26 de abr. de 2009

Smartfones usados para fazer Ultrasom


Celular vira equipamento médico
Um telefone celular de terceira geração e uma sonda de ultrassom portátil, ambos conectados por uma conexão USB, transformarm-se em uma nova plataforma que está unindo computação e medicina, criando um dispositivo portátil que permite a realização de exames médicos à distância.

"Você carrega consigo uma sonda e um telefone celular e faz as imagens em tempo real," diz o Dr. Richard. "Imagine ter essa tecnologia em ambulâncias e salas de emergência."'
A tecnologia poderá ser usada também no terceiro mundo, onde é pequeno o acesso à tecnologia de imageamento médico, ao contrário das torres de celulares, que já chegaram na maior parte dos lugares.

Um equipamento de ultrassom típico custa ao redor de US$30.000. Os pesquisadores afirmam que as sondas de ultrassom USB já estão disponíveis por volta de US$2.000,00, mas deverão chegar a US$500,00 rapidamente.

Novidades Tecnológicas revolucionam a Medicina

  1. Telemedicina permite discutir casos do interior do Amazonas com especilistas da USP.
  2. Cirurgia robótica permite ao cirurgião operar um apciente à distância.
  3. Médicos treinam cirurgia laparoscópica em ambiente virtual,.
  4. Radioterapia guiada por software permite maior precisão mesmo com ciclos respiratórios e movimentos, possibilitando o tratamento radioterápico de tumores em locais delicados como coluna e pulmões que antes só poderiam receber quimioterapia.

22 de abr. de 2009

Atlas Humano para iPhone



Mias um aplicativo médico para o iPhone. The Blausen Human Atlas iPhone application é um atlas humano com animações 3D das doenças e tratamentos mais comuns, com narração.
Inclui:
  • 5o tópicos médicos: Cancer, circulatório, Digestório, Audição, Endócrino, Visão, Imunológico, Muscular, Nervoso, Pediátrico, Reproductivo, Respiratório, Musculo-esquelético, Pele e Urinário.
  • Figura Humana interativa mostrando vários sistemas.
  • Premiada animação em formato HD.

Preço: $19,00 no site da Aplle.

Fonte: Medgadget

Mayo Clinic adere ao Microsoft HealthVault

A Mayo Clinic aderiu ao sistema de registros médicos da Microsoft Health Vault. O novo serviço chamado de Mayo Clinic Health Manager inclui uma interface personalizada. O site já online, e podem se cadastrar mesmo quem não é afiliado a Clínica Mayo. A utilização do serviço é gratuito. Dados tanto de prestadores de saúde, como farmácias, quanto de monitorização, como pressão arterial, podem ser importados bastanto que estes sejam compatíveis com a plataforma do HelathVault.
"Onde quer que vá, a sua informação está na ponta dos dedos. Você terá acesso aos seus registros de saúde qualquer hora, em qualquer lugar que você tenha uma conexão de Internet, assim você pode facilmente gerir a sua saúde, mesmo em outra cidade ou país."


"Estar mais preparado para as consultas médicas. Aqui você pode imprimir informações sobre questões relevantes da sua saúde e levá-las com você para tirar o máximo de proveito de cada visita ao seu médico."


"Você controla toda a informação médica da sua família, com um painel individual para cada membro, facilitando a navegação."



"Gerencie seu perfil com um painel de ferramentas que ajudam você no controle de suas patologias como curva de nível de colesterol, pressão arterial e glicemia, ou usando a calculadora de risco de doenças cardíacas."
" Receba informações dos especialistas da Clínica Mayo referentes aos problemas de saúde que você inseriu. Assim, quanto mais informações sobre sua saúde você fornecer, mais orientações dos especialistas terá."
A escolha da Microsoft HealthValut pode representar uma grande vitória para a companhia, mas o que se sobressai nisso tudo não é só o sistema desenvolvido pela Clínica Mayo, mas o que está sendo feito com ele. O verdadeiro cérebro do sistema é o software que combina os dados demográficos e médicos da Mayo com a perspectiva de melhores práticas, a fim de recomendar o gerenciamento e o acompanhamento de rotinas de saúde.
O fato é que levando em consideração o que a Clínica Mayo promete adicionar a seus serviços de saúde, usando um sistema de armazenamento de registros médicos (EMR) que já está operacional, tem atraído a tenção do governo e da Indústria de Cuidados a Saúde.
Fonbte: Ars Technica

