WebMD e Revolution Health também oferecem ferramentas para o registro pessoal de saúde. Esforços como os de Dossia e Aetna estão trabalhando diretamente com os empregadores para oferecer opções de sistemas de registro de saúde para seus funcionários. Entretanto, alguns fornecedores, como a Kaiser Permanente, oferecem seus próprios registros de saúde. Além disso, aqui no Brasil, muitos hospitais e operadoras de planos de saúde estão contratando empresas para desenvolver sistemas de gestão de saúde englobando inclusive o PEP no projeto.

Mas pensando no usuário final, eu por exemplo, seria muito mais adequado se ele pudesse reunir todos os seus dados de saúde, inclusive seu prontuário médico, em um só local. Com o RES da Microsoft e da Google isso já está sendo implementado nos EUA e na Europa, mas a privacidade dos dados ainda é um problema. E no que tange a privacidade, inclui-se quem ficaria responsável pelo armazenamento e segurança dos dados (Estado? Google? Micorosoft?) e como o acesso a esses dados se daria (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, operadoras de saúde?).

O avanço tecnológico abre a possibilidade de protocolos de comunicação entre bases informacionais e permitirá o compartilhamento e interoperabilidade de dados e informações em saúde e a criação de RES únicos.

Nos próximos posts dessa série discutirei mais aprofundadamente esse assunto.

2 comentários:

  1. Não apenas a questão de segurança, mas os aspectos de mineração dos dados e integração com outros sistemas. Embora tenhamos o XML para resolver a questão de compatibilidade de troca, existem outros fatores muito mais determinantes, já que estas empresas usam ferramentas de marketing para gerar receita para sustentar estes serviços.
    Acredito que o estado é ineficiente na guarda destes dados. A iniciativa privada pode pecar na ética e sigilo. E os hospitais ainda penam muito com seus sistemas.

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  2. Isso realmente é um assunto a se pensar. Na Holanda ao invés de um prontuário eletrônico único, tem-se vários PEPs que permitem interoperabilidade de dados.
    Amanhã vai ao ar um post com uma idéia interessante e factível sobre metasistema de identidade, que poderia ser uma boa opção.

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