21 de abr. de 2009

Prontuário Eletrônico da Panassonic: Panasonic Toughbook H1

A Panasonic lançou o Panasonic Toughbook H1 mobile clinical assistant (MCA), baseado nos atuais netbooks que poderá ajudar as equipes médicas a terem uma comunicação interna muito mais eficiente. Entre outros recursos, o portátil deve obter informações dos pacientes por meio de LAN wireless.

O produto é construído segundo o conceito de toughbooks. Segundo a Wikipedia, toughbook é o nome dado a uma espécie de laptop mais robusto — geralmente utilizado por quem presta serviços públicos, como policiais e enfermeiros — que a Panasonic vinculou à sua marca. Por ter tamanho reduzido, o toughbook médico da Panasonic é comparável aos pequenos e ágeis netbooks.

A variante de netbook apresenta uma tela LCD com tratamento anti-reflexo e dual touch screen de 10.4 polegadas, com resolução de 1024×768 pixels. Além disso, trata-se de um produto com design ergométrico que se adapta às mãos em duas alças, uma para carregar e outra segurar co firmeza durante a operação. Essa última alça também serve como base de apoio enquanto se utiliza o aparelho em uma mesa, por exemplo.

Chamada H1 Mobile Clinical Assistant, a tablet pode ser desinfetada com álcool, sem qualquer problema, e é resistente a quedas e choques, de acordo com o site GottaBeMobile.com.
O toughbook roda o Windows Vista Business Service Pack 1, com opção de XP Tablet, e possui componentes similares aos de um netbooks: processador Intel Atom de 1.86 GHz, memória RAM de 1 GB e 80 GB de espaço em disco.
Já que a mesma tablet pode ser utilizada por diversas pessoas, há um sistema de checagem de ID com smart card no qual sequer é preciso encostar o cartão para que a leitura de dados ocorra. A identificação de usuários também pode ser feita por meio de leitura de impressões digitais.

A identificação dos pacientes não é diferente. Por intermédio de uma rede Wi-Fi, é possível buscar todo o histórico de uma pessoa: basta posicionar o leitor RF-ID próximo à pulseira de identificação para exibir todo o histórico do paciente. A LAN wireless também pode fazer controle de medicamentos pela leitura de códigos de barra.




Para fazer maiores registros, há uma câmera integrada de 2.0 MP que permite fotografar pacientes para arquivo. A tecnologia acompanha Bluetooth e sua bateria de longa duração.
O toughbook está disponível para venda desde janeiro de 2009 e deve custar US$ 2.799.






Entenda mais assistindo ao vídeo:


Fonte: faxsindical

17 de abr. de 2009

O twitter está com tudo

Do Controvérsias, Dúvidas e Bobagens , por Dr. Leonardo Diamante:


Tudo começou na campanha presidencial nos Estados Unidos quando o então candidato, senador democrata Barack Obama, que sempre foi muito ligado as questões de tecnologia, decidiu usar o Twitter como meio de comunicação com o público jovem. Na verdade a notícia que posteriormente circulou sobre a escolha do Twitter foi baseada na idéia de que o microblogging era rápido, simples, estava em fase inicial, pouco conhecido e freqüentado, podendo ser usado de várias formas, inclusive por telefone celular e de qualquer lugar do mundo. Estas características estavam bem de acordo com o que buscava a equipe de apoio do então candidato e a conseqüência todos nós já sabemos.
Logo após as eleições o Twitter ganhava de 5 a 10 mil usuários por dia.
Recentemente nas eleições em Israel também usaram ferramentas de comunicação, especialmente o Twitter, consolidando seu uso como aliado político. Atualmente a referencia é de um crescimento de 700% a 1000% no ultimo ano.
Posteriormente no mês de março fomos surpreendidos com a noticia do uso do Twitter na medicina, mais especificamente no Hospital Henry Ford, em Detroit um grupo de médicos, descreveu uma operação cirúrgica ao vivo via Twitter.




O Dr. Craig Rogers, cirurgião-chefe do Hospital Henry Ford, pensa que “o mundo da ciência está invadindo o Twitter”.



Eu pessoalmente acredito que a medicina está permeável às mídias sociais e deverão estar num espaço de tempo relativamente curto mudando de forma radical a maneira de se comunicar com seu publico interno e externo. Não faz sentido um hospital com avançada tecnologia, comunicar-se por intermédio de murais, jornais,e folhetos que é o que acontece inclusive nos hospitais onde eu trabalho. O choque é muito grande e se as Instituições não se mexerem, os médicos vão tomar a dianteira e deixar o hospital para trás.Já imaginaram um cirurgião “twittando” com o fernecedor de equipamento de dentro do centro cirúrgico, para por exemplo mudar um tipo ou tamanho de prótese sem que o Hospital fique sabendo? Se descuidarem isto poderá acontecer já no próximo mês.Vamos aguardar as empresas especializadas que dominam as mídias sociais acordarem para esta realidade.Quanto aos médicos de Detroit, a próxima cirurgia que eles pretendem transimitir ao vivo, via Twitter, já está marcada e você pode acompanhá-la clicando aqui .


Por outro lado, volto a falar na minha velha amiga NASA que desde 19 de junho de 2008 vem usando o Twitter para enviar informações da descoberta de gelo em marte pela sonda Mars Phoenix Lander, que tem quase 44 mil seguidores, e na época foi notícia não só na grande imprensa, como na imprensa especializada.
Atualmente o astronauta Mike Massimino que estará a bordo da nave espacial Atlantis que será lançada em 12 de maio, está usando o Twitter para oferecer detalhes de como a tripulação e seus colegas de equipe estão se preparando para a missão que vai a serviço do telescópio Hubble no próximo mês.
"Astro_Mike", já atraiu quase 63 mil seguidores, apesar de ter postado Aldo em torno de 40 tweets. Durante a missão, que deve durar 11 dias e tem como principal objetivo a manutenção do telescópio Hubble o astronauta, deve fazer uma "caminhada espacial”.
Esta será sua segunda viagem ao espaço,e enquanto se prepara, Massimino tem "twittado" sobre seus treinos de corrida, no simulador de voo e sobre como aprender a filmar uma aterrissagem pela janela da nave espacial.
O Twitter está se tornando uma tecnologia-chave para muitas pessoas na NASA e muitos Engenheiros que trabalham nos projetos que exploram Marte e em outras experiências nos laboratórios da agência, têm postado no Twitter para tornarem públicas suas descobertas. Além dos funcionários que "twittaram" sobre o robô espacial Mars Phoenix Lander antes que ele congelasse, e posivel acompanhar a viagem da sonda Cassini em órbita de Saturno inclusive com fotos belíssimas.
Em todos os casos, entretanto, os "textos" evidenciam um esforço que é mais de divulgação do que de ensino. É quase como uma forma de reter a atenção de um público cada vez mais disperso e bombardeado por múltiplas informações, em múltiplos formatos. E tem dado certo: milhares de pessoas "seguem" a NASA diariamente no Twitter e acabam clicando em links que levam a textos que, naturalmente, têm mais de uma linha.
Finalmente não podemos deixar de lembrar que num passado recente várias Instituições, especialmente o Jet Propulsion Laboratory de Pasadena na Califórnia, fizeram uso de outras mídias como podcasts, YouTube, blogging e Facebook, apenas que agora,
Chegou a vez do Twitter.


Fonte: Controvérsias, Dúvidas e Bobagens do Dr. Leonardo Diamante, que também participa do Comunidade Saúde em Rede

8 de abr. de 2009

Da Vinci Surgical - Sistema de cirurgia remota com HDTV Ultra-preciso

O da Vinci Surgical System combina imagens 3D em alta resolução e movimentos, controlados intuitivamente durante a cirurgia, foi desenvolvido pela Intuitive Surgical, empresa que lidera a tecnologia de robótica aplicada em cirurgias minimamente invasivas e é representada no Brasil pela H. Strattner.
Criado como alternativa para operações à distância, o sistema é integrado por três unidades.
A primeira é a mesa de operação com o robô, composto por quatro braços poliarticulados, com flexibilidade de 360º e movimentos precisos. Na ponta de um desses braços, há uma câmera que emite imagens em 3D. Os outros três braços manipulam pinças cirúrgicas, movimentadas pela máquina, reproduzindo as sutilezas do mais exímio cirurgião.
A segunda unidade é um console inspirado nos simuladores de vôo, no qual os médicos recebem as imagens 3D de alta definição e realizam os movimentos operatórios com as próprias mãos, que são transmitidos para o robô.
Completando o sistema, há um conjunto de hardware externo.


Os recentes avanços na tecnologia da cirurgia minimamente invasiva dão aos pacientes uma série de boas alternativas que não existiam há 10 anos. Entre eles está o da Vinci Surgical System que oferece procedimentos minimamente invasivos, com significantes vantagens sobre as cirurgias convencionais. As cirurgias robóticas minimamente invasivas – disponíveis para o tratamento de obesidade, doenças cardíacas e câncer de próstata, podem beneficiar pacientes com diminuição da dor e do desconforto, perda sanguínea durante o procedimento e oferecer a oportunidade de retorno mais rápido às atividades diárias.

Site do Produto: Intutive Surgical.

Fontes: Digital Drops e UNIFESP

ANS oferece serviço online para comparar planos de saúde

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), vinculada ao Ministério da Saúde, colocou no ar um serviço online (http://portabilidade.ans.gov.br/guiadeplanos/) que permite consultar e comparar mais de cinco mil planos de saúde oferecidos por cerca de 900 empresas que operam no Brasil.
Neste serviço é possível conhecer e comparar as opções de planos de saúde diponíveis no mercado.
A partir desta quarta-feira, entra em vigor no País a portabilidade de carências, ou seja, é possível mudar de plano de saúde levando consigo as carências já cumpridas. Para a portabilidade, como plano de origem, são admitidos planos individuais ou familiares contratados após 1º de janeiro de 1999 (novos), regidos pela lei nº 9.656/98, e planos anteriores a esta data que tenham sido adaptados à lei. Como plano de destino, são admitidos planos individuais ou familiares compatíveis com o plano de origem que estejam atualmente em comercialização no país, conforme resultado da pesquisa do Guia ANS.

Cerca de 7,5 milhões de beneficiários de planos de saúde individuais ou familiares contratados a partir de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98 estão aptos a aproveitar o benefício, de acordo com a agência.

7 de abr. de 2009

Críticas ao Cartão Nacional de Saúde - SUS

Do Luís Nassif online:
Erros nas primeiras licitações, dez anos atrás, na gestão Serra na Saúde; falta de foco na sequência, nas sucessivas gestões de Ministros de Lula, atrasaram a implantação daquele que poderia ser um enorme avanço do SUS (Sistema Único de Saúde), o Cartão SUS. Só no ano passado - na gestão Temporão - o Ministério da Saúde retomou os estudos sobre o cartão.
Boa matéria do Estadão sobre o tema:

Cartão do Sistema Único de Saúde completa 10 anos sem sair do papel
Mais de R$ 397 milhões foram gastos no programa, mas governo não sabe nem o que foi comprado com a verba
Lígia Formenti, BRASÍLIA
Dez anos após seu lançamento e com R$ 397 milhões já consumidos, o programa Cartão SUS mal saiu da fase piloto. Considerado uma proposta promissora para controlar gastos, melhorar as condições de atendimento e racionalizar o Sistema Único de Saúde, o cartão se resume hoje praticamente a um cadastro de números de pacientes, cuja veracidade em muitos casos nem mesmo é garantida.
Num documento lançado no fim de 2008 para comemorar os 20 anos do SUS, o Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) afirma ser imperdoável o cartão não funcionar de forma adequada. “A pergunta que devemos fazer é: quem lucra com o sistema pouco organizado?”, diz a pesquisadora e integrante do Cebes, Lígia Bahia.
(…) A secretária atribui a lentidão do programa aos erros cometidos na sua implantação, sobretudo no projeto piloto. E afirma que, agora, um plano está em curso para corrigir os problemas. “Houve uma sucessão de equívocos. Um projeto piloto grande demais, o uso de tecnologias que não eram compatíveis. Tudo errado.”
A estratégia agora é incentivar a criação de programas locais. Hoje, o cartão SUS se resume a um cadastro com 130 milhões nomes. Desse total, 100 milhões são considerados confiáveis. Para a secretária, isso já é um grande avanço. “É o primeiro passo. Sem esse cadastro, não haveria como o sistema funcionar.”
Para Lígia Bahia, do Cebes, eventuais erros iniciais ou problemas na licitação poderiam justificar um pequeno atraso, mas não uma demora de 10 anos para o programa sair do papel. “Não há argumento que sobreviva a uma demora de tanto tempo.”
Aplaudido por especialistas, o programa era considerado como uma boa aposta para melhorar a qualidade no atendimento da saúde, com um banco de dados centralizado sobre o histórico médico de cada paciente. “Mesmo que ele mudasse de cidade, o histórico estaria lá, pronto para ser usado pelo outro profissional de saúde”, afirma Lígia.
Já com relação específica ao projeto em Belo Horizonte, achei o artigo "Avaliação do Projeto “Gestão Saúde em Rede”: um primeiro olhar do período pós-informatização na perspectiva da gestão." de Leyla Gomes Sancho, que conclui:
O sistema “Gestão Saúde em Rede” foi implantado na perspectiva da participação, ou melhor, a contribuição do usuário do sistema. E a sua avaliação foi realizada sob a abordagem de uma avaliação normativa e somativa, ou seja, após o término da implantação e com o objetivo de prestar contas ao gestor do Sistema Municipal de Saúde .
Nos dados obtidos a partir da aplicação do questionário semi-estruturado
pode-se, de maneira incontesti, observar que propósitos do sistema “Gestão Saúde em Rede” lograram o objetivo pretendido como, por exemplo, a agilidade, termo amplamente encontrado nas respostas em relação a atenção ao paciente e relativa à coleta de material biológico. Representando um incremento da produtividade nas atividades diárias.
Um outro ponto de interesse, e que em certa medida justifica o esforço da informatização é o do uso dos protocolos assistenciais pelos médicos e a priorização da atenção aos pacientes mais graves, denotando uma mudança no modelo e na efetividade da atenção à saúde. Mesmo que uma pequena parcela dos pesquisados refiram que essa mudança seja decorrente da mudança do modelo assistencial e que o sistema serve como uma barreira. Ou seja, o instrumento de trabalho ao organizar as práticas impôs ações efetivas sobre os usuários do sistema de saúde [4].
A informação é um agente na produção de conhecimento a qual subsidia uma ação a ser implementada a posteriori, a partir deste novo entendimento. Entretanto, o efetivo uso dessa informação tem uma relação direta com o indivíduo que a utiliza e não com quem a produz [5].
Diante dessa assertiva, e de acordo com os resultados do questionário semi-estruturado, que avaliam o uso da informação na perspectiva da assistência à saúde e em relação à gestão, o que se depreende é o uso das informações principalmente para atender as questões de cunho administrativo em detrimento das relativas à apreensão do objeto de trabalho e dos produtos do trabalho. Ou seja,
são pouco utilizadas para o planejamento das ações relativas à atenção à saúde e melhora na qualidade da atenção, mas sim para atender a melhora na organização do fluxo do serviço.

Recomendações:
1- realizar uma balizada análise de conteúdo das respostas do questionário semi-estruturado. Sugere-se a utilização do software LOGOS, de domínio público, de autoria de Kenneth R. Camargo, do Instituto de Medicina Social / UERJ.
2- realizar uma segunda avaliação através da técnica do grupo de consenso (focal/nominal e Delphi).

Mesmo que a avaliação não tenha sido realizada sob a abordagem de uma pesquisa avaliativa e com resultados ainda com alguns valores não tão positivos, o sistema deve, à luz da sua proposição, ser flexibilizado e estar em contínuo processo de (re)especificação. No sentido de responder principalmente ao uso da informação à luz da gestão.

Cartão Nacional de Saúde ou Cartão do SUS




1- O que é:
O Cartão Nacional de Saúde ou Cartão do SUS é um documento pessoal que identifica o usuário do SUS, reunindo suas informações pessoais e dados sobre procedimento clínicos que já realizou, que remédios toma, etc.
2- Finalidade:
Conhecer quem está sendo atendido, por quem, aonde, como e com quais resultados.
Toda vez que acontece um atendimento em um estabelecimento público de saúde ele é registrado por meio do cartão do paciente no banco de dados do SUS. Todos os prontuários de pacientes ficam disponíveis na rede do sistema, desta forma, mesmo que o atendimento seja feito em outros estabelecimentos e até mesmo em outros estados, o sistema é atualizado e é possível que o médico saiba o que já foi feito.
Com isso, o Cartão do SUS tem a finalidade de:
  • Fornecer um histórico confiável do paciente;
  • Imediata identificação do paciente, gerando assim agilidade no atendimento;
  • Acesso a medicamentos mais facilmente;
  • Melhoria da gestão: revisão de processo de compras de medicamentos, integração dos sistemas de informação, acompanhamento dos processos de referência e contra-referência dos pacientes, revisão dos processos de financiamento e racionalização dos custos, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria do sistema e serviços de saúde, além da gestão e avaliação de recursos humanos.
Seguindo a proposta de municipalização dos serviços de Saúde, as prefeituras são responsáveis por fazer o cadastro de todos os cidadãos no SUS.
Em São Paulo este cadastro foi feito pelos Agentes Comunitários de Saúde, mas que não recebeu sua visita pode providenciar o Cartão do SUS diretamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Para fazer o cadastro na UBS é preciso levar documentos para comprovar informações pessoais como: RG, CPF, número dePIS/PASEP (se possível) e comprovante de endereço.
Em 2007, Belo Horizonte completou 1,9 milhão de pessoas cadastradas no Projeto do Cartão Nacional de Saúde (cerca de 84% da população da cidade).
Cartão Profissional:
Os profissionais envolvidos nas unidades de saúde onde está sendo implantado o Cartão Nacional de Saúde também precisam ser cadastrados para que possam receber seus cartões de identificação, igualmente baseados no número PIS/Pasep.
O cadastramento foi idealizado nos mesmos moldes do cadastramento de usuários, um formulário foi concebido pelo Ministério e o Departamento de Informática do SUS (Datasus) desenvolveu um aplicativo para entrada de dados.
Os cartões de profissionais também são encaminhados às secretarias municipais de saúde, juntamente com as correspondências lacradas que contêm as senhas de acesso ao sistema.
Essa senha é pessoal, sigilosa, intransferível, está gravada na tarja magnética do cartão e permite a identificação do profissional que faz atendimento, lança ou extrai dados do sistema.
Fontes:

4 de abr. de 2009

Circuitos Ultrafinos para monitorização de dados de saúde podem ser embutidos em roupas


Foi desenvolvida no Instituto de Microelectrónica IMEC, Bélgica, uma nova técnica de construção de circuitos flexíveis no qual passa a ser possível a integração de circuitos electrónicos em plataformas 3D com apenas 60 μm de espessura.
Batizado de UTCP (Ultra-Thin Chip Package), esta tecnologia resolve um conhecido problema dos circuitos ultrafinos: a sua espessura impede que seja possível verificar o correcto funcionamento após a sua fabricação. A solução dos engenheiros belgas passou pelo redimensionamento dos contactos dos chips ultrafinos, que agora adaptam-se às placas de circuito impresso flexíveis já disponíveis comercialmente.
O circuito de demonstração, visto na imagem, é um sistema completo de monitorização da saúde, monitorando os batimentos cardíacos e gerando um eletrocardiograma em tempo real, muito parecido aos exames gerados pelos equipamentos médicos.
O dispostivo também verifica a actividade muscular, gerando um exame conhecido como eletromiograma. Todos os resultados são enviados continuamente para um computador externo por meio de uma conexão de rede sem fios.
Graças à flexibilidade das UTCP, é possível integrar circuitos electrónicos em roupas, mochilas e até pulseiras por meio de um substrato flexível de baixo custo dando a ideia que passamos a usar “roupas inteligentes”.

3 de abr. de 2009

Microbiologia Digital


Desde o início de março, os microscópios utilizados nas aulas do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) foram em parte substituídos por outra ferramenta tecnológica inovadora.
Os docentes do departamento estão implementando uma nova metodologia de ensino nas salas de aula de graduação. Os alunos passaram a examinar as estruturas celulares não mais apenas em lâminas manipuladas individualmente nos microscópios: depois de mais de três séculos sendo utilizados em todo o mundo, esses equipamentos estão dando lugar nas salas de aula a telas de alta resolução de computadores interligados em rede.
Em um software em que centenas de imagens estão digitalizadas, o professor escolhe as estruturas que deseja apresentar e, diferentemente do que ocorre com os microscópios, todos os alunos de uma mesma classe podem observá-las ao mesmo tempo em monitores, podendo inclusive utilizar um zoom com capacidade de ampliação em até 40 vezes.
“Até onde sabemos, a USP está sendo pioneira na América Latina no uso do programa, considerando o acervo digitalizado de quase 500 lâminas de cortes histológicos que obtivemos desde que o projeto teve início”, disse Fábio Siviero, professor do Laboratório de Biologia do Desenvolvimento de Insetos, à Agência FAPESP.
Para digitalizar esse laminário virtual utilizamos um escâner, que funciona como se fosse um microscópio robotizado. Ele se movimenta para que suas lentes possam varrer a lâmina e, em poucos minutos, adquirir toda a imagem. O processo lembra a de um escâner de mesa, com a diferença de utilizar óptica semelhante à de um microscópio real, gerando uma imagem em alta resolução – em arquivo com extensão tif – que representa todas as estruturas da lâmina”, explicou.
As imagens escolhidas podem ser gravadas nos computadores dos usuários. Outra vantagens do sistema é o custo por aluno: enquanto cada computador sai em média por R$ 1,5 mil, um microscópio para observações equivalentes custa cerca de R$ 5 mil, além dos gastos com a manutenção periódica desse tipo de aparelho.
O novo Laboratório de Análise de Imagem do ICB, onde o sistema está funcionando, conta com 30 computadores e um servidor para uso do professor, sendo que a configuração da tela permite que cada terminal seja utilizado por até três alunos.
A compra dos computadores e de outros dispositivos do sistema contou com apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular, em projeto coordenado por Ciro Ferreira da Silva, também professor no ICB-USP.
A grande inovação do sistema está na apresentação das ‘lâminas digitais’ aos alunos. Fazendo uma analogia, o sistema funciona como o Google Earth, que tem um amplo banco de dados com imagens enormes, mas que podem ser visualizadas em arquivos miniaturizados no computador”, disse Siviero.

Aplicações parecidas

O sistema dispõe ainda de um módulo de conferência para que o aluno possa fazer observações ou tirar dúvidas com o docente, que pode visualizar a tela do computador do aluno remotamente e responder às perguntas, sem necessariamente precisar ir até a bancada.
Diretamente de seu servidor, o professor pode interligar toda a classe em torno do mesmo assunto. “Todos os comandos realizados na tela do professor ocorrem em tempo real nas telas dos alunos, o que nos permite colocar, para efeito de comparação, tecidos ou estruturas celulares similares lado a lado na tela, o que até então não podia ser feito nos microscópios”, disse Siviero.
Por Thiago Romero
Fonte: Agência FAPESP